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Erotico-->A MENINA DO ÔNIBUS II - Cap. V(b) -- 09/01/2007 - 16:47 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A MENINA DO ÔNIBUS II - Capítulo V(b)

Olá queridos leitores,

Vocês que acompanharam a história de Ana Carla em “A MENINA DO ÔNIBUS”, poderá a partir de agora conferi também alguns capítulos extras que farão parte do livro a ser publicado futuramente, assim que o livro estiver pronto.

Seguindo a ordem dos capítulos que foram publicados aqui na Usina de Letras, o capitulo a seguir é um capítulo entre V(a) e VI da segunda parte. Para ficar mais fácil a localização, resolvi chamá-lo de capítulo V(b) para não confundir os leitores. Para ler o capítulo V(a), clique [aqui]

Abraços,

Edmar Guedes Corrêa

Se quiser saber como tudo começou, então clique em: A MENINA DO ÔNIBUS

V(b)
I
Esperei que Ana Carla recuperasse as forças e seus sentidos voltassem a funcionar a pleno vapor. Não havia pressa.; o tempo conspirava a nosso favor. Além do mais – talvez por causa do meu excitamento --, o peso de seu corpo sobre o meu, o silêncio só interrompido pela sua respiração declinante, a visão de seus quadris submersos, de suas pernas dobradas e suas coxas pressionando-me os quadris causavam-me um contentamento indizível. Era como se isso me transformasse num homem especial, diferente e melhor do que todos os homens sobre a face da terra pelo simples fato de estar numa piscina fazendo amor com uma ninfeta tão bela, encantadora e sedutora quanto aquela. Então por que a pressa? Por que pedir que ela saísse de cima de mim, se aquilo representava um momento ímpar? Embora ainda não chegasse ao gozo, embora meu falo vibrasse em desespero, querendo um pouquinho – o mínimo que fosse -- de carícias para acionar o dispositivo que abre a válvula e deixa escapar o sêmen, eu não estava com pressa.; pois até mesmo essa aflição, esse descontentamento na região dos quadris era motivo prazer no resto do corpo. Mas então Ana Carla ergueu a cabeça e me encarou com a satisfação visível no rosto.
Pedi que ela se levantasse.
Ana Carla tornou a apoiar nas barras de ferro da piscina e foi se levantando lentamente. Seus seios roçaram em minha face e quase os beijei. Só não o fiz porque passaram rápido demais.; no entanto, seu umbigo não escapou do contado dos meus lábios. E quando ela ficou de pé bem à minha frente, a visão que tive foi a de seus negros e encaracolados pêlos de seu sexo. Um pouco mais abaixo, mais destacados, maiores do que costumam ser, estavam os grandes lábios. Dir-se-ia inchados, como se algo os flagelara. Mas eu sabia que isso era normal depois do coito. Aliás, foi exatamente após essa visão que me ocorreu a idéia de pedi-la para tomar-me o falo em suas mãos e acariciá-lo com seus delicados lábios. “Ah, meus deus! Vai ser a coisa mais deliciosa do mundo!”, exclamei em pensamentos.
-- Vem cá, fique de joelhos – falei enquanto me levantava.
-- O que você está tramando, heim? – indagou ela, com um olhar enigmático, como se imaginasse as minhas intenções mas ao mesmo tempo ficasse na incerteza. Talvez por isso seus olhos mantivessem fixos sempre na mesma direção.
-- Eu? – tornei, de forma graciosa. – Nada que você não possa fazer – respondi. Sentei na beirada da piscina. Ana Carla então se ajoelhou a minha frente, como diante de um deus.; no entanto aguardava, sem saber o que fazer, como se esperasse uma ordem, uma instrução. – Passe a língua nele – pedi depois de uma pausa. – assim. – Fiz movimentos sobre a glande com a ponta do dedo, como se este fosse sua língua.
Ana Carla ficou indecisa. Por um momento ela o fitou.; em seguida levantou a cabeça e me encarou, ainda na dúvida se fazia ou não aquilo. Em seu rosto pude ver um tom avermelhado e mais vivo. Enrubescera e parecia constrangida. E ao vê-la assim, cheguei a pensar que não fosse ter coragem de ir adiante. Quase fui tomado pela decepção, pelo desapontamento. Ah, mas eu queria tanto, tanto quanto a queria ao vê-la pela primeira vez! Sei que era um capricho, um devaneio, contudo era o que mais desejava naquele instante. Havia tantas outras possibilidades – uma dezena delas --, todavia, era aquela e só ela a única capaz de me satisfazer, de acalmar meu espírito. E se Ana Carla recuasse e recusasse a fazê-lo, sofreria a maior decepção desde que a conhecera. Por felicidade minha, depois de um minuto de indecisão, ela segurou-me o falo com uma das mãos e vagarosamente tombou a cabeça para frente até que senti o toque de seus lábios tímidos.
Surpreendi-me com a atitude de Ana Carla. Confesso que desejava ardentemente que ela abrisse seus lábios e os deslizasse ao longo do meu falo dezena de vezes, entretanto não queria forçá-la a nada – o toque de sua língua já seria mais do que suficiente --.; até porque achava que ela não soubesse fazer essas coisas e obrigá-la seria motivos de constrangimentos. Mas ao sentir seus lábios sorver a glande de forma decidida, deixei apenas escapar um suspiro de intenso deleite, certo de estar experimento uma sensação impar de prazer, uma sensação das mais intensas.
Não me recordo precisamente os pensamentos que advieram daquele gesto, mas lembro que aquelas sensações sacudiram meu cérebro e enlouqueceram minha alma, e o fluxo de palavras e frases embaralhadas, muitas vezes incompletas foi intenso. Era como se me encontrasse num estado de semi-consciência, perdido nos meus próprios devaneios.
Ana Carla demonstrava inexperiência, falta de jeito, mas nada capaz provocar temor ou tirar-me do estado de compenetração. Lembro-me de, em dado momento, olhar em sua direção e encontrar em seu rosto uma expressão curiosa e indagativa. Era como se através do meu rosto ela tentasse deduzir o tamanho do meu prazer. Aliás, talvez se não estivesse impossibilitada, certamente ela me teria feito perguntas. Sorte minha, pois se isso tivesse acontecido, certamente me teria impedido de chegar ao ponto mais alto do excitamento, quando então o gozo se torna inevitável.
-- Pare, pare!... – falei de repente.
Ana Carla recuou e levantou a cabeça para me olhar. Acho que ao ouvir minhas palavras ela adivinhou o que viria em seguida, pois ela se afastou mais do que o necessário, como se quisesse desviar de alguma coisa.
Imediatamente agarrei o falo, olhei para seus seios e o aproximei deles. A glande roçou num dos mamilos (Não me lembro exatamente qual) quando o puxei um pouco para cima, para que ficasse sobre o seio dela. Então, num único movimento de ir e vir com a mão o liquido branco fluiu-lhe sobre o seu.; súbito, outro jato atingiu-lhe a cavidade entre os dois seios.
Nisso, meio desequilibrado e sem forças nas pernas, tornei a sentar na borda da piscina. Olhei para meu falo, para os seios de Ana Carla e finalmente para seus olhos. Ela me olhava curiosa, com certo ar de deleite nos lábios, como se sentisse satisfação de um dever cumprido. Em seguida porém ela afrouxou o pescoço e deixou cair os olhos em direção ao próprio corpo. E sem demora mergulhou a mão na água e lavou os seios.
-- Nossa! Que delícia! – exclamei.
-- Não sei que graça vocês homens vê nisso – disse ela.
-- Nisso, o quê? – perguntei em tom de troça, levantando-me e saindo da piscina.
Ana Carla demonstrou embaraço.
-- De pedi para a gente chupar ele – explicou, caindo para trás e submergindo, ficando tão somente com a cabeça fora da água. Parecia fazer isso para ocultar-me o desconforto por falar de um assunto pouco convencional e de extrema particularidade. Mas ao mesmo tempo parecia sentir-se à vontade, livre, nadando de um lado a outro da piscina como se aquele pequeno volume de água provocasse-lhe a mesma sensação que as águas do mar.
-- É que faz a gente sentir um prazer enorme. Você não faz idéia de quanto isso é bom. – afirmei. Eu também não sabia como lhe explicar aquilo, por isso não encontrei mais palavras para lhe complementar a afirmação.
-- É, vocês homens são muitos esquisitos – disse ela, como se deixasse escapar um pensamento. Havia se levantado e também saíra da piscina.
-- Esquisito? -- perguntei, surpreendido ao deitar-me de bruços, sobre os cotovelos na toalha estendida minutos antes.
Ana Carla aproximou-se e deitou ao meu lado, porém de costas.
-- Cheios de esquisitices. Querem que a gente faça isso, aquilo.; querem desse jeito, daquele. Não sei se é porque ainda sou nova e não sei muita coisa, mas acho que vocês homens tem mais possibilidades, pode fazer mais coisas diferentes que nós mulheres. -- Falava com desenvoltura, como uma pessoa observadora, que percebe facilmente as nuances, as quias passariam despercebidos aos olhos da maioria. -- Gostaria de ser homem, pelo menos por um dia, só para experimentar.
-- O quê? -- indaguei, surpreendido. Ergui a cabeça e fitei-lhe. Seu cenho e seus olhos brilhantes pareciam frutos de profunda meditação. “Mas por que diabos ela foi pensar nisso agora?”, pensei.
-- Saber como é ser homem. A vida para vocês é mais fácil: vocês têm mais liberdade e nós não. Por mais livres que somos, temos sempre que estar preocupadas com alguma coisa. Além do mais, vocês homens são mais independentes do que nós. Eu por exemplo: se fosse homem, poderia sair a hora que bem entendesse, com quem quisesse, que meus pais não iam ficar no meu pé – continuou ela, olhando para o céu, como se lesse aquelas palavras de um livro invisível à sua frente. -- Até na hora de transar vocês levam a melhor.
-- Que nada! -- discordei, ainda sem entender direito o porquê daquelas palavras.
-- Claro que sim – replicou com indignação, como se eu tivesse proferido uma grande inverdade. -- Pensa que eu sou boba, que não sei? Podemos ficar excitadas que quase nada muda em nós, mas com vocês não! Essa coisa aí tem que ficar enorme, belo como se dissesse: eu sou o todo poderoso. Além do mais vocês podem enfiar ele em outro lugar: atrás. Ou seja: vocês podem variar, fazer diferente. Mas e nós? E ela? Ela não: tem que contentar com o que por nela.
-- Que papo mais estranho – falei, balançando a cabeça e rindo em sinal de troça.
-- Mas é verdade mesmo! -- afirmou ela. Continuava imóvel, com os olhos fixos no céu azul, limpo, sem uma única nuvem. Dir-se-ia tímida demais para virar o rosto e encarar-me, mas ao mesmo tempo parecia sentir necessidade de falar sobre aquilo, de desabafar. Continuou: -- Por isso existem tantos bichas na face da terra. Na minha família mesmo: tenho um primo de 17 anos que é bicha. Só gosta de dar para homens. -- Fiquei surpreso com aquela revelação. Era a primeira vez que ela falava com tamanha espontaneidade de seus familiares. -- Outo dia perguntei para ele por que ele gostava de homens. Sabe o que ele respondeu?
-- Não. Não faço a menor idéia – respondi. “Porque é um pervertido, um afeminado”, pensei, embora encarasse o homossexualismo com naturalidade.
-- Disse com a maior cara lavada que sentia um prazer enorme quando um homem forte e musculoso pegava ele com força e transava com ele. Sei o que ele estava querendo dizer. Agora imagine duas mulheres transando: que graça tem?
-- Ah, também não é assim – discordei. Virei de lado e fiquei na mesma posição que ela. Olhei para a imensidão azul, mas a claridade incomodou-me.; então fechei os olhos e pensei: “Essa menina tem cada uma! De onde ela tirou essas idéias? Não são de todo verdadeiras, mas não deixam de ter um certo sentido”.
-- Por quê não? -- Foi a vez dela perguntar.
-- Porque você está falando só de sexo. Mas você está esquecendo dos sentimentos.
-- Mas isso não muda nada. Se duas mulheres, mesmo que se gostem, quiserem transar? Como vão fazer?
-- Não sei. Nunca parei para pensar nisso.
-- De qualquer forma – disse friamente Ana Carla, agora virando o rosto e olhando em minha direção --, elas precisam de enfiar alguma coisa lá. Nem que seja aqueles de mentira – concluiu sorrindo em seguida. Parecia agora mais descontraída.
-- Tem razão – declarei, retribuindo-lhe o sorriso. E com essas palavras a conversa interrompeu-se. Nossos rostos se aproximaram com uma certa dificuldade devido a nossa posição e nos beijamos. E esse beijo apaixonado me arrastou para cima dela. Abraçamos-nos e ficamos ali esquecidos por não sei quanto tempo.
O sol estava quente e o calor insuportável. Lembro-me inclusive de sentir o suor escorrer-me pelo rosto, pelos braços e na região das costelas e pingar em cima da Ana Carla. Talvez por isso ela tenha sugerido algum tempo depois que entrássemos novamente na piscina para refrescarmos.

II

Como afirmei anteriormente, o tempo conspirava a nosso favor. Era como se ele houvesse parado para nos assistir, para ver nossas travessuras embaixo de todo aquele sol. Embora estivéssemos ali há mais de uma hora, o sol continua nos aquecendo com seus raios de forma ininterrupta, com se também ele se alegrasse por ver dois seres tão felizes como éramos. Aliás, poucas vezes na vida me senti tão feliz, tão agradecido à vida assim. Cada vez que olhava para Ana Carla, para seus olhinhos meigos, apaixonados e submissos uma sensação deleitosa, uma seiva deliciosa percorria-me o corpo e fazia-me os olhos encher-se de lágrimas. Então eu disfarçava e virava para o outro lado, ou levantava e entrava na piscina, ou saia dela se já estivesse lá dentro para que ela não me visse naquele estado.
Lembro-me de um momento, quando estávamos deitados na toalha, que virei para Ana Carla para contemplá-la e beijá-la mais uma vez -- pois eu não me cansava de beijá-la, de fazer-lhe carícias --.; então minha atenção desviou para seus belos seios. Estavam adquirindo um tom avermelhado e isso prendeu a minha atenção.
-- Como são lindos! -- observei encantado.
-- Seu bobo – disse achando graça. Em seguida acrescentou: -- São todos seus, só seu, meu amor.
Aquelas palavras ungiram-me com um sentimento ainda mais profundo, uma sensação de estar no paraíso, algo que até pouco tempo jamais imaginara que poderia nascer em meu peito. Eu nunca sentira nada parecido por qualquer mulher que fosse. Lembro-me apenas de ficar enamorado por uma jovem colega de classe quando cursava a sexta série. Tratava-se de uma jovem alta, magra de beleza inconfundível. Não só eu, mas como também metade dos meninos da minha classe se encantavam com ela. Era paparicada e disputada por nós quase que o tempo inteiro. Inclusive sua beleza provocava ciúmes em algumas colegas, que provavelmente sentiam-se inferiorizadas. Fora isso, não me lembro de outra ocasião em que tenha sentido algo que não fosse simplesmente o desejo sexual, uma vontade de dispor de seus corpos e penetrar-lhes nos mistérios, mistérios que se escondia por baixo daqueles panos. Foi assim com quase todas as mulheres que saí. Com Ana Carla porém era tudo novo, tudo diferente.; era como num oceano e descobrir todo um mundo submerso, nas profundezas.
-- Meus...? Só meus...? Para sempre...? -- perguntei, escorregando levemente a mão sobre um deles e seguidamente o apertando com delicadeza.
-- Para sempre... Eu juro! Mesmo que tentem separar a gente, eu não vou deixar que outro homem ponha a mão neles – disse ela na sua mais pura ingenuidade. Eu sabia que suas palavras eram frutos de suas emoções, de sua total inocência e inclusive influenciadas por aquelas circunstâncias.; pois, na maioria das vezes, não podemos cumprir nossas promessas feitas num momento de profunda emoção, quando nossa capacidade de ponderação, de enxergar a realidade diante de nossos olhos está seriamente comprometida.
-- Então vou cuidar bem deles – afirmei, aproximando os lábios e perpassando levemente a ponta da língua ao redor do mamilo.
Aquilo me começou a me afetar o corpo. Estava virado de lado, de frente para Ana Carla. Seus olhos curiosos, atentos observavam alguma coisa em mim, na região dos quadris, que se tornava inquieto. Pensei em perguntar-lhe o que tanto olhava, mas não era preciso. Deduzi.
-- Vem cá, meu amor... -- começou e a dizer – Vem para cima de mim...
Eu sabia onde aquilo terminaria, mas no momento – talvez tomado pela emoção, afetado pelas suas palavras ditas há pouco --, deixei-me levar pelas circunstâncias.
Fiz um esforço além da conta para tentar relembrar o que realmente se passou nos dois ou três minutos seguintes, mas parece-me que só consigo recordar de alguns fragmentos. A melhor fonte para explicar, para preencher essa lacuna eu só fui encontrar no diário dela. Embora Ana Carla não tenha sido lá muito detalhista, pelo menos suas palavras ajudam-me a compreender o que se passou, ajudou-me a preencher algumas lacunas.
Acredito que estivesse fascinando demais com tudo aquilo que ocorria a nossa volta para prestar atenção a muita coisa. Só me recordo de penetrá-la e ir movendo os quadris para cima e para baixo várias vezes até que ele disse:
-- Deixa a sua gatinha ir para cima de você.
Foi então que vi a imagem de seu corpo cavalgando sobre o meu. Na verdade, a imagem que se formou em meu cérebro compunha-se da união de duas cenas: numa Roberta estava sobre mim no quarto de motel e noutra era Ana Carla rolando para cima de mim ali naquele mesmo lugar. Quando as duas cenas se juntaram, a imagem de Roberta desapareceu e Ana Carla tomou o seu lugar.; o mesmo aconteceu com o quarto de motel, substituído por aquele lugar. No entanto, os movimentos que eu imaginava Ana Carla fazendo, na realidade eram os movimentos que Roberta havia feito, pouco antes do natal.
Fiquei de costas e Ana Carla veio para cima de mim. E sem muito desprendimento de tempo, senti seu corpo encaixando no meu, como se os dois fossem duas partes de um todo. E quanto mais ela se soltava, maior era a pressão na pélvis, mais meu falo sentia-se envolvido, sendo absorvido.
Minhas mãos – nessas horas elas sempre fazem isso. Até hoje não sei por quais motivos – agarravam e apertavam fortemente seus seios. Era como se a quantidade de força fosse um fator determinante para que Ana Carla chegasse ou não ao gozo.
E embora afetado demais, fui capaz de captar uma alteração nos seus movimentos sobre mim. Foi quando me apercebi de que ela esta pela segunda vez, em pouco mais de duas horas, tendo um orgasmo. Ela não grunhiu como da primeira vez: estava mais contida, mais silenciosa.; contudo, não pode evitar que um suspiro escapasse-lhe da boca no momento certo, o que aliás foi um mote para que seus movimentos findassem.
Ela parecia mais exausta, mais sem forças.; talvez por isso tenha tombado para frente e caído sobre mim feito alguém que desmaia, que sofre uma vertigem inesperada e cai em uma vez. “Pronto! E agora?”, lembro-me de me fazer essa pergunta.
-- Agora me deixa ir para cima de você – pedi.
Ah, querido leitor! Não me lembrava de ter dito essas palavras, mas Ana Carla não as deixou de registrar em seu diário, de forma que acredito nela. Ela estava em melhores condições de se lembrar disso melhor do que eu. Aliás, eu me recordo de se estar num estado em que nada nesse mundo seria capaz de me demover de fazer o que meu corpo clamava desesperadamente. Eu precisava possuí-la naquele instante ou então enlouquecia. Era a única certeza de que dispunha.
Voltamos à posição inicial.
Não houve tempo para carícias ou beijos. O momento disso já havia passado. Eu só precisava de uma coisa – uma única --: fazer alguns movimentos e pronto: tudo estaria terminado. Não sei se era isso que passava pela minha cabeça -- Aliás, nem sei ao certo se algum pensamento me ocorria naqueles momentos --. A verdade é que estava envolvido demais que em nenhum momento lembrei-me da camisinha. Era como se para possuí-la, todos os riscos seriam compensados. Mas no exato momento em que mais um segundo é tarde demais, aconteceu aquele estalo na minha cabeça, como se forças ocultas me protegessem e conspirassem a meu favor. Então ergui os quadris e saí de dentro dela no instante em que minhas pernas bambearam. “Ufa! Essa foi por pouco!”, cheguei a pensar.
Permanecemos algum tempo em silêncio, sem condições de proferir uma única palavra. Minha cabeça jazia caída ao lado do rosto de Ana Carla. Meus olhos mantinham-se fechados e acredito que também ela os seus.
-- Sai um pouquinho – pediu ela, interrompendo o silêncio e me tirando do estado de distanciamento.
-- Ah, sim – respondi, caindo para o lado, para cima da outra toalha que jazia desarrumada.
Sem dizer palavra, Ana Carla se levantou e entrou novamente na piscina. Olhei para ela enquanto entrava, e, agora de posse de todas as minhas faculdades mentais, pensei: “Está toda vermelha. Vai ficar ardida. É melhor a gente sair desse sol, senão nem ela e nem eu vamos conseguir dormir à noite. Vou me molhar também e chamar ela para comer alguma coisa. Já estou ficando com fome”.
Foi o que fiz.

Se quiser saber como tudo começou, então clique em: A MENINA DO ÔNIBUS
Agora se quiser ler a versão da Ana Carla da história, então clique em: O DIÁRIO DE ANA CARLA



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