Foi um toque de mãos assim meio sem querer, de leve, quase um acaso. Os dedos se entrelaçaram, enroscando-se lentamente. E as mãos se apertaram trêmulas, eloquentes, quentes.
O elevador, pela manhã, fica sempre cheio. Ele e ela, lá no fundo, lado a lado, ninguém podia imaginar a cumplicidade, muito menos o calor que subia pelo corpo, o formigamento, o tesão.
Lá pela altura do 2º andar, num movimento irresistível, as mãos coladas de emoção deslisaram pela perna feminina, encaixando-se ansiosamente nos recantos de seu sexo.
Uma forte pressão, carícias profundas, gemidos contidos.
A droga do elevador seguia seu rumo, pessoas descendo, discrição comprometida. Por que este prédio não tem 500 andares?
Eram só 20,mas no 19º ainda deu tempo para um contato final. A mão feminina deixou sua parceira mergulhada entre tecidos e pernas e avançou rapidamente para sentir entre os dedos o latejar gritante do sexo que, desesperado, se agitava sob as calças.