Agora que te encontro vida
E a excitação nos aflora
Confesso que sei que quando na solidão tamanha,
Tu em prantos me chamas!
E nos teus olhos estou presente
As tuas mãos crispam no meu peito
Rasgando minha pele,
Num doce contentamento da ilusão
Sem vaidades, seus seios, me sufoca!
Faz-me gemer...
E na tontura do momento, geme!
Sonhando na doçura dos desejos
Novamente me chama, clama!
Entregando-se na tontura do êxtase
Um gozo com lamentos
Da falta, da ausência...
E eu, também tão só!
Choro sua falta
Estou numa ilha deserta
Aguardando-te no ventre
Subindo e mexendo
Num doce e acelerado movimento
Com as mãos sobre a raiz, gozo!
Dando vazão na sombra dos coqueiros
O lamento de ter-te comigo na alegria desse momento...
E agora que te encontro amor
Tão frágil, tão minha nos afagos!
Quero dizer-te que nada é mais gostoso e profundo
Que o meu amor por você...