Desperdiço o fel da tua boca
Que arrotas e queima meu corpo
Desejo incontrolável
Momentos de puro deleite
Assombra meus desejos
Que emergem aos encantos
Das tuas mãos de casco
E vara-me sem contemplação.
O ódio que assusta meus sonhos
De água abaixo se vão
Na cachoeira do gozo de cão
Uivo de dor e prazer
Dentro de me faz festa
Teu cajado do diabo.
Unhas que ferem
E tingem-se de vermelho
Carne sem preço
Jogada aos urubus.
Tormento de um pesadelo
Que ora é ódio, ora querer.
Visto as tralhas que cobrem a nudez
Amarrotadas de igual ta minha alma.
Sua gargalhada ecoa feito hiena....