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Erotico-->Agora é o Caos! Qual destes cairá no vestibular? -- 10/12/2007 - 15:00 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic aqui: Outros filhos dos titãs com suas irmãs

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texto

[Os Deuses primordiais]
Sim, bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre Deuses imortais,
solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos
ele doma no peito o espírito e a prudente vontade.

Do Caos, Érebos e Noite negra nasceram.
Da Noite, aliás, Éter e Dia nasceram,
gerou-os fecundada unida a Érebos em amor.
Terra, primeiro, pariu igual a si mesma
Céu constelado, para cercá-la toda ao redor
e ser aos Deuses venturosos sede irresvalável sempre.
Pariu altas Montanhas, belos abrigos das Deusas
ninfas que moram nas montanhas frondosas.
E pariu a infecunda planície impetuosa de ondas,
o Mar, sem o desejoso amor. Depois pariu
do coito com Céu: Oceano, de fundos redemoinhos,
e Coios e Crios, e Hipérion e Jápeto,
e Téia e Réia, e Têmis e Memória,
e Febe de áurea coroa, e Tétis amorosa.
E, após, com ótimas armas, Crono, de curvo pensar,
filho o mais terrível: detestou o florescente pai.
Pariu ainda os Ciclopes, de soberbo coração:
Trovão, Relâmpago e Arges, de violento ânimo,
que a Zeus deram o trovão e forjaram o raio.
Eles, no mais, eram comparáveis aos Deuses;
único olho, bem no meio, repousava na fronte.
Ciclopes denominava-os o nome, porque neles
circular olho sozinho repousava na fronte.
Vigor, violência e engenho possuíam na ação.

Outros ainda da Terra e do Céu nasceram,
três filhos enormes, violentos, não nomeáveis.
Coto, Briareu e Giges, assombrosos filhos.
Deles eram cem braços que salvam dos ombros,
inaproximáveis; cabeças de cada um cinquenta
brotavam dos ombros, sobre os grossos membros.
Vigor sem limite, podero na enorme forma... (De Hesíodo, in Teogonia - A origem dos deuses)..........150


1. CAOS, o Cissor, a Cissura, vazio primitivo, obscuro e ilimitado, a força que preside a separação em duas partes, a procriação por cissiparidade; Kháos precede e propicia a geração do mundo. Tudo o que provém de Khaos pertence à esfera do não-ser; todos os seus filhos, netos e bisnetos (exceto Éter e Dia) são potências tenebrosas, são forças de negação da vida e da ordem.
2. GAIA, a Terra, a mãe de todos, a terra-mãe, assento inabalável, a mãe dos deuses e dos homens, mãe de Anteu, de Píton e de Caríbides
3. EROS, o Amor, o mais belo dentre os deuses imortais, a atração amorosa, força de acasalamento e da multiplicação da vida. Preside a procriação por união amorosa.
Outras interpretações: existem três "Eros" na mitologia grega. Um que era filho de Érebo (que era filho do Caos e pai do Éter) e Nyx (a Noite, que era irmã de Érebo), esse Eros existia no ovo primordial, o amor como princípio do mundo. Ele aparece na Teogonia de Hesíodo (versos 116 a 120), e é dele que Platão fala em "O Banquete". O segundo era filho de Íris (a deusa mensageira do arco-íris) e Zéfiro (o vento oeste), pouco se sabe deste. E o terceiro era filho de Afrodite com Ares. Este último foi que os romanos transformaram em Cupido. O Cupido era representado alado pq o amor sempre estava em movimento, agindo tanto na terra como no céu. A representação romana que a Renascença lhe faz, como um bebê de cabelos loiros, peralta e rotundo, não condiz com a grega, onde este era um rapaz adolescente de cabelos negros. O Eros grego era intenso e poderoso, enquanto o romano parecia uma criança frágil e caprichosa. Os romanos, quando assumiram os deuses gregos, os "deturparam". Hermes (deus dos caminhos) se transformou em Mercúrio - padroeiro dos ladrões. Dionísio (deus do êxtase espiritual) se transformou em Baco - deus do êxtase sexual, dos famosos bacanais orgiásticos. E assim por diante. Quanto ao "AMOR", os gregos tinham palavras diferentes para ele. O amor "EROS" pressupõe entusiasmo, e não se restringe as relações humanas, existe um eros por música, filosofia, arte etc. Eros estaria em toda a parte e seria a força motriz por trás das coisas. Já o amor ÁGAPE corresponderia à serenidade e profundidade, o estar amando, a aceitação sincera. Além deste, havia o amor FILOS, a fraternidade, o gostar. Também o PORNÉIA, amor pornográfico, e o PATHOS, a paixão doentia.
4. TÁRTARO, distante da Terra como a Terra do Céu, o anti assento, a queda abissal, abismo distante, a escuridão primeva, bem abaixo de Gaia, de trevas profundas, onde ficavam encarcerados os titãs

[A luta contra Tifeu]texto
E quando Zeus expulsou do céu os Titãs,
Terra prodigiosa pariu com ótimas armas Tifeu
amada por Tártaro graças a áurea Afrodite.
Ele tem braços dispostos a ações violentas
e infatigáveis pés de Deus poderoso. Dos ombros
cem cabeças de serpente, de víbora terrível,
expeliam línguas trevosas. Dos olhos
sob cílios nas cabeças divinas faiscava fogo
e das cabeças todas fogo queimava no olhar.

Vozes havia em todas as terríveis cabeças
a lançar vário som nefasto: ora falavam
como para Deuses entender, ora como
touro mugindo de indômito furor e possante voz,
ora como leão de ânimo impudente,
ora símil a cadelas, prodígio de ouvir-se,
ora assobiava a ecoar sob altas montanhas.
Naquele dia suas obras seriam incombatíveis
e ele sobre mortais e imortais teria reinado
se não o visse súbito o pai de homens e Deuses
e trovejou grave e duro. A terra em torno
retumbou tremenda, o céu amplo lá em cima,
o mar, as correntezas do Oceano e o Tártaro.
Sob os pés imortais estremece o alto Olimpo
com o ímpeto do rei e geme a terra.
Penetrava o mar violáceo o calor de ambos,
de trovão, relâmpago, fogo vindo do prodigioso ser,
de furacões, ventos e do raio flamante.
Fervia toda a terra, céu e mar,
saltavam em volta dos cabos altas ondas
sob golpes dos imortais, irreprimível abalo cresce,
tremem Hades lá embaixo rei dos mortos
e Titãs no Tártaro em torno de Crono
pelo irreprimível clangor e pavorosa luta.

Zeus encrista seu furor, agarra as armas,
o trovão, o relâmpago e o raio flamante,
e fere-o saltando do Olimpo. Fulmina em torno
todas as cabeças divinas do terrível prodígio.
E ao dominá-lo açoitando com os golpes
mutila e abate-o, e geme a terra prodigiosa.
Do rei fulminado a chama jorra
nos vales não visíveis rugosos das montanhas,
golpeando. E vasta queima-se a terra prodigiosa
com bafo divino e fundia-se com o estanho
pela arte de homens em perfurado crisol
aquecido, ou o ferro que é mais possante
nos vales dominado pelo fogo ardente
funde-se no chão divino por obra de Hefesto,
assim fundia-se a terra ao brilhar do fogo aceso.
Com afligente ânimo atirou-o ao largo Tártaro.

De Tifeu vem o furor dos ventos que sopram úmidos,
não Notos, Bóreas e Zéfiro clareante,
este vêm dos Deuses, grande valia dos mortais,
os outros sopram às cegas sobre o mar
e, ao caírem no alto-mar cor de névoa,
impetuam ruim procela, grande ruína dos mortais.
Eles sopram diversos, dispersam os navios,
perdem os nautas, e não têm resistência ao mal
os homens que os encontram pelo mar,
e pela terra sem-fim e florida eles perdem
os campos amáveis dos homens nascidos no chão
atulhando-os de pó e de doloroso turbilhão.

4.1 TÍFON, monstruoso filho de Gaia e Tártaro, derrotado por Zeus
5. a antecâmara do Tártaro e do reino que é morto; a escuridão profunda que se formou no momento da criação, e mais tarde ficou localizada no mundo subterrâneo
5.1 a primeira das entidades luminosas de um mundo até então totalmente escuro, filha de Érebro e Nix.
5.2 a luminosidade pura e brilhante da região superior da atmosfera, próxima à abóbada celeste, filha de Érebo e Nix, irmã de Éter.

[Nix, a Noite] texto
Noite pariu hediondo Lote, Sorte negra
e Morte, pariu Sono e pariu a grei de Sonhos.
A seguir, Escárnio e Miséria cheia de dor.
Com nenhum conúbio, divina, pariu-os Noite trevosa.
As Hespérides que vigiam, além do ínclito Oceano,
belas maçãs de ouro e as árvores frutiferantes
pariu; e as Partes e as Sortes que punem sem dó:
Fiandeira, Distributriz e Inflexível, que aos mortais
tão logo nascidos dão os haveres de bem e de mal,
elas perseguem transgressões de homens e Deuses;
e jamais repousam as Deusas da terrível cólera
até que dêm com o olho malígno naquele que erra.
Pariu ainda Nêmesis, ruína dos perecíveis mortais,
a Noite funérea. Depoispariu Engano e Amor
e Velhice funesta e pariu Éris de ânimo cruel.

Éris hedionda pariu Fadiga cheia de dor,
Olvido, Fome e Dores cheias de lágrimas,
Batalhas, Combates, Massacres e Homicídios,
Litígios, Mentiras, Falas e Disputas,
Desordem e Derrota, coniventes uma da outra,
e Juramento, que aos sobreterrâneos homens
muito arruína quando alguém adrede perjura. (Idem,230)


6. NIX, a NOITE, após parir Éter e Dia, unida a Érebos em amor, procria por cissiparidade as forças da debilitação, da penúria, da dor, do tormento, do engano, da desaparição e da morte, ou seja, tudo que diz respeito ao Não-Ser e ao Manifesto obnubilante; é a noite; representa a escuridão situada logo acima de Gaia.
6.1 a morte
6.2 o sono
6.3 o sonho
6.4 "ninfas do Poente", personificam o final da tarde, transição entre o dia e a noite. Viviam em um longínqüo e inacessível jardim, o "jardim dos deuses", guardado por um dragão (uma serpente gigante) e situado às margens do rio Oceano, no extremo Ocidente. O Jardim das Hespérides era famoso pelas maçãs (pomos) de ouro, plantadas pela deusa Hera. Essas maçãs, segundo a tradição, foram um presente de Gaia por ocasião do casamento de Zeus e Hera. O Jardim aparece, juntamente com Atlas, no 11º trabalho de Héracles.
6.5 representava em tempos antigos a vingança divina diante da ὕβρις, compreendida como um comportamento desmedido ou excessivamente presunçoso da parte dos mortais. Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Deusa_N%C3%AAmesis
6.6 personificava a discórdia; participa diretamente da querela da beleza, uma das causas antecedentes da guerra de Tróia.
6.7 o esquecimento
6.8 MOIRAS, também chamadas de "Meras", ou Parcas (pelos romanos), são filhas da Noite; personificam o destino de cada ser humano e a parte que lhe cabe de felicidade, riqueza e desgraças. Em épocas tardias, eram comparadas a três "fiandeiras" que controlavam, de forma impessoal e fria, o destino do homem desde o nascimento até a morte. As funções de cada Moira, no entanto, variaram um pouco a partir do Período Helenístico.
6.8.1 CLOTÓ (gr. Κλωθώ), a "fiandeira", tecia o fio da vida;
6.8.2 LÁQUESIS(gr. Λάχεσις), a "distribuidora", determinava o comprimento do fio;
6.8.3 ÁTROPO(gr. Ἄτροπος), a "implacável", cortava impiedosa e inflexivelmente o fio, no momento exato e predeterminado.
6.9 o engano
6.10 a amizade
6.11 a velhice
6.12 a zombaria
6.13 a miséria
6.14 a raiva, ou a fúria
7. URANO, CÉU, o céu estrelado, a primeira divindade a controlar o mundo. Tem como funções cobrir toda o entorno da Terra e ser para os venturosos deuses assento irresvalável. "Cobrir a Terra e fecundá-la hierogamicamente através da chuva-sêmen; ser o assento dos deuses é dar-lhes origem e fundamento, fundar-lhes a existência...". "... os desígnios do Céu são só copular e emprenhar, despojá-lo de seus desígnios não é senão castraá-lo." (Torrano).
7.1 CICLOPES: divindades poderosas, selvagens e incontroláveis, eram três gigantes com um único olho no meio da testa e grande habilidade manual
7.1.1 BRONTES, o trovão
7.1.2 ESTÉROPE, o relâmpago
7.1.3 ARGES, o raio
7.2 TITÂS E TITÂNIDES: divindades menos selvagens, mas igualmente poderosas
7.2.1 a água doce; nunca saía do lugar, e pouco participou das lendas. Era imaginado como um imenso "rio" que cercava totalmente a terra firme — conceito assimilado, inclusive, pelos primeiros geógrafos; unido à irmã Tétis (gr. Τηθύς), teve mais de três mil filhos e filhas. Todos os rios e fontes do mundo se originavam dele, assim como as numerosas oceânides (gr. ὠκεανίδες), personificações de riachos, fontes e outros cursos de água:
7.2.1.2.1 ESTIGE, oceanina, uniu-se a Palas (híbrido do Mar e do Céu, por ser filho de Crios 7.2.3 e Euríbia 9.3) e deu à luz os dois pares Zelo, o ardor; e Niké, a vitória; Cratos, o poder; e Bias, a violência; sua mãe chamava-se Tétis e, por vontade do seu pai, Oceano, Estige deixou seus quatro filhos com Zeus, que apelava a todos os imortais do Olimpo para que o acompanhassem para a Titanomaquia. Tendo sido a primeira a atender aos apelos de Zeus, foi honrada com dons especiais e supremos: o grande juramento dos Deuses e seus filhos passaram a residir com Zeus. "deusa odiosa aos imortais, a terrível... o grande flagelo para os deuses, o "juramento", "a imperecível água ogígia que brota de abrupta região"... Assim, Zeus ficou detentor de Zelo, o ardor; Niké, a vitória; Cratos, o poder; e Bias, a violência.
7.2.1.2.2 Gerou com Taumas os gênios do Temporal, impetuosas como o turbilhão que se abate sobre o mar e arrasta tudo à sua passagem. As Harpias (aelo e Ocípete) são essencialmente Rapinadoras. Mulheres aladas, possuem garras agudas; e sua morada situa-se no coração do mar Jônio, nas ilhas Estrófades.
7.2.1.2.2.1 mensageira dos deuses, personificação do arco-íris
7.2.1.2.2.2 a Borrasca
7.2.1.2.2.3 o Voa-rápido
7.2.1.2.2.4 a Obscura
7.2.1.2.3 MÊTIS, primeira aliada de Zeus, esta oceânide personificava a sabedoria ou, talvez, a astúcia.... enganou Crono, fazendo-o beber uma poção que o obrigou a vomitar Héstia, Deméter, Hera, Hades e Posídon, os filhos engolidos. "... a alertada previdência da própria Mêtis, surpreendendo-a com palavras sedutoras e inesperada manobra, e engolindo-a, i.e., incorporando-a a si mesmo mediante esse ato pelo Zeus se revela ter mais mêtis (presciência, astúcia) que a própria Mêtis... Com Mêtis, o soberano do Olimpo incorpora a si uma Sapiência que lhe assegura o poder sobre o imprevisível, sobre todos os ardis que em todos os tempos e em todos os lugares se possam tramar, pois com Mêtis ele conhece o bem e o mal (v. 900) num domínio que, cambiante e instável, tem tanta afinidade com a natureza do Mar." (Torrano).
7.2.1.2.4 ÁSIA, sobrinha de Jápeto (7.2.5.)
7.2.1.2.5 CALÍRROE
7.2.1.2.6 EURÍNOME, a Grande Partilha, uma das principais oceânides, filha de Oceano e Tétis, a deusa da fertilidade das águas, prima e consorte de Zeus, e mãe de Cárites. Fecundada por Zeus, gera as desejadas Graças. Veja também http://pt.wikipedia.org/wiki/Eur%C3%ADnome
7.2.1.2.6.1 CÁRITES: Explicitam a Grande Partilha das honras; as belezas de Eurínome e de suas filhas incutem amor e desejo são as Graças, deusas da dança, dos modos e da graça do amor, são seguidoras de Vênus e dançarinas do Olimpo.
7.2.1.2.6.1.1 AGLAIA - a claridade
7.2.1.2.6.1.2 TÁLIA - "... viço, exuberância de seiva, luxúria da fecundidade, tal como a Paz é viçoa, fecunda para os camponeses (tethaluân, v. 902)  como são fecundas, florescentes, as esposas dos Deuses (thalerèn ákoitin, v. 921, etc.),  e ainda como o Céu fundamento-origem da lúcida e dominadora raça dos Deuses Olímpios é thalerós (v. 7.28), fecundo, opulento de Vida e de sêmenes, ávido de cópulas." (JAA Torrano, in Teogonia, a origem dos Deuses, Hesíodo); a que faz brotar flores
7.2.1.2.6.1.3 EUFROSINA - o sentido da alegria
7.2.1.2.7.1 NEREIDAS, as cinquenta filhas de Nereu e Dóris, que salientam os aspectos positivos do Mar. Por sua beleza, as Nereidas também costumavam dominar os corações dos homens. Vide http://pt.wikipedia.org/wiki/Nereida
7.2.1.2.8 PLÊIONE
7.2.1.2.8.1 PLÊIADES
7.2.1.2.9.1 monstro fabuloso, metade homem e metade cavalo, filho de Fílira e Posídon, grande amigo dos mortais
7.2.2 CÉOS, o gigantesco
7.2.2.1 HÉCATE, a dádiva
7.2.3 CRIOS, uniu-se à sua meia-irmã Euríbia (9.3), filha de Ponto e Gaia, e gerou Palas, Perses e Astreu, poderosas forças da natureza.
7.2.3.1 PALAS, a belicosidade
7.2.3.1.1 ZELO, o ardor
7.2.3.1.2 NIKÉ, a vitória
7.2.3.1.3 CRATOS, o poder
7.2.3.1.4 BIAS, a violência
7.2.3.2 PERSES, a Destruição
7.2.3.3 ASTREU: casou-se com Eos (a Aurora), que lhe deu como filhos os Ventos, Heósphoros () e finalmente todos os Astros.
7.2.3.3.1 Os VENTOS
7.2.3.3.1.1 BÓREAS, o vento Norte
7.2.3.3.1.2 ZÉFIRO, entre os antigos, vento do Ocidente. Vento suave e fresco; aragem, brisa [Antôn., nesta acepç.: euro.]
7.2.3.3.1.3 EURO, entre os antigos, vento de leste
7.2.3.3.1.4 NOTO, o vento Sul
7.2.3.3.2 HEÓSPHOROS, a Estrela da Manhã
7.2.3.3.3 os ASTROS
7.2.4 era, provavelmente, uma divindade pré-helênica ligada ao sol ou, possivelmente, o próprio sol; unido à irmã Téia, gerou Selene, a lua, Eos, a aurora, e Hélio, o sol.
7.2.4.1 a lua, deusa pré-helênica, tem provávelmente origem oriental; cruzava o céu à noite, em uma carruagem de prata. Apaixonou-se pelo pastor Endímion ao vê-lo durante o sono e fez com que o jovem dormisse eternamente, para poder contemplar sua beleza para sempre. Tiveram, ao longo dessas atividades contemplativas, cerca de cinqüenta filhos...
7.2.4.2 a aurora, é de origem indo-européia; a deusa dos "dedos cor-de-rosa" (Od. 8.1), abria as portas do céu todas as manhãs para Hélio; uniu-se a seu primo Astreu e gerou os ventos, a estrela da manhã e os astros, mas também gostava de belos rapazes. Teve aventuras com o caçador Órion, com o ateniente Céfalo e com o troiano Títono, sua paixão mais famosa. A deusa o amava tanto que rogou a Zeus que o tornasse imortal; esqueceu, porém, de pedir também a eterna juventude, e Títono envelhecia sem cessar. Nas lendas mais tardias, encolheu tanto que se transformou em cigarra.
7.2.4.3 o sol, parece ter a mesma origem, mas recebeu significativas influências orientais; percorria então o céu do leste para o oeste em uma carruagem de fogo. No fim do dia, ele atingia o extremo oeste, descansava em um palácio de ouro e, durante a noite, atravessava o rio Oceano em uma grande taça, chegando ao extremo oriente pouco antes do amanhecer. Em seu caminho pelo céu, via tudo o que acontecia: foi ele quem avisou Hefesto da traição de Afrodite, e revelou a Deméter a identidade do raptor de sua filha. Aparece, também, da Odisséia, e participou do 10º trabalho de Héracles. Uniu-se à diversas divindades e mulheres mortais; dentre seus descendentes, os mais famosos foram Faetonte, Circe e Pasífae.
7.2.5 Jápeto desposou Clíneme, cujo nome que dizer "famosa" ou ainda "ingloriosa", pois Clínemos é um dos epítetos de Hades, deus do inferno. Clíneme gerou os chamados "Homens Violentos", pois todos os filhos de Jápeto eram violentos e ferozes: Prometeu "o que pensa antes", Epimeteu "o que pensa depois", Atlas "o que suporta" e Menecéio "aquele que é vanglorioso". Todos os filhos de Jápeto eram mortais, pois seu próprio nome sugere que ele podia ser ferido, como um mortal.

[História de Prometeu]texto


Jápeto desposou Clímene de belos tornozelos,
virgem Oceanina, e entraram no mesmo leito.
Ela gerou o filho Atlas de violento ânimo,
pariu o sobreglorioso Ménécio e Prometeu,
astuto de iriado pensar, e o sem-acerto Epimeteu,
que foi um mal dês o começo aos homens compe-pão,
pois primeiro aceitou de Zeus moldada a mulher
virgem. Ao soberbo Menécio, Zeus longividente
lançou-o Érebos abaixo, golpeando-o com fúmeo raio,
por sua estultícia e bravura bem armada.
Atlas sustém o amplo céu, sob cruel coerção,
nos confins da Terra, ante as Hespérides cantoras,
de pé, com a cabeça e infatigáveis braços:
este destino o sábio Zeus atribuiu-lhe.
E prendeu Prometeu astuciador com infrágeis peias,
dolorosas cadeias passadas ao meio duma coluna,
e sobre ele incitou uma águia de longas asas;
ela comia o fígado imortal: ele crescia à noite
todo igual ao que comera de dia a ave de longas asas.
O filho de Alcmena de belos tornozelos, o valente
Héracles, matou-a; da maligna doença defendeu
o filho de Jápeto, e libertou-o dos tormentos,
não discordando Zeus Olímpio, o sublime soberano,
para que de Héracles Tebano fosse a glória
maior que antes sobre a terra multinutriz.
Reverente ele honrou ao insigne filho;
apesar da cólera, pôs fim ao rancor que retinha
de quem desafiou os desígnios do pujante Cronida.

Quando se discerniam Deuses e homens mortais
em Mecona, com ânimo atento, dividindo, ofertou
grande boi, a trapacear o espírito de Deus:
aqui pôs carnes e gordas vísceras com a banha
sobre a pele e cobriu-as com o ventre do boi;
ali, os alvos ossos do boi com dolosa arte
dispôs e cobriu-os com a brilhante banha.
Disse-lhe o pai dos homens e dos Deuses:
"Filho de Jápeto, insigne dentre todos os reis,
ó doce, zeloso, dividiste as partes, de um só!"
Assim falou a zombar Zeus de imperecíveis desígnios.
E disse-lhe Prometeu de curvo pensar,
sorrindo leve, que não esqueceu a dolosa arte:
"Zeus, o de maior glória e poder dos Deuses perenes,
toma qual dos dois nas entranhas que te exorta o ânimo."
Falou por astúcia. Zeus, de imperecíveis desígnios,
soube, não ignorou a astúcia: nas entranhas previu
males que aos homens mortais deviam cumprir-se.
Com as duas mãos ergueu a alva gordura,
raivou nas entranhas, o rancor veio ao seu ânimo,
quando viu alvos ossos do boi sob dolosa arte.
Por isso, aos imortais sobre a terra a grei humana
queima os alvos ossos em altares turiais.

E, colérico, disse-lhe Zeus agrega-nuvens:
"Filho de Jápeto, o mais hábil em seus desígnios,
ó doce, ainda não esqueceste a dolosa arte!"
Assim falou, irado, Zeus de imperecíveis desígnios,
depois, sempre deste ardil lembrado,
negou nos freixos a força do fogo infatigável
aos homens mortais que sobre a terra habitam.
Porém o enganou o bravo filho de Jápeto:
furtou o brilho longevisível do infatigável fogo
em oca férula; mordeu fundo o ânimo
a Zeus tonítruo e enraivou seu coração
ver entre homens o brilho longevisível do fogo.

E criou já, ao invés do fogo, um mal aos homens:
plasmou-o da terra o ínclito Pés-tortos
como virgem pudente, por desígnios do Cronida;
cingiu e adornou-a a Deusa Atena, de olhos glaucos,
com vestes alvas, compôs um véu laborioso
descendo-lhe da cabeça, prodígio aos olhos;
ao redor, coroas de flores novas da relva
sedutoras lhe pôs na fronte Palas Atena,
e, ao redor da cabeça, pôs uma coroa de ouro;
quem a fabricou? O ínclito Pés-tortos,
que lavrou-a nas mãos, agradando a Zeus pai,
e muitos lavores nela gravou, prodígio aos olhos,
das feras que a terra e o mar nutrem muitas;
ele pôs muitas ali (esplendia muita a graça),
prodigiosas, iguais às que vivas têm voz.

Após ter criado belo o mal, ao invés de um bem,
levou-a lá, onde estavam outros Deuses e homens,
adornada pela dos olhos glaucos e do pai forte.
O espanto reteve Deuses imortais e homens mortais
ao virem íngreme e incombatível ardil aos homens.
Dela descende a geração das femininas mulheres.
Dela é a funesta geração e grei das mulheres,
grande pena que habita entre homens mortais,
parceiras, não da penúria cruel, porém do luxo.
Tal qual na colméia recoberta, em que abelhas
nutrem zangões emparelhados de malefícios,
elas, durante todo o dia, até o mergulho do sol,
diurnas, fadigam-se e fazem os brancos favos;
eles ficam no abrigo do enxame à espera,
e amontoam no seu ventre o esforço alheio.
Assim, um mal igual fez aos homens mortais
Zeus tonítruo: as mulheres, parelhas de obras
ásperas, e, ao invés de um bem, deu oposto mal.
Aquele que fugir de núpcias e de obrigações com mulheres,
e não quiser casar-se, atinge a velhice funesta
sem ter quem o segure: não de víveres carente
vive, mas ao morrer dividem-lhe as posses
parentes distantes. A quem vem o destino de núpcias
lhe cabe cuidadosa esposa concorde consigo
para que este, desde cedo, ao bem contrapese o mal
constante. E quem acolhe uma de raça perversa,
vive com uma aflição sem fim nas entranhas,
no ânimo, no coração, e incurável é o mal.

Não se pode furtar nem superar o espírito de Zeus,
pois nem o filho de Jápeto, o benéfico Prometeu,
escapou-lhe à pesada cólera, e, sob coerção,
apesar de multissábio, a grande cadeia o retém.(Idem,230)


7.2.5.1 pensava demais, antes de atuar. Piedoso, solidário, ingênuo, festivo, promotor de eventos, queria inaugurar criaturas humanas perfeitas, e pede a Atenas para dar ânima e inteligência a suas estatuas de barro. Ladrão do fogo útil a Zeus, ao querer dar inteligência aos homens de barro. Ethon era o pássaro que devorava o fígado de Prometeu, como punição dada por Zeus. Para os homens de barro de Prometeu foi enviada Pandora, ornada por Afrodite, vestida por Atenas, e a caixinha de surpresas...
7.2.5.2 nunca teve as mãos livres para pensar. Comumente e impropriamente chamado de "titã", uniu-se à oceânide Plêione e gerou as plêiades. Alguns mitógrafos consideram-no, também, pai da ninfa Calipso e das Hespérides. Isso tudo, seguramente, antes da famosa luta entre Zeus e os titãs.
Imposto por Zeus, o castigo de Atlas foi sustentar a abóbada celeste, por isso sua representação era com o globo terrestre nos ombros.
Atlas passou a morar no país das três ninfas do Poente, chamadas de Hespérides: Egle, Eritia, Hesperaretusa. Ali havia um jardim onde ficavam guardadas as maçãs de ouro, presente que Hera recebeu quando casou com Zeus. As maçãs ficavam sob a vigilância de um dragão imortal e das ninfas Hespérides.
O herói Hércules realizou um de seus doze trabalhos nesse lugar, o chamado “Pomos de ouro do Jardim das Hespérides”. Hércules devia levar esses frutos para Euristeu, que comandava suas tarefas. No caminho até o Jardim, Hércules passou por muitas aventuras. Em uma delas, libertou o herói Prometeu do seu suplício. Como gratidão, Prometeu aconselhou o herói para que não colhesse a fruta diretamente.
Hércules chegou perto de onde Atlas estava e o convenceu a pegar as maçãs, enquanto o próprio herói sustentava o Céu. Hércules aliviou por pouco tempo o peso que Atlas carregava. Quando retornou, Atlas disse que ele mesmo levaria a encomenda. Hércules concordou, mas convenceu Atlas a substituí-lo dizendo que colocaria uma almofada nos ombros para ficar mais confortável. Hércules pegou as maçãs e foi embora, deixando Atlas novamente com seu peso.
Conta uma lenda que Perseu esteve com a cabeça da Medusa pelas terras onde Atlas habitava. Com raiva por ter sido expulso, Perseu mostrou a cabeça e transformou Atlas em pedra, dando origem ao Monte Atlas. Outra versão diz que Atlas foi libertado e guardava as colunas sobre as quais foram colocados os céus, os Pilares de Hércules, atualmente o Estreito de Gibraltar.
Os mapas que representam a Terra, quando estão juntos, são chamados de Atlas. A primeira vértebra da coluna cervical é Atlas, exatamente no local onde o mítico gigante sustentava o peso do Céu. Nós sustentamos apenas uma leve cabeça, embora ela nos pareça, às vezes, ser mais pesada que o mundo.
7.2.5.3 EPIMETEU: imprudência e ingenuidade, qual “fada doida num dia de festa”, prestidigitador de curiosidades bem agradáveis, embriagado pelos acordes que a lira de Apolo sugeria às musas. Atua, depois pensa; curioso, sexualmente inscaciável, superativo.

[História do Céu e de Crono]texto
Quantos da Terra e do Céu nasceram,
filhos, os mais temíveis, detestava-os o pai
dês o começo: tão logo cada um deles nascia
a todos ocultava, à luz não os permitindo,
na cova da Terra. Alegrava-se na malígna obra
o Céu. Por dentro gemia a Terra prodigiosa
atulhada, e urdiu dolosa e sórdida arte.
Rápida, criou o gênero do cinzento aço,
forjou grande podão e indicou-o aos filhos.
Disse com ousadia, ofendida no coração:
__Filhos meus e do pai estólido, se quiserdes
ter-me fé, puniremos o malígno ultraje de vosso
pai, pois ele tramou antes obras indignas.

Assim falou e a todos reteve o terror, ninguém
vozeou. Ousado, o grande Crono de curvo pensar
devolveu logo as palavras à mãe cuidadosa:
__Mãe, isto eu prometo e cumprirei
a obra, porque nefando não me importa o nosso
pai, pois ele tramou antes obras indignas.

Assim falou. Exultou nas entranhas Terra prodigiosa,
colocou-o oculto em tocaia, pôs-lhe nas mãos
a foice dentada e inculcou-lhe todo o ardil.
Veio com a noite o grande Céu ao redor da Terra,
desejando amor sobrepairou e estendeu-se
a tudo. Da tocaia o filho alcançou com a mão
esquerda, com a destra pegou a prodigiosa foice
longa e dentada. E do pai o pênis
ceifou com ímpeto e lançou-o a esmo
para trás. Mas nada inerte escapou da mão:
quantos salpicos respingaram sanguíneos
a todos recebeu-os a Terra; com o girar do ano,
gerou as Erínias duras, os grandes Gigantes
rútilos nas armas, com longas lanças nas mãos,
e Ninfas chamadas Freixos sobre a terra infinita.
O pênis, tão logo cortando-o com o aço,
atirou-o do continenteno undoso mar,
aí muito boiou na planície, ao redor branca
espuma da imortal carne ejaculava-se, dela
uma virgem criou-se. Primeiro Citera divina
atingiu, depois foi à circunfluída Chipre
e saiu veneranda bela Deusa, ao redor relva
crescia sob esbeltos pés. A ela. Afrodite,
Deusa nascida de espuma e bem-coroada Citeréia
apelidam homens e Deuses, porque da espuma
criou-se, e Citeréia porque tocou Citera,
Cípria porque nasceu na undosa Chipre,
e Amor-do-pênis porque saiu do pênis à luz.
Eros acompanhou-a, Desejo seguiu-a belo,
tão logo nasceu e foi para a grei dos Deuses.
Esta honra tem dês o começo, e na partilha
coube-lhe entre homens e Deuses imortais
as conversas de moças, os sorrisos, os enganos,
o doce gozo, o amor e a meiguice.

O pai com o apelido de Titãs apelidou-os:
o grande Céu, vituperando filhos que gerou,
dizia terem feito, na altiva estultícia,
grã obra de que castigo teriam no porvir. (Idem, 155 a 210)

7.2.6 CRONOS - Armado da foice, Crono se escondeu e à noite, quando Urano recobriu Gaia, decepou com um só golpe os genitais do pai e lançou-os no mar. Libertou, a seguir, todos os irmãos presos no interior da terra.
Urano continuou a cobrir Gaia diariamente, mas sem tocá-la: privado da capacidade geradora, "aposentou-se" e não procriou novamente. O esperma que caiu dos genitais cortados produziu, ao atingir o mar, a espuma de onde saiu a deusa Afrodite. Já o sangue de sua ferida, ao cair sobre a terra, gerou as ninfas melíades, as Erínias e, posteriormente, os gigantes.
Após a destituição e "aposentadoria" de Urano, Crono passou a residir no céu e se tornou o novo "rei" dos deuses. Conforme as versões mais tardias da lenda, seu reinado foi uma verdadeira Idade de Ouro.
7.2.6.1 Eros espermatizou o mar e da espuma surgiu Afrodite, deusa do amor sensual, que "compartilha da natureza primodial do Céu, enquanto força incoercível e coercitiva de acasalamento, e compartilha da dissimulada inteligência de Crono, pelo que de enganos implicam os jogos amorosos (v. 205). Afrodite, ao subsumir no seu séquito Éros e Himeros (Himeros, v. 201, é esse mesmo Desejo, que espicaçava o Céu himeíron philótetos, v. 177), manifesta esses mesmos poderes genesíacos, mas num grau mais requintado, trabalhado por um espírito sinuoso e previdente. (JAA Torrano, in Teogonia, A origem dos Deuses, Hesíodo).
7.2.6.1.1 Éros
7.2.6.1.2 Himeros
7.2.7 RÉIA, a Fluência: com seu irmão Cronos gerou os primeiros deuses olímpicos: Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posídon e Zeus. Era também chamada de mãe dos deuses, talvez porque três de seus filhos (Zeus, Posídon e Hades) iriam controlar, mais tarde, o mundo. Divindade muito antiga, ligada à deusa-mãe, senhora dos animais, e à fertilidade, tem origem provavelmente minóica; seu epíteto é mencionado nas tabuinhas em Linear B. Com o intensivo contato dos gregos com as culturas da Ásia Menor, a partir do século -VII, acabou sendo equiparada à deusa frígia Cibele. Enganou o marido, devorador de seus filhos, com uma pedra envolvida em panos e escondeu o filho Zeus em uma gruta do monte Ida (ou do monte Dicte), na Ilha de Creta. Era cultuada desde o século -V sob a forma de Cibele; com freqüencia, ao se referir a ela, dizia-se simplesmente a Mãe. Cibele era geralmente mostrada em um trono, portando uma coroa alta e címbalos, ou então dirigindo um carro puxado por leões.
7.2.8 TÉIA, a Visão
7.2.9 FEBE, a luminosidade, a Brilhante
7.2.9.1 LETO(ó): neta de Urano e Gaia, mais tarde, um dos amores de Zeus
7.2.10 MNEMÓSYNE, a uranida, a memória; gerou com Zeus as musas, que cantavam divinamente, estavam sempre alegres e dançavam acompanhadas da lira de Apolo . "... em cada movimento de cada ente, decide entre o ocultamento do Oblívio e a luz da Presença... Memória é uma Potência Cósmica, que nasce da cópula do Céu e da Terra, esses Fundamentos inabaláveis dos Deuses e de Tudo... gera de Zeus Pai as Forças do Canto, cuja função é nomear-presentificar-gloriar tanto quanto a de deixar cair no Oblívio e assim ser encoberto pelo noturno Não-Ser tudo o que não reclama a luz da Presença... este Canto, para o regozijo de Zeus, não conhece os limites entre presente, futuro e passado, mas flui infatigável (akámathos rhéei, v. 39) e, cantando, nomeia-presentifica-glorifica o próprio poder e reino de Zeus... Sujeito da percepção deste Canto, Zeus é também o seu objeto... Memória , filha da Terra e do Céu, está na raiz da natureza da Terra e do Céu, esses Fundamentos eternamente presentes em si mesmos, e está na raiz de todos os entes e eventos com os quais se configura a Totalidade Cósmica, já que esta totalidade se compõe de uma simultânea sucessão de momentos imóveis, um conjunto de séries a cruzarem-se de mo(vi)mentos de inextinguíveis esplendores,  esplendores que as trevas obliviais do Não-Ser não encobrem porque são o próprio ser divino, recolhidos por Memória e esplendentes ao serem nomeados pelos nomes-numes nascidos da Memória e de Zeus, as Musas..." (cf. JAA Torrano, in Teogonia, a origem dos Deuses, Hesíodo) Ver o item 10.6.3
7.2.11 TETES, a Instauradora-Nutriz, parece ter sido, na origem, uma deusa-mãe, e seu nome aparece nas tabuinhas de Pilos escritas em Linear B. Deusa da fertilidade, portanto, simbolizava provavelmente a capacidade geradora e fecundante das águas.
7.2.12 TÊMIS, a uranida, Lei Ancestral, a lei vigente no íntimo da família, conforme o padrão indo-europeu; personificava a ordem e as leis imutáveis e eternas, a lei, e por extensão, a justiça mais elevada. Foi, posteriormente, uma das consortes de Zeus e mãe das Horas. Segundo alguns mitógrafos, inventou os oráculos e rituais religiosos; no oráculo de Delfos, antes da chegada de Apolo, era ela a deusa das profecias;
7.2.12.1 HORAS eram originalmente deusas das estações que asseguravam o curso harmonioso de tudo, "...o tempo regular, organizado e cíclico que Zeus gerou unido a Têmis (=a Regra que define o direito no interior da família)", cf. Torrano. Guardavam também as portas do Olimpo e auxiliavam as deusas. Eram três:
7.2.12.1.1 DIKÉ, a justiça Em Atenas, na época clássica, era chamada de Auxó, a que desenvolve.
7.2.12.1.2 EUNOMIA, a equidade, a ordem Em Atenas, na época clássica, era chamada de Taló, a que floresce.
7.2.12.1.3 IRENE, a paz. Em Atenas, na época clássica, era chamada de Karpó, a que frutifica.
7.2.13 Nasceram das gotas do sangue que caíram sobre Gaia quando o deus Urano foi castrado por Cronos. Pavorosas, possuíam asas de morcego e cabelo de serpente. Viviam nas profundezas do Hades, onde torturavam as almas pecadoras julgadas por Hades e Perséfone. "As Eríneas devem preservar a ordem no novo jogo cujas regras se instituem com o golpe de Crono-Astúcia sobre o Céu-Instinto, devem manter nesse jogo o equilíbrio por meio de (re_)ações compensatórias". (Torrano) Veja mais em em http://pt.wikipedia.org/wiki/Er%C3%ADnias.
7.2.13.1 ALECTO, (Ἀληκτώ, a implacável), eternamente encolerizada. Encarrega-se de castigar os delitos morais como a ira, a cólera, a soberba, etc. Tem um papel muito similar ao da Deusa Nêmesis, com diferença de que se esta se ocupa do referente aos deuses, Alecto tem uma dimensão mais "terrena". Alecto é a Erínia que espalha pestes e maldições. Seguia o infrator sem parar, ameaçando-o com fachos acesos, não o deixando dormir em paz
7.2.13.2 MEGAIRA, MEGERA, que personifica o rancor, a inveja, a cobiça e o ciúme. Castiga principalmente os delitos contra o matrimônio, em especial a infidelidade. É a Erínia que persegue com a maior sanha, fazendo a vítima fugir enternamente.Terceira das fúrias de Ésquilo, grita ininterruptamente nos ouvidos do criminoso, lembrando-lhe das faltas que cometera.
7.2.13.3 TISÍFONE (castigo), a vingadora dos assassinatos (patricídio, fraticídio, homicídio...). É a Erínia que açoita os culpados e enlouquece-os.
7.3 HECATÔNQUIROS:divindades poderosas, selvagens e incontroláveis, gigantes com cem braços e cinqüenta cabeças
7.3.1 COTO
7.3.2 BRIARÉU: ajudou Zeus durante a revolta dos olímpicos
7.3.3 GIGUES
8. MONTANHAS
9. PONTO, o mar, a água primordial
9.2 divindade marinha da mitologia grega. Filho de Pontos deus do Mar e de Gaia deus da Terra. Casou-se com sua irmã Ceto, que engrendrou filhos monstruosos: as Górgonas, Ládon, as Gréias e Equidna, a ninfa víbora. Mora na região de Cefalônia. Veja mais em Fórcis
9.2.1 com tronco de mulher e cauda de serpente
9.2.1.1 era uma serpente gigantesca e de muitas cabeças que aterrorizava a região de Lerna, na Argólida. Sua picada era extremamente venenosa, e contra o veneno não existia antídoto. Quando uma cabeça era cortada, outra nascia em seu lugar, e além disso uma delas era imortal. Héracles atacou-a com o auxílio do sobrinho Iolau, filho de Íficles. A cada cabeça decepada, a ferida era cauterizada com o fogo de um archote, impedindo assim que voltasse a nascer. A última cabeça, que era imortal, foi colocada em um profundo buraco, em cima do qual Héracles ainda pôs uma enorme pedra.
Durante a luta, Hera enviou um gigantesco caranguejo para atrapalhar o herói, mas ele simplesmente esmagou-o com o pé. Morto o monstro, Héracles embebeu a ponta de suas flechas no sangue da Hidra, tornando-as para sempre venenosas.
Em versões tardias, a Hidra e o caranguejo foram colocados entre as estrelas, formando duas constelações vizinhas, respectivamente Hydra e Cancer. Hydra é a maior das 88 constelações conhecidas atualmente, e já estava presente no catálogo estelar de Ptolomeu.
A Hidra inspirou o dragão de "sete cabeças e dez chifres" mencionado no Apocalipse de "João" (Ap. 12:3-4 e 13-6). O dragão foi combatido por São Miguel e dois anjos (Ap. 12:7).
9.2.1.2 filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina, monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço, que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. Cérbero era irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge.Veja mais em Cérbero
9.2.1.3 é um cão bicéfalo (cão de duas cabeças) , gerado por Equidna e Tífon. É irmão de Cérbero. Cão monstruoso de Gerion que vigiava os seus bois (de Gerião), na ilha Eritéia, onde Héracles o matou. Para cumprir o seu décimo trabalho, Héracles matou o gigante Gerion, um monstro de três corpos, seis asas e seis braços, quando então tomou-lhe os bois que eram guardados por Ortros e por um dragão de sete cabeças.
9.2.1.4 QUIMERA, um fabuloso monstro com cabeça de leão, torso de cabra e cauda de dragão e que soltava fogo pela boca. Era oriunda da Anatólia, nascida da união entre a monstro Equidna e o gigantesco Tífon. Criada pelo rei de Cária, mais tarde assolaria este reino e o de Lícia com o fogo que vomitava incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso dado por Atena, conseguiu matá-la. Sua representação plástica na arte cristã medieval, era um símbolo do mal, mas com o passar do tempo, passou a se chamar de quimera a todo monstro fantástico empregado na decoração arquitetônica. Hoje, no nosso português, a palavra quimera significa produto da imaginação, fantasia, utopia, sonho.
9.2.2.1 viveu na planície de "Neméia" aterrorizando aquela cidade. O "Leão" não podia ser morto por um homem normal e todos os que tentavam enfrentá-lo eram devorados e completamente aterrorizados pelo seu rugido que podia ser ouvido a quilômetros de distância. O único que conseguiu matá-lo foi o semi-deus Hércules (filho de "Zeus" ) , em seu primeiro trabalho . Após o estrangular com as próprias mãos, pois arma alguma podia penetrar na expessa pele, Hércules usou a pele do animal como manto.
O Leão da Neméia é filho de Cérbero com Quimera,e irmão da Esfinge. Sendo "neto" de
Equídina e "sobrinho" de Ortros e da Hidra de Lerna
9.2.2.2 na mitologia grega, um demônio exclusivo de destruição e má sorte, de acordo com "Hesíodo", uma filha da Quimera e de "Ortro" ou, de acordo com outros, de "Tifão" e de Equídina. Ela era representada em pintura de vaso e baixos-relevos mais freqüentemente assentada ereta, de preferência do que estendida, como um leão alado com uma cabeça de mulher; ou ela foi uma mulher com as patas, garras e peitos de um leão, uma cauda de serpente e asas de águia.
9.3 Euríbia se casou com um uranida, o titã Crios, e engendrou poderosas forças da natureza: Astreu, o pai dos astros (possivelmente Éolos, o deus dos ventos ), Pallas (a Belicosidade) e Perses (a Destruição). A Teogonia de Hesíodo sugere que Euríbia é uma divindade que rivaliza com outras em beleza, todavia seu nome indica o aspecto de uma força da natureza: euri "grande" bias "violência".
Hesíodo ainda oferece uma característica singular sobre Euríbia, ela possuia entranhas de aço. Euríbia pode personificar as forças incontidas dos mares como os maremotos e tsunamis, isso se reflete na natureza de seus filhos, poderosos e violentos.
9.4 TALMAS (Thaúmas), o Espanto, filho de Mar, que se desdobra em Harpias (Tempestade e Alígera) e Íris, mensageira dos deuses.
9.4.1 ÍRIS, mensageira dos deuses
9.4.2 HARPIAS
9.4.2.1 TEMPESTADE
9.4.2.1 ALÍGERA, a que tem asas
9.5 HÁLIA
9.6 CETO (kETÓ), nome ligado a Kêtos, desina os cetáceos e monstros aquáticos; unida a Fórcis, gera monstros divinos e multiformes, que combatem Heracles e outros heróis.

[Os Deuses Olímpios]texto

Quando os venturosos completaram a fadiga
e decidiram pela força as honras dos Titãs,
por conselhos da Terra exortavam o Olímpio
longividente Zeus a tomar o poder e ser rei
dos imortais. E bem dividiu entre eles as honras.

Zeus, rei dos Deuses, primeiro desposou Astúcia,
mais sábia que os Deuses e os homens mortais.
Mas quando ia parir a Deusa de olhos glaucos, Atena,
ele enganou suas entranhas com ardil,
com palavras sedutoras, e engoliu-a ventre abaixo,
por conselhos da Terra e do Céu constelado.
Estes lho indicaram para que a honra de rei
não tivesse em vez de Zeus outro dos Deuses perenes:
era destino que gerasse filhos prudentes,
primeiro a virgem de olhos glaucos, Tritogênia,
igual ao pai em furor e em prudente vontade,
e depois um filho, rei dos Deuses e homens,
ela devia parir, dotado de soberbo coração.
Mas Zeus engoliu-a antes ventre abaixo
para que a Deusa lhe indicasse o bem e o mal.

Após, desposou Têmis luzente, que gerou as Horas,
Equidade, Justiça e a Paz viçosa,
que cuidam dos campos dos perecíveis mortais,
e as Partes, a quem mais deu honra o sábio Zeus,
Fiandeira, Distributriz e Inflexível, que atribuem
aos homens mortais os haveres de bem e de mal.

Eurínome, de amável beleza, virgem de Oceano,
terceira esposa, gerou-lhe Graças, de belas faces:
Esplendente, Agradábil e Festa amorosa,
de seus olhos brilhantes esparge-se o amor
solta-membros, belo brilha sob os cílios o olhar.

Também, foi ao leito de Deméter nutriz
que pariu Perséfone de alvos braços. Edoneu
raptou-a de sua mãe, por dádiva do sábio Zeus,.

Amou ainda Memória, de belos cabelos;
dela nasceram as Musas de áureos bandôs,
nove, a quem aprazem festas e o prazer da canção.

Leto gerou Apolo e Ártemis verte-flechas,
prole admirável, acima de toda a raça do Céu,
gerou unida em amor a Zeus porta-égide.

Por último tomou Hera por florescente esposa;
ela pariu Hebe, Ares e Ilítia
unida em amor ao rei dos Deuses e dos homens.

Ele, da própria cabeça, gerou a de olhos glaucos,
Atena, terrível e estrondante guerreira, infatigável
soberana, a quem apraz fragor, combate e batalha.
Hera, de raiva e em desafio a seu esposo,
não unida em amor, gerou o ínclito Hefesto,
nas artes brilho à parte de toda a raça do Céu.

De Anfitrite e do troante Treme-terra
nasceu Tritão, violento e grande que habita
o fundo do mar com sua mãe e régio pai,
num palácio de ouro. E de Ares, rompe-escudo,
Citeréa pariu Pavor e Temor, terríveis,
que tumultuam os densos renques de guerreiros
com Ares, destrói-fortes em horrendo combate,
e Harmonia que o soberbo Cadmo desposou.

Maia, filha de Atlas, após subir no leito sagrado
de Zeus, pariu o ínclito Hermes, arauto dos imortais.
Sêmele, filha de Cadmo, unida a Zeus em amor,
gerou o esplêndido filho Dionísio, multialegre
imortal, ela mortal. Agora, ambos são Deuses.

Alcmena gerou a força de Héracles,
unida em amor a Zeus agrega-nuvens.
Esplendente, a mais jovem das Graças, Hefesto,
o ínclito Pés-tortos, desposou-a florescente.

Dionísio, de áureos cabelos, à loira Ariadne,
virgem de Minos, tomou por esposa florescente
e imortal, e sem-velhice tornou-a o Cronida.

A Hebe, o filho de Alcmena de belos tornozelos,
valente Héracles, após cumprir gemidosas provas
no Olimpo nevado, tomou por veneranda esposa
uma filha de
Zeus grande e Hera de áureas sandálias;
feliz ele, feita a sua grande obra, entre imortais
habita sem sofrimento e sem velhice para sempre.

Do Sol incansável, a ilustre Oceanina
Perseida gerou Circe e o rei Eetes.
Eetes, filho do Sol ilumina-mortais,
desposou a virgem do Oceano rio circular,
Sábia, de belas faces, por desígnios dos Deuses.
Ela pariu Medéia, de belos tornozelos,
subjugada em amor graças à áurea Afrodite.

Alegrai agora, habitantes do palácio Olímpio,
ilhas e continentes e o salgado mar no meio.
Cantai agora a grei de Deusas, vós de doces vozes,
Musas olimpíades, virgens de Zeus porta-égide:
quantas, deitando-se com homens mortais,
imortais pariram filhos símeis aos Deuses.

Deméter, divina, entre Deusas gerou Riqueza,
unida em amores ao herói Jasão sobre a terra
três vezes lavrada na gorda região de Creta.
Boa Riqueza por terra e largo dorso do mar
anda, e a quem encontra e chega às mãos
ela torna próspero e dá muita opulência.

Filha de Cadmo e da áurea Afrodite, Harmonia
gerou Ino, Sêmele, Agave de belas faces,
Sagacidade, esposa de Aristeu de crina profunda,
e Polidoro na bem coroada Tebas.

Virgem de Oceano, pela multiáurea Afrodite
unida em amor a Aurigládio, de violento ânimo,
Belaflui pariu o mais poderoso dos mortais,
Gerioneu, a quem matou a força de Héracles
pelos bois sinuosos na circunfluída Eritéia.

De Titono, Aurora pariu Ménon de brônzeo elmo,
rei dos etíopes e o príncipe Emáiton.
De Céfalo, deu à luz um esplêndido filho,
o forte Fulgêncio, homem símil aos Deuses:
na tenra flor de gloriosa juventude
a sorridente Afrodite arrebatou-o e levou-o
ainda criança; e dele, no sagrado templo,
fez guardião do interior, nume divino.

Virgem do rei Eetes, sustentado por Zeus,
por desígnios dos Deuses perenes, o Esonida
levou-a de Eetes após cumprir gemidosas provas,
as muitas impostas pelo grande rei soberbo,
o insolente Pélias, estulto e de obras brutais.
Cumpriu-as, e chegou a Iolco, após muito penar
o Esonida, levando em seu navio veloz
a virgem de olhos vivos, e desposou-a florescente.
Ela, submetida a Jasão pastor de homens,
pariu Medeu, criou-o nas montanhas Quíron
Filírida, e cumpriu-se o intuito do grande Zeus.

E as virgens de Nereu, o Ancião marino:
Arenosa, divina, entre as deusas gerou Foco,
amada por Éaco, graças à áurea Afrodite;
submetida a Peleu, a Deusa Tétis, de pés de prata,
gerou Aquiles rompe-falange, de leonino ânimo.
Gerou Enéias, a bem-coroada Afrodite,
unida ao herói Anquises em amores
nos cimos do Ida enrugado e ventoso.

Circe, filha de Sol Hiperiónida,
amada por Odisseu de sofrida prudência, gerou
Ágrio, Latino irrepreensível e poderoso,
e pariu Telégono, graças à áurea Afrodite.
Bem longe, no interior de ilhas sagradas,
eles reinam sobre os ínclitos tirrenos todos.

Calipso, divina, entre as Deusas em amores
unida a Odisseu, gerou Nausítoo e Nausínoo.
Estas, deitando-se com homens mortais,
imortais pariram filhos símeis aos Deuses.
Cantai agora a grei de mulheres, vós de doces vozes,
Musas olimpíades, virgens de Zeus porta-égide.


10. DEUSES OLÍMPICOS
10.1 irmã mais velha de Zeus, que lhe concedeu honras excepcionais: ela se tornou a única deusa a ser cultuada em todas as casas e no templo de qualquer um dos deuses. Consta que certa feita, ao se ver assediada constantemente por Apolo e Posídon, que a desejavam, refugiou-se junto a Zeus e conseguiu ainda que ele avalizasse seu voto de permanecer sempre virgem. Héstia personificava, portanto, a serenidade familiar, a inviolabilidade e a segurança do lar.
10.2 DEMÉTER, a cronida, deusa da agricultura; representava os frutos obtidos com o cultivo da terra, de forma geral, e notadamente o trigo. Não deve ser confundida com Gaia, que representa a terra como princípio cosmogônico.Para os gregos, ela era filha dos titãs Crono e Réia, nascida logo depois de Héstia, e portanto irmã de Zeus, Hera, Posídon e Hades. Perseguida também por Posídon, a deusa tentou escapar, assumindo a forma de égua, mas o deus se transformou em cavalo e uniu-se a ela com essa forma. Algum tempo depois, Deméter deu à luz um cavalo rapidíssimo, Aríon, que ficou famoso durante a luta dos Sete Contra Tebas. Consta que ela teria se unido também a Iásion, um dos filhos de Zeus, em cima de um "campo três vezes lavrado" (Hes. Th. 971) e gerado o deus Pluto (gr. Πλοῦτος), deus da riqueza agrária.
Deméter está associada principalmente à história do rapto de Perséfone. Ela era uma bela e despreocupada jovem — os gregos também se referiam a ela como Κόρη, "a donzela, a mocinha" — e certo dia Hades se apaixonou pela jovem. Com a conivência de Zeus, raptou-a enquanto ela brincava com as ninfas e levou-a para seu reino subterrâneo. Alertada por um grito da filha, Deméter começou a procurá-la por todo o mundo, com um archote aceso em cada mão. Após vários dias de busca encontrou Hécate, que ouvira Perséfone gritar mas não vira quem a levara; Hélio, porém, que tudo vê, revelou a identidade do raptor...
Enfurecida, Deméter recusou-se a voltar ao Olimpo sem a filha querida e a exercer suas funções divinas. Assumiu o aspecto de uma velha e pôs-se a serviço de Céleo, rei de Elêusis, que encarregou-a de cuidar do jovem Triptólemo, seu filho. Deméter afeiçoou-se ao menino e tentou torná-lo imortal, colocando-o periodicamente no fogo. Surpreendida porém numa das "sessões de imortalização" pela assustada Metanira, mãe do menino, não pôde completar o processo. Revelou-se então aos assustados reis e confiou a Triptólemo a tarefa de espalhar pelo mundo a cultura do trigo. Veja mais em http://greciantiga.org/mit/mit09-5.asp
10.2.1 PERSÉFONE, Filha de Zeus e Deméter, foi raptada por Hades, um dos deuses olímpicos, e era considerada a rainha dos mortos. Quando alguém morria, era levado pelo deus Hermes até o Hades, onde bebia a água do Rio Lete, que trazia o esquecimento da vida terrena, e atravessava o rio Estige em uma barca, conduzida pelo severo Caronte. Como pagamento, o barqueiro recebia um óbolo, a moeda de menor valor, que os parentes colocavam na boca do falecido. O morto atravessava então os portões monumentais, eternamente guardados por Cérbero, cão de três cabeças e cauda de serpente. O feroz guardião permitia a entrada de todos, porém não deixava ninguém sair.
Finalmente, diante de Hades e Perséfone, o defunto enfrentava a sentença dos severos e justíssimos juízes dos mortos — Minos, Radamante e Éaco —. Segundo seus méritos, era conduzido aos aprazíveis Campos Elíseos ou aos tormentos eternos...
10.3 HERA, a deusa grega equivalente a Juno, no panteão romano. Deusa do casamento, irmã e esposa de Zeus. Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Possuía sete templos na Grécia. Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo. Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite sua maior inimiga. Hera - Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas. A Ilíada a representa como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Odiava sobretudo Héracles, que procurou diversas vezes matar. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos. É representada por um pavão e possui uma coroa de ouro.
10.4 o deus soberano do mundo subterrâneo, destino final da sombra dos mortos; filho de Crono e Réia, seu nome significa "o invisível". Era também conhecido por Plutão (gr. Πλούτων), que significa "rico", pois era proprietário de todas as riquezas que existem sob a terra
10.5.1 era filho de Posídon e Gaia. Casou-se com Tinjis. Extremamente forte quando estava em contacto com o chão (ou a Terra, a sua mãe), ficava extremamente fraco se fosse levantado ao ar. Desafiava todos os seus possíveis rivais para combates corpo a corpo que terminavam invariavelmente com a morte do seu adversário. Um dos seus objectivos era utilizar os esqueletos dos viajantes que matava para edificar um templo em honra do deus seu pai. No entanto, Héracles conseguiu descobrir o seu calcanhar de Aquiles e conseguiu derrotá-lo. Hércules descobriu que nunca conseguiria vencer Anteu atirando-o contra o chão, assim como Anteu não conseguia derrotar Hércules esmagando-lhe o crânio. Héracles conseguiu a morte de Anteu, levantando-o do chão, mantendo-o suspenso até à morte.O mito tem sido utilizado como fábula que simboliza a força espiritual que é mantida pela fé nas coisas imediatas e factuais - as coisas terrenas.
Plínio, o Velho, citando Euanthes, escreveu, na sua História Natural (viii. 22), que um homem da família de Anteu, depois de escolhido por algumas pessoas, foi levado para um lago da Arcádia, onde pendurou as roupas num freixo, atravessando o lago a nado. Foi, por conseguinte, transformado num lobo, tendo vagueado nessa forma por nove anos. Se conseguisse passar esse tempo sem atacar um ser humano, poderia voltar a atravessar o lago a nado e tomar a sua forma humana original. É um dos primeiros relatos sobre licantropia que se conhecem.
Na Divina Comédia, Anteu assume a forma de um gigante que guarda o nono círculo do Inferno. É ele que levará Dante e Virgílio até ao fundo desse círculo onde corre o rio gelado do Cocito.

[O nascimento de Zeus]
Réia submetida a Crono pariu brilhantes filhos:
Héstia, Deméter e Hera de áureas sandálias,
o forte Hades que sob o chão habita um palácio,
com impiedoso coração, o troante Treme-terra
e o sábio Zeus, pai dos Deuses e dos homens,
sob cujo trovão até a ampla terra se abala.

E engolia-os o grande Crono tão logo cada um
do ventre sagrado da mãe descia aos joelhos,
tramando-o para que outro dos magníficos Uranidas
não tivesse entre os imortais a honra de rei.
Pois soube da Terra e do Céu constelado
que lhe era destino por um filho ser submetido,
apesar de poderoso, por desígnios do grande Zeus.
E não mantinha vigilância de cego, mas à espreita
engolia os filhos. Réia agarrou-se em longa aflição.
Mas, quando a Zeus, pai dos Deuses e dos homens
ela devia parir, suplicou-lhe então aos pais queridos,
aos seus, à Terra e ao Céu constelado,
comporem um ardil para que oculta parisse
o filho, e que as Erínias punissem o pai,
o grande Crono de curvo pensar,
por engolir os seus filhos.
Eles escutaram e atenderam à filha querida,
e indicaram quanto era destino ocorrer
ao rei Crono e ao filho de violento ânimo.
Enviaram-na a Licto, gorda região de Creta,
quando ela devia parir o filho de ótimas armas,
o grande Zeus, e recebeu-o Terra prodigiosa
na vasta Creta para nutri-lo e criá-lo.
Aí levando-o, através da veloz noite negra, atingiu
primeiro Licto, e com ele nas mãos escondeu-o
em gruta íngreme, sob o covil da terra divina,
no monte das Cabras denso de árvores.
Encueirou grande pedra e entregou-a
ao soberano Uranida, rei dos antigos Deuses.
Tomando-a nas mãos, meteu-a ventre abaixo
o coitado, nem pensou nas entranhas que deixava,
ao invés da pedra, o seu filho invicto e seguro
ao porvir. Este, com violência e mãos dominando-o,
logo o expulsaria da honra e reinaria entre imortais.

Rápido o vigor e os brilhantes membros
do príncipe cresciam. E com o girar do ano,
enganado por repetidas instigações da Terra,
soltou a prole o grande Crono de curvo pensar,
vencido pelas artes e violência do filho.
Primeiro, vomitou a pedra mais recentemente engolida.
Zeus cravou-a sobre a terra de amplas vias
em Delfos divino, nos vales ao pé do Parnaso,
signo ao porvir e espanto aos perecíveis mortais.

E livrou das perdidas prisões os tios paternos,
Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo,
filhos de Céu, a quem o pai em desvario prendeu;
e eles, lembrados da graça benéfica,
deram-lhe o trovão e o raio flamejante
e o relâmpago que, antes, Terra prodigiosa recobria.
Neles confiante reina sobre mortais e imortais. (Idem, 455 a 505)

10.6 ZEUS, o mais importante dos deuses do panteão grego. Domina o céu e os fenômenos atmosféricos (chuva, raios e relâmpagos), principalmente; "amontoador de nuvens", "trovejante", "o que lança o raio". Na Ilíada, era já considerado filho de Crono e Réia, irmão de Hades e Posídon, e marido de sua irmã Hera. Para os gregos, era o mais poderoso e o mais importante de todos os deuses; mantém a ordem e a justiça no mundo, pois distribui os bens e os males. Havia escapado da fome de Crono graças a Réia, cresceu nas grutas da ilha de Creta, alimentado com mel e amamentado nos primeiros anos pela cabra (ou ninfa) Amaltéia. Enquando pequeno, os curetes, entidades divinas de origem incerta, dançavam ruidosamente à sua volta para que o choro dele não chamasse a atenção de Crono.
Ao atingir a idade adulta, Zeus decidiu destronar o pai, conforme a antiga profecia de Urano e Gaia, e empreendeu a titanomaquia, i.e., a luta contra os titãs.
Luta contra os titãs, auxiliado entre outros por seus irmãos Hades e Posídon, pelos ciclopes e pelos hecatônquiros: a titanomaquia; vence-os e trancafia-os no Tártaro. Consegue se tornar o soberano supremo dos deuses
10.6.1 o filho de Hera que abre a dolorida cabeça de Zeus com o machado
10.6.2 PALAS ATENA, a sapiência guerreira, "a virgem"; filha de Zeus com a oceânide Métis, nasce da cabeça fendida de Zeus. Como deusa guerreira, participou ativamente da gigantomaquia ao lado do pai, e durante a Guerra de Tróia ficou do lado dos gregos.
10.6.3 MUSAS, as Palavras Cantadas, as Forças do Canto; eram filhas de Zeus e de Mnemósine. Cantavam divinamente (é claro...), estavam sempre alegres e dançavam acompanhadas da lira de Apolo.
Habitavam a Piéria, próxima ao Olimpo (na Tessália), e o monte Helicon (na Beócia), mas estavam sempre no Olimpo, com os outros deuses. Ficavam também no Monte Parnaso (na Fócida), onde faziam parte do cortejo de Apolo.
Pouco antes da época clássica as Musas passaram a personificar a poesia, o canto, a dança e as demais artes. As atribuições eram variáveis e um poucos confusas, mas a partir do período greco-romano seus atributos tornaram-se mais definidos. Nas epopéias clássicas, o poeta-cantor, o aedo, sempre invocava as Musas pedindo-lhes inspiração, só depois é que narrava a história.
10.6.3.1 CALÍOPE, Kalliópe, a Belavoz. Elo que irmana reis e cantores. Musa da eloqüência e da poesia épica. Era representada com A Ilíada e A Odisséia à sua volta. Posteriormente, na representação romana, aparecia também com A Eneida. Mãe de Linos, com Apolo e de Orfeu, das sereias (?) e dos coribantes.
10.6.3.2 CLÍO, musa da história. Representada junto a um rolo de pergaminhos. A raiz do seu nome significa recontar, fazer fama, tornar famoso. Mãe de Hymennayo e de Hyacinth, ou Hyacinthus, cujo pai foi Pierus. Jacinto era amasiado com Apolo e Zéfirus, por ciúme, feriu-o na cabeça, matando-o. Do sangue derramado de Jacinto, Apolo criou a flor do mesmo nome.
10.6.3.3 POLÍMNIA, musa da retórica e da arte da escrever. Representada de pé e apoiada, em atitude pensativa; os hinos religiosos
10.6.3.4 EUTERPE, musa da música. Representada com instrumentos musicais como oboé e flauta. Também carregava papéis de música; a música para aulos
10.6.3.5 TERPSÍCORE, musa da dança. Coroada de grinaldas, tocava harpa.
10.6.3.6 ERATO, musa da poesia lírica. Sustentava uma lira e uma palheta. Também ao seu lado estava o Cupido alado
10.6.3.7 MELPÓMENE, musa da tragédia. Representada com uma máscara trágica e um cetro.
10.6.3.8 TÁLIA, musa da comédia. Carregava uma máscara cômica e coroa de pedra.
10.6.3.9 URÂNIA, musa da astronomia. Aparecia vestida de azul e coroada de estrelas.
10.6.4 ARES, deus da guerra. Guerra e Juventude andam de mãos dadas entre os gregos, pois os guerreiros são sempre jovens (Koûros). E Ares, indutor de massacres, devastações e morte (v. 922) junta-se a Ilítia, que gerencia partos, de modo que Hebe cuide dos adolescentes, Ares incentive os joves à guerra e Ilítia renove as gerações, conforme Torrano.
10.6.5 ILÍTIA, deusa dos partos, a que renova as gerações de guerreiros, devotos de Ares.
10.6.6 HEBE, deusa da juventude. Por ter o privilégio da eterna juventude, representava a donzela consagrada aos trabalhos domésticos. Assim, cumpria no Olimpo diversas obrigações: preparava o banho de Ares, ajudava Hera a atrelar seu carro e servia néctar e ambrosia aos deuses. Um dia, quando executava essa tarefa, caiu numa posição inconveniente. Segundo uma versão, os olímpicos puseram-se a rir sem parar e a jovem, envergonhada, negou-se a continuar servindo-os. Foi substituída pelo mortal Ganimedes. Hebe dançava com as Musas e as Horas, ao som da lira de Apolo. Esposou Héracles (ou Hércules), quando o herói, após sua morte, foi admitido entre as divindades.
10.6.7 APOLO era considerado o deus da música e, embora as lendas relatem que Hermes inventou a lira e a flauta, foi Apolo que, tocando-as, levou-as à perfeição. Ele dirigia, no Olimpo, o coro das Musas e a dança das Cárites, suas irmãs, e entretia os demais deuses olímpicos com a lira.
Como todos os outros deuses, Apolo não primava pelo espírito esportivo. Foi desafiado certa vez pelo deus Pã para um torneio de flautas e Midas, o rei da Frígia que arbitrou a disputa, deu a vitória a Pã. Inconformado, Apolo fez com que crescessem orelhas de burro no juiz. O sátiro Mársias, que também o desafiou com sua flauta, deu-se igualmente muito mal...
O culto à deusa Gaia era bastante difundido nas épocas mais recuadas da cultura grega (Atenas, Esparta, Olímpia, Tegéia, Delfos...); acabou, porém, suplantado pelos deuses olímpicos. Em Delfos, por exemplo, no mesmo local em que existia um antigo santuário de Gaia, foi instalado o famoso Oráculo consagrado a Apolo Pítio. O deus recém-chegado, simbolicamente, matou a monstruosa serpente Píton, filha de Gaia, que vivia no local. A vitória de Apolo, porém, não foi completa: a tradição de chamar a sacerdotiza que recebia as profecias de "pítia" se manteve...
10.6.8 ÁRTEMIS ( v. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81)rtemis: "Na Grécia, Ártemis (em gr. Άρτεμις) era uma deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.

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