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Erotico-->Ginga de cabrocha -- 23/02/2002 - 22:15 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esmeralda era a cabrocha mais apimentada da escola. Sambava tão leve, que levava a arquibancada a delírios carnais e emocionais. O corpo, nela, era um misto de escultura e precisão estética, desejo de consumo e orgulho da raça. Ela era o que tinha de ser - mulata jeitosa. Poço de fartura e andar de bailarina. Craque no tanque e na avenida.

Curvas perfeitas e peitos de ama, ancas fartas e coxas fortes, pés de leveza elegante, unhas pintadas na cor-de-maravilha. Ela era maravilhosa!

Morava sozinha, se puder imaginar como, mulher tal, assim pudesse ficar por mais de dez segundos. Dormia em cama de casal, herdada do falecido pedreiro, que desposara ainda virgem.

Esmeralda tinha uma mania: comer na cama, vendo TV. Fazia isso todas as noites, após o trabalho em uma lanchonete, onde servia as mesas. Usava um uniforme laranja - saia curta, rente à pele - e uma camisa de mangas curtas, que custava a abotoar, tal a insistência dos seios. Não usava sutiã, pois nos dias frios podia-se observar os dois pontos culminando sob a camisa, a poucos centímetros dos botões, que se esforçavam para não ceder à pressão dos voluptuosos volumes que trancavam a quase sete chaves.

Não usava meias - tinha pernas perfeitas, generosas, lisas e brilhantes. Exibia-as sobre dois saltos de arranha-céu. E, por força de equilibrar-se, movia as nádegas em tons estonteantes. Ela era um convite ao supra-sumo dos prazeres.

Neco ia todos os dias à lanchonete. Lá fazia a única refeição do dia, todos os dias - um sanduíche barato e meia cerveja. Mas não fazia o pedido logo, deixava-se observar aquele corpo driblando as mesas, servindo quitutes, e provocando olhares e desejos entre os demais fregueses.

Quando ela se abaixava, levemente, para servir uma mesa, podia-se ver a ponta de um tecido triangular, que guardava aquele ninho exuberante, pouco acima da dobra de pele, que ela trazia no alto das coxas, anunciando a terra de sonho que se escondia a alguns milímetros.

Nesses momentos, Neco tinha vontade de levantar-lhe o resto de saia, e deixar ver aquelas delícias que cobria. Consolava-se e fazia o pedido habitual. Comia com a boca salivando, bebia a cerveja, e corria ao barraco, a sonhar com as formas e as carnes daquela mulher.

Certo dia, logo após ser servido por ela, perguntou-lhe: - Nega, onde eu como uma boa feijoada aqui no pedaço? Ao que ela respondeu: - Aqui não faz, mas eu faço uma pra você, se quiser. Mas tem que ser lá em casa.

Neco quase teve uma embolia com a resposta. Tossiu a cerveja por uns trinta segundos e, rezando para o zíper não ceder, disse, com voz quase calma: - Então eu compro as carnes e você faz o feijão. Quando?

- Sábado. Mas tem que deixar as carnes de molho na sexta, e chegar cedo, pra dar tempo de cozinhar bem.
- Chego às sete! - ele respondeu, com os dedos tiritando sobre a mesa.

Ela riu, de lábios grossos, e corrigiu: - Pode chegar lá pelas nove, que dá tempo.

Ela deixou o pedido sobre a mesa, saiu em direção à cozinha e, deixando cair uma colher no chão, virou-se de frente para a mesa do rapaz. Abaixou-se para pegar o talher, com a saia toda subida pelas coxas, e deixou ver a calcinha branca, cobrindo uma imagem de almofada, a sugerir o que lá se escondia. Assim ficou por alguns segundos, suficientes para que ele visse os limites e o canal que ficava marcado sob o algodão vivo. Era como um risco fino, longo, que terminava num ponto protuberante.

Nos pouco segundos daquele momento, ele percebeu um fio de umidade brotando no centro daquela visão.

Ela se ergueu, sorriu matreira, e caminhou de volta à cozinha.


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