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Erotico-->TORRENTE -- 20/10/2007 - 10:35 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No sono uma sereia se desdobra
É o olho, navio teu, que vela
O corpo de teu tritão, todo, vento
Nas ondas verdes de teu mar tão doce

Fundo da noite, arco da sereia
Pendula o peito do tritão, no ar
Pernas deflagradas para o amar
Atados braços, náufraga em teu rei

Na calmaria, súbitos mergulhos
Infindas flechas que o dizer esvai
Sob a Lua, sereia toda augúrios

Lançado às águas, tritão dobra, cai
Vai na sereia morar, seus barulhos
Bel canto de prazer dos corpos sai

(para Irene, minha sereia)
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