O despreso causa revolta e desilusão. Mas o amor também é responsável por esses acontecimentos indesejáveis. Muitos homens, muitas mulheres andam alienados pela vida afora, sem rumo e sem saber onde o caminho pelo qual trafegam vai dar.
Homens perdidos, mulheres enlouquecidas. Garotos alucinados, meninas aluadas. Muitas e muitas criaturas, de todos os sexos, vivem dominados e teleguiados por uma substância tão nociva que não é a maconha, o álcool, nem a cocaína, nem a heroína , nem o ecstase. A concupiscência desregrada do sexo é como uma droga que pode remeter a muitos riscos: doenças incuráveis, desagregação familiar, acidentes fatais, desequilíbrios mentais, entre outras desilusões incuráveis. A incoerência e a falta de planejamento de vida contribuem definitivamente para a desgraça.
Mônica é uma vítima de tudo isso. Com catorze anos de idade ela leva uma vida normal numa pequena cidade do interior. Seus pais não são nem ricos nem tão pobres. Ela, como todas as garotas de sua idade, é sonhadora e vaidosa. Deseja uma vida futura com todas as pompas que a maioria das mocinhas de classe média gozam. Os hormônios inerentes à sua idade estimulam desejos infrenes. Ela é alta, corpo bem torneado, tem coxas grossas e bumbum proeminente. É tudo que os homens desejam. É uma garota extrovertida.
Um bancário vindo de uma outra cidade por ela se apaixona. Dentro de dois meses estão casados. Leva-a para morar em outra cidade. Lá ela conhece outras garotas, outros garotos. Como o sexo não tem limite nem conhece fronteiras, ela transa com os rapazes enquanto seu marido cumpre expediente no banco.
Um dia o marido flagra Mõnica trepando com um garoto em sua própria cama. Naquele dia havia um verdadeiro bacanal. Mônica tinha transado com três rapazes. Sua amiga com os mesmos três.
Decepcionado o marido formaliza uma denúncia contra ela e a expulsa de casa. Sem ter para onde ir Mõnica é forçada a entrar na prostituição.
No cabaré é onde ela tem os primeiros contatos com as drogas. É, inclusive, onde ela toma a primeira dose de bebida alcóolica. Depois de algumas doses de uísque é apenas um pulinho para maconha, para cocaína, heroína e outras drogas muito pesadas.
Hoje, com apenas vinte e oito anos de idade, Mõnica não consegue mais viver, ou sobreviver, sem as drogas. Contraíu cancro, o vírus do hiv, não tem contato com familiares e sua aparência é de uma mulher de cinquenta anos de idade.