Bom dia nobres leitores do Usina de Letras! Aqui é o vosso servo Laviro outra vez,
E, como sempre, o nosso objetivo é agradar você que é nosso importante freguês.
Era uma vez dois amigos, ambos os dois advogados. Jogaram futebol juntos, estudaram o primeiro e segundo graus juntos, fizeram o curso de Direito juntos, se formaram juntos, trabalhavam juntos e, no estacionamento do motel, lá estavam eles, juntos... Lógico que não foram juntos, mas, por uma dessas coisas do destino, fez que a saída de um coincidisse com a chegada do outro e, assim o estacionamento do motel foi o palco de mais um encontro dos dois amigos...
Coincidências, à parte, não haveria problema se ambos não percebessem que eles estavam acompanhados de suas mulheres... Bem, nesta altura do campeonato, você deve estar pensando que estamos malucos, pois é um fato normal a gente ir ao motel com as nossas mulheres – desde que eu vá com a minha e você com a sua, é claro!
Porém, não foi isso que aconteceu naquele fatídico dia. Ao se encontrarem no estacionamento do motel, cada um percebeu que estavam com as mulheres trocadas e, o pior, apesar de serem grandes amigos e de trocarem muitas coisas, a troca de mulher (embora alguns façam) jamais tinha passado pela cabeça de ambos. Passado aquela surpresa inicial, eles se olharam... desceram dos seus respectivos carros e, com os rostos ruborizados de raiva (ou de vergonha), ficaram frente à frente...
Dentro dos carros, as mulheres, coitadas, nem sabiam o que faziam... Como diz o velho ditado: se correr o bicho pega; se ficar, o bicho come... Lá estavam elas. Cada uma louca para xingar o marido infiel, mas... Bem, o melhor seria aguardar os acontecimentos...
No lado de fora dos carros, estavam os dois amigos (ou ex-amigos). Como já dissemos estavam frente à frente... Calados... Olho no olho... Respiração entrecortada... Punhos cerrados... Parecia que uma grande tempestade iria desabar... De repente, o que se temia, aconteceu... O silêncio foi quebrado... Um deles, o mais velho, falou em tom solene e respeitoso (como quase todo advogado):
- Nobre colega, creio eu, que o CORRETO seria que a minha mulher venha comigo, no meu carro, e a sua mulher, volte com Vossa senhoria no seu.
- Concordo plenamente, caro colega que isso seria o CORRETO – responde o outro – mas não seria JUSTO, levando-se em consideração que vocês estão saindo, e nós estamos apenas chegando.