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ROSAS VERMELHAS PATRA UMA DAMA TRISTE.
Ana Zélia
A vida inteira esperei você.
E passaste tão rápido deixando marcas profundas enraizadas em minha alma de amante apaixonada.
Te esperei. Oh! Como esperei.
Me postei nas esquinas como as damas da noite, senhoras do dia...
Num dia, ah! Naquele dia eu te esperei desde a véspera ansiosa.
Não acreditava que virias, apesar da promessa e foram tantas...
Sempre fui sortuda, sorte significa tudo que me tocasse profundo.
Sai. Dia dos Namorados. Santo Antonio que de azul ficou roxo aguardava.
Mulher só. A sós. Vivendo de lembranças, loucuras passageiras, quando a insanidade chega.
Recordando os hormônios que sempre foram em excesso e se tornaram escassos. Dos grandes momentos, páginas viradas.
Os filhos de Adão, agora, só nas revistas amareladas de pornô. E ainda deixo escapar a oportunidade do toque abençoado pelo santo.
Perdoa, foi falta grave.
Obrigada pelas rosas vermelhas, em toda a minha vida as únicas recebidas do homem que continua romântico.
Chorei, chorei muito naquele dia, perdi a maior loteria da vida, um segundo com você.
18.06.2002.
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Nota da autora- Sem rumo e sem rota fui morar fora do estado, o amor de um homem me virava a cabeça, precisava viajar na noite de 12.06, ele prometeu vir até minha casa, foram mais de cinco horas angustiantes, faltava algumas coisas ainda pra comprar, sai, ele chegou trazendo um buquê de rosas vermelhas, tentei ligar não consegui, viajei até Belém, de Belém até Maringá-PR iria de ônibus, escrevi quando passava pelo maranhão, na estrada, dia 18.06.2002. Retornei a Manaus, mas o amor se foi, deve estar nos braços de outra, ainda o amo muito, mas faço parte da maioria das mulheres que passam dos sessenta, os sonhos são miragens. Manaus, 03.06.2010.