Dom Pedro eu não sou, nem me chamo Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon e, hoje, nem é ainda dia sete do mês de aniversário daquele grito que ele deu, tão pouco é nove do mês deste milenário ano depois do nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, em que se celebra a declaração que ficaria, do imperador citado, mas quero ser objetivo, pelo menos, uma vez nesta vida e neste meu delicioso e provisório mundo, e que meu anjo custódio, que se chama Custódio, me auxilie nesta difícil empreitada, com a ajuda do Amado Uriel, o arcano da visão mais arguta do Céu, pois devo dizer-lhe que, depois de muito tergiversar, quero ficar com você e que, agora, as grandes questões ficam sendo qual de nós dois dirá o quando, o onde e o por quanto tempo ficaremos, o que somente poderá ser explicitado após o beijo seu, às escondidas, em meus sedentos lábios, quando eu roçar minhas cegas mãos sobre suas quentes pernas, numa eventual viagem, ou num acidental encontro, seja numa festa, ou num velório, ou quando ambos formos a palácio para a cerimônia de posse do seu marido no cargo de Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil em oportuna gestão. Amém!