A MENINA DO ÔNIBUS II - Capítulo II(m)
Olá queridos leitores,
Vocês que acompanharam a história de Ana Carla em “A MENINA DO ÔNIBUS”, poderá a partir de agora conferi também alguns capítulos extras que farão parte do livro a ser publicado futuramente, assim que o livro estiver pronto.
Seguindo a ordem dos capítulos que foram publicados aqui na Usina de Letras, o capitulo a seguir é um capítulo entre II(L) e III da segunda parte. Para ficar mais fácil a localização, resolvi chamá-lo de capítulo II(M) para não confundir os leitores. Para ler o capítulo II(L), clique [aqui]
Abraços,
Edmar Guedes Corrêa
Se quiser saber como tudo começou, então clique em: A MENINA DO ÔNIBUS
II(m)
I
Essas coisas nunca terminam bem. E por mais que achamos ter o controle da situação, em algum momento ele escapa por entre os dedos. E é isso que está acontecendo com o nosso relacionamento. Por mais que não queria admitir, sou obrigado a reconhecer a aproximação de um momento em que tudo desabará sobre nossas cabeças.
Não adianta eu tentar manter tudo sobre controle se Ana Carla, às vezes, não segue as regras e age por impulso, por puro capricho de seus desejos, os quais ela parece não saber controlar. Aliás, não é de todo sua culpa. Os adolescentes, ainda mais na idade dela, são mais instáveis, impulsivos e inconseqüentes. Talvez por estarem se expandindo rápido de mais para o mundo, não conseguem enxergar os perigos que os rondam. E por mais que eu tente alertar Ana Carla acerca de certas coisas, ela parece não me ouvir. É como se, de quando em quando, estivesse sendo cauteloso demais e até chato demais.
Mas eu só quero preservar o nosso relacionamento e evitar a dor e o sofrimento em seu coraçãozinho ainda inexperiente. Sei que também sofrerei com nossa separação, todavia sou um homem que, embora dessa vez tenha me deixado levar pelos sentimentos, quase sempre ponho a razão acima de tudo para evitar esse mal. No entanto, acredito que Ana Carla, embora não se dê conta disso, sofrerá bem mais. No estágio em que ela se encontra, eu sou tudo em sua vida. É como se o seu mundo girasse em torno de nós dois. Não posso afirmar, mas tenho cá comigo que ela não se importa com os pais nem a metade do que se importa comigo.
É por esse e outros motivos que estou preocupado mais uma vez. Aliás, isso já está se tornando uma constante nos últimos dias. É como se minhas preocupações fossem prenúncios de algo ruim. E o que ela me contou, ao se encontrar comigo no final da tarde, só fez confirmar minhas suspeitas.
-- Você é louca, menina? – repreendi-lhe, ao saber que ela fugira de casa para se encontrar comigo.
-- Por quê? – perguntou ela com ar de desdém. – Minha mãe não queria me deixar sair, aí eu menti para ela.
Ana Carla usava uma roupa simples: uma camiseta branca, uma bermuda jeans desbotada e parecendo bastante usada.; e nos delicados pezinhos, calçava chinelas havaianas em tons de rosa. Embora trajasse de forma natural, estava bela e encantadora com as pernas e os pés desnudos. Aliás, era a primeira vez que a via assim.; talvez por isso esse detalhe tenha me chamado tanto a atenção.
-- Você está se arriscando demais. Não deveria ter feito isso – repreendi-lhe novamente.
-- Tô nada! – discordou ela. – Falei para ela que só ia dar um pulo na casa da Marcela.
“Não. Eu não acredito que ela fez isso! E se a mãe dela vê que a filha está demorando e resolve ir atrás? E se por azar a amiga resolve ir à casa dela ou mesmo telefonar para ela? Meu deus! Aí vai complicar tudo. Vão ver que a filha está mentindo e foi se encontrar com outra pessoa. Vão pôr ela contra a parede”, pensei enquanto nossos olhos mantinham-se fixos uns nos outros.
-- Você é louca! – foi o que consegui dizer, ao vê-la aproximar seus lábios dos meus a procura de mais um beijo.
No pouco tempo em que passamos ali – cerca de meia hora –, tentamos aproveitá-lo ao máximo. Aliás, estávamos com sorte, pois não se aproximou ninguém para nos importunar. E assim, trocamos carícias, beijos e fizemos juras de amor como todo casal apaixonado. Às vezes, durante um beijo mais demorado, minhas mãos escorregavam pelas suas costas até encontrar as macias nádegas e então as apertava enquanto puxava seus quadris contra os meus, provocando uma sensação deliciosa de prazer.; outras vezes, num lance mais ousado, como se tivesse perdido a noção do perigo, fazia a mão deslizar por dentro de sua camiseta até os seios, os quais estavam com os mamilos rijos, denunciando seu excitamento.
Houve um momento, pouco antes de nos despedirmos, que cheguei inclusive a enfiar a mão por dentro da sua bermuda e introduzir o dedo na úmida vulva dela. Então, Ana Carla dobrou os quadris para trás a fim de livrar-se de minha mão arteira. E com um sorriso malicioso, disse:
-- Quer parar com essas safadezas? Fica me deixando toda molhada e morrendo de vontade.
-- Eu só queria ver se ela estava molhada – declarei, puxando aquela jovem voluptuosa pelo braço e aninhando-a pelos quadris.
-- É, mas não vai poder fazer nada com ela – acrescentou Ana Carla, roçando seus quadris aos meus em movimento copulatórios.
Então nos beijamos voluptuosamente mais uma vez, certos de que já não havia mais tempo para brincadeiras daquele tipo.
Confesso que se Ana Carla não tivesse de voltar tão depressa para casa, aquilo não teria terminado ali. Certamente teríamos dado asas aos nossos desejos e corrido riscos além da conta. É assim que as coisas acontecem quando dois corpos em chamas se encontram: procuram satisfazê-lo sem se importar com o resto, como se a razão não existisse, como se a parte animal sobressaísse.
Eu não sei o que Ana Carla fez em casa para desfazer o seu excitamento. Eu, no entanto, não tive outra saída a não ser fazer com que aquele veneno em minhas veias fosse neutralizado. E para tornar isso possível, eu só dispunha de um meio: uma punheta, uma punheta envolta nas mais loucas fantasias.
II
Durante o desjejum, minha mãe comunicou-nos que minha tia havia piorado e segundos os médicos ela não teria mais do que uma semana de vida.
-- Mas não há nenhuma chance de recuperação? – indaguei.
-- Infelizmente não. Ela entrou e coma ontem à tarde – respondeu minha mãe com o coração apertado. Sua voz chorosa denotava uma dor aguda, como se a irmã acabara de falecer.
-- É uma pena! Eu gostava tanto dela – falei pesaroso.
-- Já vai avisando lá no trabalho que a qualquer hora vamos ter que subir para São Paulo – recomendou minha mãe, demonstrando não ter mais nenhuma esperança na recuperação de minha tia.
-- Infelizmente a vida é assim – conformou-se meu pai. – A gente luta a vida inteira para depois acabar dessa forma. Às vezes, eu fico pensando se vale à pena a gente lutar tanto para levar uma vida melhor.
Minha mãe permaneceu calada, como se não soubesse o que dizer, embora ele não estivesse falando diretamente com ela. Acho que nem era comigo também. A impressão que tive foi de que se tratava de um desabafo, de um inconformismo diante duma situação tão triste como aquela. Entretanto, suas palavras me levaram a refletir por um momento: “Não creio que a vida tenha sentido. Talvez a morte sim, pois é a única coisa certa desde o momento em que nascemos. A morte: ninguém escapa dela. Não importa o que fazemos com nossa vida, não muda nada, tudo termina da mesma forma. Então é melhor vivê-la bem para não se arrepender depois, pois não teremos chance de vivê-la novamente”.
-- Por isso devemos vivê-la da melhor forma possível – falei, quebrando o silêncio.
-- A questão é saber qual é essa “melhor forma possível” – tornou meu pai.
-- Ah, isso eu não sei – falei. – E nem há como saber. Não temos oportunidade de vivê-la de outra forma para experimentar – acrescentei, lembrando das palavras de Nietzsche acercado do eterno retorno: “Viva tua vida de forma a querê-la viver uma e muitas vezes”. – Se pudesse viver sua vida novamente, o que o senhor mudaria?
Meu pai olhou-me com certo espanto, meio que embaraçado, como se não esperasse uma indagação como essa.
-- Não sei. É difícil saber.; nunca pensei sobre isso – respondeu. E depois de refletir, acrescentou: -- Talvez trabalhasse menos e procurasse aproveitar a vida melhor.
-- E a senhora, mãe?
-- Eu? Teria estudado mais e arranjado um emprego melhor – respondeu, conformada com o seu destino.
Embora não parecesse, minha mãe só tinha terminado o primeiro grau. Segundo ela contou diversas vezes ao longo desses anos, a contragosto dos pais, parou de estudar porque não gostava da escola e preferia trabalhar em casa, ajudando a minha avó. Quando mais jovem, antes de se casar, achava aquela vida mais interessante que a escola, mas depois se arrependeu, ao ver que não conseguia um bom emprego por não ter estudos. Só que aí já era tarde demais, pois estava casada e com um filho pequeno para cuidar.
A conversa poderia ter se estendido mais se eu não tivesse que sair para o trabalho. Assim, desculpei-me enquanto me levantava da mesa e corri para pegar as coisas. Nisso, ouvi meu pai oferecer:
-- Não quer que eu te leve?
Não me recordo de tê-lo visto se oferecer para me levar ao trabalho alguma vez. De forma que não pude deixar de estranhar aquilo. Contudo, uma carona era bem melhor do que tomar o ônibus, ainda mais naquele horário, quando a gente vai mais espremido que sardinha enlatada.
“O velho está querendo alguma coisa. Ele não ia se oferecer assim de graça. Nunca fez isso! Ah, mas vou aceitar só para ver o que ele quer. Aposto que não é boa coisa. Será que andou aprontando alguma e quer se abrir comigo? Ou quer me perguntar alguma coisa, mas não quer fazer na frente da minha mãe? É, talvez”, pensei.
-- Se o Senhor não se importar.
Então meu pai pegou a chave do carro e saímos.
-- Queria conversar contigo – disse finalmente, depois de andarmos cerca de um quilômetro, -- mas não podia falar na frente da tua mãe. Sabe como ela é: vê maldade em tudo.
Aquelas palavras só fizeram aumentar a minha curiosidade. Do momento em que nós entramos no carro até aquelas palavras, eu fiquei me perguntando o que ele tinha para dizer. Mas eu não fazia a menor idéia. Ora eu pensa que era algo relacionado consigo, um problema pessoal ou algo parecido, ora comigo. “Mas o quê?” era a pergunta que martelava em meu cérebro, “Será que ele está desconfiado de alguma coisa sobre Ana Carla? Será que ele viu a gente em algum lugar? Não, não pode ser isso. Ele não vai muito longe, fica sempre por aqui perto mesmo”, pensei.
-- O senhor tem razão. A mãe é fogo – assenti.
-- De uns dias para cá venho notando algo diferente contigo. Você parece preocupado e anda até meio afastado da gente. Sua mãe ainda comentou isso comigo ontem. Para não te complicar, falei que isso era coisa da cabeça dela, mas eu também já havia notado isso antes – disse ele sem virar nenhum momento o rosto em minha direção, como se quisesse evitar-me um embaraço.
-- Não, pai. Não é nada não – repliquei, embora o meu tom de voz dissesse exatamente o contrário. “Eu sabia que havia alguma coisa errada. E agora? O que eu faço? Conto a verdade pra ele?”
-- Ora, filho! Não precisa esconder nada de seu pai. Você sabe que pai é aquele que está sempre pronto a ajudar o filho. Não sei o que está se passando, mas tem alguma coisa errada. Desde o dia em que tive aquele sonho, isso ficou na minha cabeça – Meu pai parou no sinal vermelho e só então me fitou. Envergonhado, com um certo rubor nas faces, desviei o olhar para o carro ao lado, onde uma senhora ao volante aproveitava a parada para passar batom.
-- Mas eu não estou escondendo nada – falei.
Meu pai não se deu por vencido. Citou uma série de exemplos para confirmar suas suspeitas. Não havia como negar. Eu só não sabia que ele andava me observando a ponto de notar mudanças de comportamento que nem eu mesmo havia percebido. E quando ele disse que eu estava fugindo da minha mãe e inventando todo tipo de desculpas para não lhes apresentar minha namorada, fiquei sem reação. Foi como se um balde de água fria caísse sobre minha cabeça. Tornei-me embaraçado e não soube como argumentar.
-- Você até pode não querer me dizer – tornou ele depois de insistir e ouvir minhas negativas, -- mas eu te conheço o bastante para saber que você está metido em alguma coisa errada.
Embora não estivéssemos longe do meu trabalho, torcia para cegarmos rápido e assim ter tempo de me recompor e pensar numa mentira para contar-lhe mais tarde. Ele podia não ter arrancado nada de mim ainda, mas não ia se dar por satisfeito enquanto não soubesse a verdade. Aliás, qual pai não se preocupa com o filho? Ainda mais quando encasqueta na cabeça que ele está aprontando algo. E a questão não era mais se eu estava ou não metido em encrencas, mas sim o quê? E era isso que meu pai tentaria arrancar de mim a qualquer preço.
-- Já disse, pai! Eu não estou metido em nenhuma encrenca – tornei a dizer. – E não se preocupe que vou combinar com a Ana Carla para a gente vir jantar aqui por esses dias.
Minhas palavras surtiram algum efeito, pois ele não insistiu mais. Disse apenas que ia esperar e se precisasse dele para alguma coisa não era para ficar com medo, pois ele faria o possível para me ajudar.
-- Eu sei. Mas não se preocupe. Não vou precisar. Não estou metido em nada.
A conversa encerrou ai. Ele não tocou mais no assunto até chegarmos. No entanto, ao parar o carro e antes que eu descesse, disse:
-- Se cuida, filho!
-- Tá bom ,pai! – Sai do carro e fechei a porta. – Até mais tarde.
III
“Merda! Minha sexta-feira já não começou bem”, pensei ao virar as costas e atravessar a rua, “e só falta dar tudo errado o resto do dia. Quando começa assim, vai até o fim. Agora é meu pai quem está desconfiado. Será que a nossa sorte está se acabando? Não, não é possível que a coisa vá desandar logo agora! Justo agora que está indo tudo tão bem, dando tudo certo entre a gente. Pelo menos são meus pais que estão desconfiados e não os dela. Porque senão a coisa ia se complicar de vez. Mas, e será que eles também não desconfiam de nada? Preciso perguntar a Ana Carla. Vou falar para ela tomar muito cuidado, porque do jeito que a coisa tá. A gente não combinou quando ela ia me ligar. Bem que ela poderia me ligar agora mais cedo. Tô preocupado. Preciso falar com ela. Vou dar um jeito da gente se encontrar mais tarde. Se for preciso até dou um jeito de sair mais cedo. E preciso ver ela de qualquer jeito”, pensei.
Contudo, Ana Carla só me telefonou quando eu estava voltando para casa, para almoçar.
-- Oi, Florzinha! – atendi.
-- Oi, meu amor! Aonde você está? – quis ela saber, usando “Aonde” ou invés de “onde”. Aliás, por inexperiência, vez ou outra, cometia alguns erros grosseiros de português, tal qual a maioria dos adolescentes.
-- Tô indo para casa almoçar. Acabei de descer do ônibus – falei. – E você?
-- Tô num orelhão aqui perto de casa.
-- Pensei que você só fosse me ligar mais tarde. – Atravessei a rua e continuei a caminhar lentamente. Agora que estava falando com Ana Carla ao telefone, não tinha pressa alguma de chegar.
-- Mais tarde não ia dar. Vou com a minha mãe em Santos comprar o material escolar. Segunda-feira começa as aulas.
-- Ah! É verdade! Tinha me esquecido – De fato me esquecera completamente. Aliás, a semana estava tão tumultuada e nossos encontros não dando certo que nem tivemos tempo de conversar sobre nós mesmo, quanto mais acerca do início de suas aulas. – Então quer dizer que não vai dar para a gente se encontrar hoje?
-- Acho que não. Não sei que horas a gente vai voltar de Santos.
-- Poxa! Eu queria muito ficar com você, minha florzinha – falei entoando uma voz doce e suave, com a intenção de tocar-lhe fundo o coração. – Mas se não der, fazer o quê, né? Paciência...
-- Não fique assim, meu amor! – pediu. -- Eu também estou louca para ficar contigo. – Em seguida explicou porque não poderia se encontrar comigo.
Fiquei decepcionado, tão decepcionado que até esqueci de comentar com ela acerca das suspeitas de meu pai e de perguntar-lhe se os seus também não suspeitavam de nada.
Ao invés de me lembrar desse assunto tão importante, acabei pensando nos nossos encontros, nos momentos em que nossos corpos formavam um só. E essas lembranças me excitaram. E tomado por tais pensamentos, a nossa conversa girou em torno de obscenidades.
Eu não sei quem começou, nem se falei alguma coisa que levou Ana Carla a dizer “Eu te amo!” uma dezena de vezes e a proferir obscenidades, como num jogo, como se quisesse me convencer de que só ela era capaz de me despertar tais instintos de forma tão intensa. E como qualquer homem, eu me deixei levar por suas palavras, achando graça e incentivando-a mais e mais.
-- Pena que não podemos ir para um lugar onde só tivesse a gente – Seu tom de voz era tal qual o duma mulher no cio, capaz para se entregar ao primeiro homem que a levasse a loucura –, porque senão ia deixar você chupar meus peitos.; eles estão durinos, loucos para sentir essa boca gostosa mordendo os biquinhos deles, e ia deixar você enfiar essa coisa dura e gostosa aí dentro de mim.
Fui obrigado a lhe pedir para parar com isso. E para completar ela ainda acrescentou:
-- Ela está toda molhadinha, louquinha por ele.
-- Olha aqui, sua safada! Se você não parar de me provocar, eu vou ai agora apagar teu fogo, viu! – ameacei.
-- Vem nada! Você não pode vir aqui – respondeu ela, dando risadinhas maliciosas.
Eu não acreditava no que estava ouvindo. “No que transformei essa menina? Numa putinha muito safada, isso sim!”, pensei.
E em seguida ela ainda acrescentou:
-- Sabe o que vou fazer quando entrar no banho?
-- O quê? – perguntei com espanto.
Rindo, como se achasse a graça em tudo, respondeu que ia usar a mangueira do chuveiro como se fosse meu falo.
No mesmo instante imaginei a cena: Ana Carla abrindo as pernas, pegando o chuveirinho e deslizando-o para frente e para trás, roçando seu clitóris.; depois afastando as pernas, se abaixando e introduzindo aquele objeto na vagina enquanto soltava pequenos gemidos de prazer.
Ao ter esses pensamentos, meu coração começou a bater descompassadamente, um calor descomunal envolveu-me e eu senti o falo tremer por baixo dos panos. A vontade que tive foi de sair correndo até o ponto, tomar um ônibus, ir ao encontro dela e, estivesse ela onde estivesse, tomá-la nos braços, arrancar sua roupa, depois a minha e penetrá-la dizendo-lhe: “Toma! É isso que você quer, putinha? Então vê se ele te basta, sua cadelinha!”. Mas eu sabia que isso era impossível, que não havia como me encontrar com ela naquele momento. De forma que acabei dizendo:
-- Mas você está ficando safada, heim!
Então ela respondeu que a culpa era toda minha, que antes de me conhecer ela era tão somente uma garotinha inocente tal qual suas amigas.
De fato ela estava com a razão. Se não fosse por minha culpa, Ana Carla não teria se transformado numa garota sem pudor, capaz de dizer coisas que só uma mulher vivida e experiente teria condições de proferir. Embora os adolescentes de hoje em dia não sejam mais tão inocentes e desinformados quanto os jovens de vinte anos atrás, Ana Carla sabia mais e experimentara mais do que a maioria dos jovens com idade superior à sua. E isso só foi possível porque eu a seduzi e a fiz queimar etapas no seu desenvolvimento.
Não sei se isso é bom ou ruim.; só o futuro dirá. Todavia, acredito que se não lhe trouxer nenhum benefício, mal também não fará. Sempre fui da opinião de que a descoberta do sexo antes da puberdade era um direito de todo adolescente, desde que de forma segura e responsável. Acho que a privação, a demonização do sexo pelos falsos moralistas e pelo cristianismo ultrapassado, convalescente foi e continua sendo um crime contra os instintos humanos, contra a liberdade que cada ser humano tem de experimentar. Aqueles que não querem fazer, que não façam, mas ninguém tem o direito de proibir que os outros façam. Talvez, se fossemos menos hipócritas e não fizéssemos tanto mistério em torno do sexo, este não ocuparia tanto espaço na nossa imaginação.
-- Ah, mas amanhã você me paga. Vou te pegar de jeito – falei.
Então ela me fez a proposta mais incrível que uma jovem na sua idade poderia fazer: sugeriu que também eu me masturbasse pensando nela. E eu fiquei tão espantado com sua proposta que não pude deixar de perguntar:
-- Quem? Eu?
-- É você mesmo! – confirmo ela. E depois de comentar que eu já fizera isso pensando nela outras vezes, concluiu: -- Põe sua imaginação para funcionar.
Com o intuito de desafiá-la, de não ficar para trás, exclamei:
-- Vou fazer isso mesmo!
Novamente Ana Carla me surpreendeu: num ataque de ciúmes, talvez imaginando do que eu seria capaz, ameaçou:
-- Se eu souber que você anda fazendo essas coisas pensando em outra, em alguma vadia, nunca mais você vai me ver. – Seu tom de voz mudara. Tornara sério e aquele espírito de brincadeira se desfez.
-- Depois que te conheci, nunca mais fiz isso – declarei. “Seu mentiroso! Você ainda faz isso até hoje”, pensei. Em seguida acrescentei: -- Com uma garota assim como você, linda e deliciosa, não tenho olhos para outras.
-- Hum, seu bobo! – disse ela encabulada.
“Se só de supor que eu penso em outras garotas quando bato uma punheta ela já fica assim, imagine então se soubesse o que aprontei durante a sua viagem. Se faz idéia do que aprontei com a Roberta e a Maria Rita não vai me perdoar nunca mais. Espero que isso nunca venha acontecer, pois senão não me perdoarei para o resto da vida. Maria Rita que não se meta a besta em aparecer por aqui. Não. Acho que não vai aparecer mais. Senão já tinha me ligado. Deve ter desistido de mim. Vai ver que a Roberta conseguiu convencer ela da besteira que estava fazendo. É capaz que tenha dito para a amiga que eu nunca quis nada com ela, que só queria transar e nada mais”, pensei.
Pouco depois, Ana Carla interrompeu nossa conversa dizendo:
-- Preciso desligar. Tá na hora da minha mãe chegar do trabalho. Tá bom? Se der eu te ligo mais tarde.
-- Tá bom então florzinha. É melhor a gente não se arriscar mesmo – falei.
Se quiser saber como tudo começou, então clique em: A MENINA DO ÔNIBUS
Agora se quiser ler a versão da Ana Carla da história, então clique em: O DIÁRIO DE ANA CARLA
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