Eis que cercado de testemunhas
Vejo-me cercado por formosuras
Cobrando-me um belo poema...
Tento escrever algo que não seja censura
Dos meus pares que são mulheres
Nos olhos cintilam raios
Desejos em lindas pernas
Cruzam e descruzam sem vergonha
Deslumbrantes cores das calcinhas
Ó meu Deus quanta loucura!
Disfarço na tangente do momento
Não dá para segurar em minha compustura
Cruzo as pernas para prender o desejo
Estranha essa nervura
Aparece quando não é o momento
Quando quero ela não me escuta
Jocosos são os tormentos
Normal, ouço com ternura
Despeço-me sem ter culpa
Falhou! Quem sabe amanhã
A falha da nervura?
Seja um aviso da Aids
Por não usar o persevativo naquele momento...
Agora estou prevenido
Só quero transa com camisinha
Para não falhar no meu contentamento
Calo-me por um segundo
Ao sentir pernas nos meus joelhos
Como souberam da minha nervura?
Tremo nas bases!
O vermelhão no rosto
Lembra que esqueci a cueca no banheiro
Fim.