Deixa eu ter você,
em desejos me lambuzar,
na doçura de sua seiva,
que em vertentes
põe-se à jorrar,
quando com minha boca,
alcanço este membro em riste,
para meu apetite matar...
Meu corpo abro para seu templo ser,
quando olhando-me nua,
põe-se a tremer,
sem palavras para me dizer,
que sem mim,
você não é você...
Não me deixe acordar,
desse sonho delirante,
que faz-me desejar,
ser a sua mulher amante...
A saudade que em mim
fez sua moradia,
deixa-me de seu gosto vazia,
e tenho medo porque,
não quero esquecer você...
Meu coração sente a sua falta,
dos momentos de paixão,
das entregas mútuas e sem pudores,
onde predominavam os loucos desejos,
de dois bravios combatentes,
que tinham somente como armas,
nossas bocas de prazer molhadas,
e, nossos sexos
um pelo outro ardentes,
jorrando líquidos
do tesão crescente...
Fúria desatinada,
da guerra de amor travada,
nos deixava combalidos,
em plena guerra dos sentidos...
Cheiro da flor do amor pelo ar,
fazia-nos alucinar,
um ao outro voltar a atiçar,
para a batalha recomeçar...
Volte logo meu amor,
não vivo sem seu calor,
sem sua língua
meus caminhos percorrer,
e o fogo de meu corpo a arder...
Só desejo sentir você,
toda molhadinha de prazer ficar,
com sua boca a me explorar,
seu gozo meu corpo banhando,
e o estranho ballet recomeçando...
Não deixe essa dança nunca ter fim,
quero para sempre,
sentir você como um rio,
desaguando dentro de mim...