De repente, no mais bem executado dos seus escorregões, ela escancarou as pernas bem na frente de seus olhos e ele, num excesso imaginativo, imaginou que estivesse lhe oferecendo as carnes... Por nunca ter estado tão próximo de suas calcinhas, só então percebeu que não estavam em branco, mas sim, manuscritas pelo próprio Eros: textos eróticos, numa língua estranha, apesar de escrito em português. Certo de estar diante das respostas às suas perguntas, tentou traduzi-lo, mas num esforço inútil, pois antes que conseguisse entender qual-quer palavra, ela recompôs-se, ficou de pé, ajeitou o vestido e, em seguida, dos contornos de seus lábios lambuzados com o suco das amoras, saíram um pedido inesperado: uma poesia.
— Poesia? Quer que eu lhe faça uma poesia?
Trecho do conto A CALCINHA DA BRINCANTE, um dos contos do meu livro EMBRULHOS.
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