Saíram para jantar, convidados para um evento solene.
Como sempre, mulheres de um lado da mesa, homens do outro (coisa mais rídícula).
Para quebrar a monotonia, como sempre fazia, ela resolveu tirar os sapatos, esticar os pés até o alcance de seu objetivo, que estava logo à sua frente.
Ao sentir-se tocado, o marido constrangido, fazia sinais para que ela parasse, porém, bem sabe ele, ela não tem pudores e adora arriscar-se.
Tanto o fez, que até suas calças deu um jeito de abrir, entre um chega prá lá e outro, depois do mais difícil era agora olhá-lo e fazer com que ele lêsse seu olhar, porque, sendo ela quem era, até ali não era o suficiente e, com o poder de persuação que toda mulher astuta possui, convenceu-lhe da segurança da aventura.
Ela tem sorte, ele sempre abre a guarda, só cria resistência para que as coisas tenham mais graça.
Quando ele menos esperava, ela já estava sob a mesa "à procura de um brinco".
Nos três minutos que dali transcorreram ele sentiu o poder da sedução, ficando, desta forma, sem ação, tendo que retiar-se antes do jantar, alegando "um leve mal (bem) estar" que sentiu transcorrer em sua espinha, causado pelo tesão.
Finalmente saíram daquele jantar chato e foram transar de verdade num parque da cidade. |