Para compreender a história, leia antes a PARTE 1 clicando AQUI.
II
-- O que você sugere? – perguntei ao Mário.
Meu chefe pareceu pensativo por alguns instantes, entretanto abriu a boca:
-- Lembra daquele fato ocorrido com o meu irmão?
Tentei recordar, mas não me ocorreu nenhuma lembrança. Talvez porque ele vivia contando histórias. Eram tantas que eu não devo ter dado importância.
-- Não. Qual?
-- Aquela do travesti.
-- Ah, sim. Aquele travesti que punha muitas mulheres no chinelo.
De fato me lembrava de ouvi-lo contá-la há cerca de 6 meses.
-- Exatamente – confirmou. -- Que tal eu falar com ele?
-- Mas que ideia genial! E será que esse traveco vai aceitar uma proposta destas? -- perguntei.
Até onde eu sabia desse caso, o irmão de Mário saíra com um travesti achando que este na realidade era uma gata, mas quando chegou ao motel descobriu a verdade. No entanto, Paola, cujo nome verdadeiro era Paulo, foi-lhe tão gentil que acabou convencendo-o a comer-lhe o rabo. E segundo o que Mário nos informou, seu irmão gostou tanto da coisa que saiu com Paola várias vezes.
-- Por que não ia aceitar? Nada que uns cem ou duzentos reais não convença ela. Esse tipo de gente se vende mais fácil que as mulheres. Pode crer. Ainda mais que muitos deles vivem de fazer programas. Esse não é exceção! -- afirmou Mário convicto. -- Vou falar com o meu irmão e ver se ainda tem o telefone dessa tal de Paola.
No outro dia, ao encontrar Mário, perguntei:
-- E aí? Falou com teu irmão?
-- Falei sim. Ele até curtiu com a minha cara pensando que era para mim. -- Nisso, levou a mão ao bolso e retirou um pedaço de papel. -- Aqui está. Vou ligar mais tarde, e fazer a proposta, e ver que bicho dá.
-- Mas como vamos fazer para que o Luís André saia com essa tal de Paola sem desconfiar de nada? Ele é um cara esperto e pode notar alguma coisa.
-- Não, não vai não. Vamos fazer a coisa bem feita. Pensarei nisso depois. Primeiro tenho de convencer essa Paola a participar dessa armação.
Para que a coisa desse o resultado esperado teríamos de conseguir algo capaz de humilhar Luís André. Então me ocorreu de convencer Paola a filmar, através de um celular, o encontro dos dois. Essa sugestão passei-lhe pouco antes do almoço, quando Mário contou-me que Paola aceitara a proposta por R$ 300,00.
-- È um pouco salgado. Mas dividindo por nós 4 não vai dar muito.
O encontro com Paola foi marcado e todos os detalhes discutidos e repassados umas três o quatro vezes. Além de mim e Mário, Roberto também estava nessa reunião, a qual ocorreu num começo de noite dois dias depois. Confesso que fiquei surpreso ao avistar Paola. Se não soubesse que se tratava de um travesti, estaria certo de estar diante de uma mulher extremamente bela e atraente.
Agora era só aguardar que Paola fizesse a sua parte.
O final de semana chegou e, se tudo desse certo, talvez Luís André caísse na armadilha no Sábado ou domingo. Confesso que aguardei a segunda-feira com certa apreensão. Lembro-me de pensar, enquanto me deitava no domingo, na história que Luís André contaria. Certamente não seria a verdade. Aliás, isso inclusive mostraria o quanto de mentira havia em suas narrativas.
Houve uma certa apreensão na segunda-feira. Podia-se ver nos rostos de Mário e Roberto. Não só eles mas eu também sentia aquela curiosidade quase incontrolável de se antecipar aos acontecimentos e aproximar-me de Luís André para indagá-lo acerca da aventura do final de semana. Só que sabíamos que não poderíamos fazer isso. Era preciso esperar o almoço e aguardar que Luís André abrisse a boca. Aliás, minha curiosidade aumentou quando Mário sacudiu o seu celular dizendo:
-- Está tudo aqui.
Fomos os primeiros a nos servir e sentar-se à mesa. E como costumava fazer, Luís André sentou-se na cadeira desocupada entre nós, a qual foi deixada vazia de propósito. Porém não tocou no assunto. Aliás, parecia calado e pensativo, como se não houvesse o que contar.
Não resistindo à curiosidade, Roberto forçou a barra:
-- E aí, garanhão? Quem foi a vítima dessa vez?
Luís André não estranhou a pergunta, uma vez que não era a primeira vez que alguém se antecipava e o indagava antes que ele a contasse por si só. Aliás, isso vinha acontecendo com certa frequência.
-- Vocês não vão acreditar: Saí com uma gata que conheci na Sexta-Feira. -- Roberto, Mário e eu nos entreolhamos quase sem conseguir conter o riso. -- Uma tal de Paola. Que mulher. 23 e três aninhos. -- Na realidade Paola tinha 25 anos.
-- Onde você conheceu essa gata? -- quis saber Mário.
Ao redor a mesma turma de sempre.
-- Pouco depois de sair daqui. Estava esperando o ônibus e então para aquele mulherão perguntando como fazia para chegar ao Colégio 1° de Maio. Imagine! Moro do lado. Fui obrigado a dizer isso para ela. Ela sugeriu uma carona em troca de levá-la até lá. Aceitei. Eu lá sou homem de recusar uma carona de uma fêmea gostosa?
-- E aí? -- interrompeu Marco Aurélio.
-- Ela disse que era professora e mudara-se para o Guarujá há pouco. Fora transferida para aquele colégio. No caminho, nos conhecemos. Antes de me deixar na porta de casa pediu o meu telefone e a gente acabou se beijando. À noitinha ela me telefonou. Perguntou se eu estava disponível e se a gente não poderia sair no dia seguinte. Topei na hora. Pensei comigo mesmo: já não vou mais precisar de correr atrás de uma bocetinha para o fim de semana – Luís André contava aquela história com uma naturalidade como se os fatos correspondessem à realidade, embora muito do que ele dizia havia sido combinado previamente com Paola.
-- Mas ela era do tipo bem gostosa mesmo? -- cutuquei. Queria ver se ele descreveria Paola tal qual ela realmente era.
-- Põe gostosa nisso! Uns pernão que eu vou te falar. Tava usando um vestidinho curto com um decote que deixava a metade dos seios a mostra, que nem essas vadias que estão loucas por uma pica fazem. E que seios: grandes e redondos.
Como todos estavam interessados nos finalmentes, Mário adiantou-se dizendo:
-- E aí vocês saíram no dia seguinte.
-- Exatamente. Fomos a um barzinho, tomamos umas cervejas. Lá pelas tantas a gente já estava aos beijos. Meu pau já tremia todo por dentro das calças. Ela também estava a fim de uma. Percebi logo quando a gente se beijou. Ela já foi mordendo os meus lábios. Mulher quando faz isso é porque está desesperada por uma foda. Aposto como ela estava toda molhadinha. Comecei pelos peitos ali mesmo. Estava meio escuro e então enfiei a mão por dentro do vestido dela e apertei uma daquelas tetas grandes e deliciosas. Duras que só. Até pareciam tetas de uma menina de 15 ou 16 anos. Na hora pensei: É hoje que vou foder essa vadia até ela ficar com a xoxota inchada. Quer dizer: foi algo mais ou menos assim.
-- E então? Saíram de lá e foram para o motel? -- perguntou Mário.
-- Que nada! Eu até sugeri, mas ela disse que morava sozinha e que se eu não me importasse a gente poderia ir para o apartamento dela. Aceitei logo. Isso me economizava a grana do motel. De fato era um apartamento jeitosinho embora pequeno. Começamos ali na sala mesmo. Ela já foi me beijando e arrancando a minha camisa. Então ela levou a mão no meu pau e agarrou. Ai ela foi se ajoelhando e então agarrou a minha calça, abriu o cinto, o zíper e arrancou o meu pau para fora. E sabe o que ela fez?
-- Imagino – asseverou Roberto com certa ironia.
-- Chupou o bicho com vontade. E enquanto fazia isso, abaixou as minhas calças e passou a beijar o meu pau todo, até os ovos. Ah, mas que delícia! Eu só dizia: isso gostosa! Chupa mais, mais... E a vadia meteu a boca nos meus ovos e enfiou eles na boca. Pode uma coisa dessas? Nunca vi uma vadia fazer algo assim. Nisso abaixei, enfiei a mão por dentro do vestido dela e agarrei aqueles peitos. Ela largou meus ovos e tirou o vestido e eu arranquei seu sutiã. Nossa! Quando olhei para aqueles peitos, me deu uma vontade de meter a boca neles e chupar e morder até deixar eles marcados de dente. Eu já não aguentava mais. Ai ela pegou na minha mão, se levantou e me levou para o seu quarto. Lá ela me mandou sentar na cama. Obedeci. Queria ver o que ela ia fazer. Então ela se abaixou e tirou as minhas meias. Eu ainda estava de meia. E rebolando na minha frente foi tirando a calcinha. Olha! Fiquei louco de ver ela fazer aquilo – continuou Luís André. Ninguém dizia nada. Só prestava atenção àquela narrativa fantasiosa. Sabíamos que ele estava mentindo, mas não fazíamos a menor ideia do que era realidade e fantasia. Por isso preferimos deixar que ele chegasse ao fim. -- E quando vi aquilo no meio das pernas dela...
-- Aquilo o quê? -- interrompi, imaginando que ele vira uma bela duma vara pendurada.
-- Uma xoxota enorme, toda peladinha. Juro que nunca tinha visto algo parecido. Ela não raspava como já vi muitas mulheres fazer, mas depilava de alguma forma que não ficava nem marca dos pelos. Era tudo lisinho. E que bocetão. Uns lábios enormes. Desse tamanho – mostrou com as mãos. – Fiquei tão louco para foder aquela xoxota que agarrei no braço dela, puxei ela para cima da cama e rolei por cima da vadia. Afastei aquelas coxas grandes e meti a vara ali no meio. Mas só um pouquinho. Quase não tive forças para parar e pôr a camisinha. Foi uma gozada e tanto. E a vadia não se deu por satisfeita. Rolou para cima de mim e ficou rebolando em cima do meu pau. E só não gozou porque eu já estava com tesão de novo e estava afim de foder aquele rabo grande. Se ela tinha chupado a minha pica daquele jeito não ia recusar em ficar de quatro. Então falei para ela que queria brincar de cachorrinho. Ela não entendeu direito. Expliquei. Nisso aproveitei para trocar a camisinha. Então ela ficou de quatro e ai eu agarrei nos quadris dela e enterrei a vara até o talo na xoxota dela. Foi então que pensei: por que não foder o cuzinho dela também. Como toda vadia, aposto como ela tá louca para dar ele também. Vadia que faz o que ela fazia deixa a gente foder até a orelha. Tirei a vara da xoxota dela e pus bem na entrada do cu dela. Ela disse para eu tirar ele de lá, mas não dei ouvidos. Fui empurrando. Ela tombou para frente e eu caí em cima dela. Ai é que entrou tudo mesmo! Só ouvi o gemido dela. Agarrei ela com força e mandei brasa. Martelei aquele rabo até não poder mais. Foi a gozada mais gostosa que já tive.
Luís André narrou brevemente mais alguns detalhes daquele encontro. Por um momento Mário e eu demos uma gargalhada, o que levou o narrador daquela história mirabolante a nos perguntar do que estávamos rindo.
-- Nada não -- respondi.
Ao final da narrativa Mário declarou:
-- E se eu disser que a coisa não foi bem assim? -- disse Mario.
-- Assim como? -- volveu Luís André com espanto.
-- Que você está mentindo.
-- Mas é a pura verdade – declarou.
-- Verdade coisa nenhuma. -- Tirou o celular do bolso e acrescentou: -- Tá tudo gravado aqui. Cheguem mais pertinho para vocês verem. – Todos se aproximaram. Ele selecionou o primeiro vídeo e então surgiu na tela a imagem de Paola se despindo diante da câmera. Em seguida, quando já estava nua, deu meia volta e focou a imagem no meio das pernas para mostrar um pênis ereto onde se esperava que estivesse uma vulva.
-- “Olá gatão! Você foi maravilhoso!” – disse ela. Não havia dúvida que aquelas palavras era dirigidas ao nosso amigo, o Metido a Garanhão.
Luís André, vermelho como um tomate maduro, disse:
-- Mas que palhaçada é essa?
-- Foi um amigo nosso – declarou Mário.
Nervoso e descontrolado, Luís André levantou-se e tentou tomar o celular do colega dizendo: -- Me dá essa porra aqui. – Mas não conseguiu. Marco Aurélio o segurou e o impediu de se apossar do celular.
-- A gente só quer ver o que você fez com aquele mulherão. Ela só gravou algumas imagens para a gente.
Luís André nos deixou esbravejando e soltando todo o tipo de injúrias. No entanto, preferimos assistir aos outros dois vídeos e deixá-lo para lá. Agora não adiantaria fazer nada. Ele só estava experimentando uma pequena dose da humilhação que fizera algumas mulheres passar.
No segundo vídeo, apesar da imagem distante e não muito perfeita (provavelmente a câmera estava na estante) podia-se ver Paola e Luís André aos beijos e abraços no sofá. Era um vídeo curto, de cerca de três minutos, mas que dizia mais do que dezenas de palavras. Aliás, se não fosse por um detalhe, toda a cena correspondia ao que Luís André narrara pouco antes. De fato via-se Paola arrancando a camisa do parceiro com voracidade como se tratasse de uma fêmea no cio. Em seguida, via-se Paola abrir-lhe a calça e puxar-lhe para o falo para fora. E ao agarrá-lo, Paola o mete na boca e passa a chupá-lo como se aquilo lhe causasse um prazer indizível. E não satisfeita, desabotoou o cinto, soltou o botão e a calça despencou pernas abaixo. A cueca foi puxada por uma única mão.
A cena parecia um tanto absurda, mas tudo aquilo causava grande prazer em Luís André. Podia-se ver em seus gestos e na expressão de seu rosto. Dir-se-ia inclusive estar a beira de um orgasmo. Pouco depois porém, abaixa as mãos e agarra os seios de Paola. Ela então largou-lhe o falo e, de joelhos, livrou-se do vestido e do sutiã. Os grandes seios ficaram livres. E que seios. Não teve um que não os elogiasse. Lembro-me que cheguei inclusive a dizer:
-- Se topasse com essa Paola por aí saia com ela só para chupar esses peitões gostosos.
-- Eu também – brincou Marco Aurélio, o que arrancou risos.
Instantes depois via-se Paola e Luís André deixando a sala. Então o vídeo é interrompido.
-- Vamos ao próximo – asseverou Mário.
O vídeo focava a cama com a cabeceira ao fundo. No quarto, podia-se ver além da cama um abajur sobre um criado mudo, cuja luz estava acesa. E apesar da pouca iluminação, a imagem era nítida, levando-me a crer que a câmera captava imagens com uma qualidade bem superior à captada pela câmera da sala. Cerca de dez segundos depois Luís André e Paola entram no quarto. Ela ainda usa uma calcinha vermelha, mas ele veste tão somente um par de meias. Aliás, ao entrar no quarto, arrastado por ela, pode-se ver perfeitamente o grande e teso falo dele balançar de um lado para o outro.
É exatamente nesse ponto que a narrativa de Luís André se afasta do que as imagens mostram. Paola deita de bruços na cama e pede para o parceiro deitar sobre ela. Ele, antes de obedecê-la, beija-lhe o traseiro e aplica uma palmada em cada uma das nádegas. Infelizmente não há som, mas pode-se imaginar o que ele deva ter dito. A calcinha vermelha não passa de uma tanguinha bem minúscula que se perde entre as nádegas. Luís André deita sobre Paola e ela vira o rosto para o lado. Ele mordisca-lhe a orelha e faz movimentos com os quadris como se copulasse. Paola por sua vez, leva a mão até a tira que prende a calcinha na cintura e a empurra para baixo. Luís André, sem desconfiar de nada, ergue os seus quadris e quando a calcinha está nos joelhos dela, ele mesmo com o pé a empurra para baixo até que ela escapa pelos pés de Paola. Então ele volta a movimentar seus quadris para cima e para baixo, numa sequência rápida de movimentos.
Apesar de a câmera filmá-los de lado, é possível ver que uma das mãos dele está sob seio dela, agarrando-o, e a outra a afaga nos cabelos. Luís André continua a movimentar seus quadris para cima e para baixo. De repente ele se levanta e desaparece do foco da câmera.
-- Puta! Que rabão gosto! – deixa escapar Roberto.
De fato as nádegas de Paola tinha umas nádegas belíssimas. Não posso afirmar com certeza, mas para se ter um traseiro daqueles em se tratando de um travesti só pode ter sido através de um implante de silicone.
Paola se vira para o lado, para a câmera e balança o falo amolecido. Ainda não se encontra excitada. Talvez porque tudo aquilo não passa de encenação. E o fato dela sacudi-lo para a câmera é uma prova contundente de que tudo não passa de um trabalho. Aliás, isso me leva a crer que Luís André saiu do quarto por algum motivo. Pouco depois no entanto ele retorna. Vê-se então o motivo daquela ausência: envolvendo-lhe o falo há agora uma camisinha. Paola vira novamente de bruços e Luís André torna a deitar sobre ela. Seus quadris parecem procurar algo e de repente ele senta na cama e aparentando espanto vira Paola de lado. Num sobressalto, ele se põe de pé e começa a gesticular de forma desordenada.
-- E... O cara tá furioso! – comenta Mário.
-- E não era pata está? – indago. – Imagine você indo para cama com uma gata e na hora H descobre que ela na realidade é um traveco.
-- É verdade! -- concordou Roberto.
Após a discussão, Luís André deixa o quarto. Paola se levanta e apanha sua calcinha e deixa o quarto. Então o vídeo chega ao final.
Houve algumas risadas e comentários maliciosos, os quais não se prolongaram, pois ainda havia mais uma surpresa. Pensamos que se tratasse de mais um vídeo, mas não. Era um longo depoimento gravado em formato MP3, onde Paola descrevia em detalhes todo o ocorrido.
“Como o combinado, esperei que ele chegasse ao ponto de ônibus e então dobrei a esquina e parei em frente ao ponto de ônibus. A história da professora pedindo informações deu certo. A ideia foi ótima. Mas se não desse eu teria posto o plano B em prática. Homens desse tipo caem fácil nesse tipo de conversa. Bancam o machão, se acham espertos, mas são uns completos idiotas. Achei que ele não ia pedir o meu telefone. Já estava pronta para pedir o dele quando chegamos em frente a sua casa. E para convencer ele a me ligar, falei que gostaria de retribuir aquela ajuda. Talvez nem precisasse, porque dava para ver que ele já vinha me comendo com os olhos no carro. No encontro no dia seguinte, as coisas foram mais fáceis. Até porque, para ser sincera, ele era um rapaz atraente e certamente a gente ia se divertir muito. Foi só a cerveja subir na cabeça que ele ficou ficou ousado. Eu só precisava tomar cuidado para que ele não passasse a mão no meio das minhas pernas. Ele não ia encontrar o que estava esperando...” Nisso, podia-se ouvir uma longa risada.
“Ele queria me levar à um motel, mas tinha de levá-lo para o meu apartamento. As câmeras já estava preparadas e deixei elas gravando assim que saí de casa. Bom. Chegando lá aconteceu o que vocês já sabem. As imagens são bem claras. Pena que ele não quis transar comigo quando descobriu que eu era um travesti. E nossa! Como foi grosso comigo! Me ofendeu de tudo enquanto é jeito. Querem saber de uma coisa! Ele é um machista estúpido que não tem sentimento algum. Tenho pena das mulheres que saem com ele. Deve tratar elas como objetos. Tomara que estas imagens possam ser útil para fazer ele ser uma pessoa melhor. Só para terminar: ele voltou para sala, vestiu rapidamente sua roupa e saiu sem dizer uma palavra”.
-- Dá vontade de mostrar estas imagens para todo mundo – afirmou Roberto. – Mas isso é uma humilhação muito grande e vai prejudicá-lo. Assim, o assunto morre por aqui. Ele já teve o que merece.
Concordamos em não espalhar o ocorrido para os demais colegas de trabalho. Além disso, todos nós nos comprometemos a procurar Luís André para tentar dar o assunto por encerrado. Sabíamos que a partir daquele dia ele nos veria com certa desconfiança. Mas o tempo encarregaria de ajeitar tudo. É sempre assim que as coisas acontecem. Não é verdade?