Para que não digam que esqueci o amor.
Na assimetria constante do hoje em dia,
Ainda assim vou amando com primazia,
Enquanto há tantas razões para essa dor.
Que me cerca e cerceia o ciclo intenso,
Vergando-me e divergindo da vontade,
Contudo não impedindo a ambigüidade,
Por sofrer e amar de modo portentoso.
Diga-me um anátema para que eu ame!
Beija-me com bravura para que inflame.
O sabor que tua boca me põe nos lábios.
E que em tanto rumor prove teus seios,
Enquanto esteja tu em meus permeios,
Sem ao menos solicitar-me moderação.