VIII
Passei a ser um aluno obediente, seguindo sempre as instruções de Andréa. Confesso não ter sido fácil, pois ela me proibira de me aproximar de Virgínia quando elas não estivessem juntas. Temia que eu fizesse uma besteira e pusesse tudo a perder. Por duas vezes, quase quebrei a promessa, ao quase não resistir à vontade persistente e quase insana de ir até aquela jovem irresistível e lhe dizer o quanto sentira a sua falta. Da primeira vez, foi na terça-feira, dia seguinte a essa recomendação. Encontrei-a sozinha, durante o intervalo. Ela desceu minutos antes e por pouco não demos de cara. Quando a avistei se aproximando, quase diante de mim, fiz que não a vira e mudei de direção. Ela passou nas minhas costas. Não sei se me viu. Da segunda vez, na quinta-feira, foi ao chegar à faculdade. Entrei e ela estava diante da porta de acesso, falando alegremente ao celular. Passei por ela, cumprimentei-a com um “olá” e um sorriso e segui em frente, louco para parar de dar-lhe pelo menos um beijinho na face, já que tínhamos feito isso mais de uma vez; aliás, só a cumprimentei porque não havia alternativa. Contudo, se eu tivesse parado para falar com ela, muito provavelmente lhe teria confessado o imenso prazer daquele momento. Talvez até teria lhe dito o quanto o aguardara. Mas Andréa me alertara para ser um pouco mais paciente. E numa conversa que tivemos na quarta-feira, ao lhe dar uma carona para casa, ela chegou a afirmar:
-- Eu sei que você deve estar louco pra transar com ela, mas segure esse pinto aí! Se não tiver aguentando, deixa ele por minha conta. Aposto que umas horinhas aqui no meio – e abriu as pernas, levantou o vestido e então pude vê-la novamente sem calcinha, o que me fez concluir que costumava andar assim – vai acalmá-lo.
-- Você não vale nada mesmo, garota! -- exclamei ao volante, escorregando a mão nas coxas dela, até tocar-lhe a vulva.
-- Por quê? Só porque eu gosto de viver intensamente, sem me importar com o que os outros pensam? Pois tô pouco me lixando o que pensam de mim. Ora! Diariamente sacrificamos os nossos melhores impulsos, sejam eles quais forem. Mas eu não faço isso. Faço o que tenho vontade. Se vejo um cara e sinto tesão por ele, vou atrás e dou pra ele e pronto! A vida é minha e só a mim diz respeito. E só tenho essa então tenho de aproveitá-la. Ninguém vive mais do que uma vez, já dizia Vinícius. Se eu não vivê-la em sua plenitude, eu a terei jogado fora e desperdiçado a minha passagem por este mundo. Se o destino me deu essa oportunidade de viver, seria injusto desperdiçá-la, não vivê-la intensamente. De mais a mais, por que não sair do banquete da vida como um convidado saciado?
-- De certa forma, você tem razão – concordei.
-- Um dia li uma frase que impressionou muito e a qual se tornou o lema da minha vida. Depois descobri que era do poeta Horácio. Era a seguinte: quem adia a hora de viver é como o camponês que espera que o rio acabe de correr; mas ele passa, e passa rolando eternamente. Por isso não adio a minha hora. Não quero ficar esperando esse rio passar. Sabe quem é Horácio?
-- Mais um menos. Sei apenas que é um poeta da antiguidade ou coisa assim. – respondi. Embora já tivesse ouvido falar do poeta latino, não me lembrara de nenhuma de suas obras. Aquela citação me despertou a curiosidade e disse com meus botões: “preciso conhecer esse poeta”.
-- Na realidade é um dos maiores poetas de Roma. Foi amigo de Virgílio e escreveu várias sátiras e odes. Se tiver oportunidade, ainda vou ler alguns para ti. Você vai adorar.
-- Ainda vou cobrar isso de você – falei, rindo. Em seguida porém perguntei: -- Mas me diz uma coisa: pra que você vai pra faculdade sem calcinha? -- Naquele momento, isso me era mais importante.
-- Eu gosto de andar assim. Me sinto mais livre. Só a uso quando estou menstruada. Porque aí não tem jeito. E também fica mais fácil para transar. Não tenho o trabalho de ficar tirando. É só o cara me pegar, levantar o vestido e enterrar aquele troço em mim. Simples assim. -- Andréa falava com desenvoltura e naturalidade, como se aquilo fosse algo que todas as mulheres faziam.
-- Mas na sexta-feira você estava usando uma -- lembrei-me.
-- Porque eu estava menstruada até o dia anterior. Fiquei com receio de vir alguma coisa e manchar o vestido. E não esperava transar contigo, embora estivesse com vontade. Só fui lá pra te encontrar, mais nada. Achei que tudo não passava de coisa da minha cabeça. Se soubesse, tinha ido sem.
-- Pra você ver como as pessoas podem nos surpreender. -- falei. -- Mas me diga uma coisa: você costuma fazer isso, transar, em qualquer lugar? -- perguntei, tomado por uma curiosidade ímpar. Era a primeira vez a me deparar com uma mulher livre das garras dessa moral que vigora entre nós há mais de dois mil anos.
-- Se pintar uma oportunidade, não deixo passar. Por que deixar? Uma foda perdida, está perdida para sempre.
-- Que nem lá no clube? -- perguntei, lembrando da cena, a qual o amigo leitor também há de se recordar.
-- Exatamente. E se te agrada saber, dei pra aquele cara. Não lá. Ali no clube só deixei ele me penetrar, só pra ficar com mais vontade. Sabe como são os homens né!? Tomados pelos instintos, perdem completamente a razão. Aí disse pra ele que se ele quisesse mais, só no motel. Sabia que se desse pra ele ali, ele ia me foder, gozar e me largar na mão. Por isso eu quis ir para o motel. Mas nem assim adiantou. O desgraçado me fodeu, gozou e teve a cara de pau de me deixar na vontade, dizendo que já estava amanhecendo e ele precisava ir pra casa. Mas até gozar ele não se importou com isso. Filho da puta! Ah, mas fiquei pê da vida! Também falei pra ele, antes de descer do carro: você é um péssimo amante. Um egoísta e ruim de cama. Contigo eu não saio nunca mais. Saí do carro e bati a porta. Nem olhei para trás.
-- Abusada hein! Encontrar um cara e ir pra cama com ele logo de cara – afirmei.
-- Abusada? Você não viu nada! Há pouco mais de um mês, transei com um cara na rua.
-- Na rua? -- interrompi, surpreso!
-- É. Não no meio da rua, onde todo mundo podia ver. No muro duma casa. Eu tinha ido na casa de uma amiga tomar um café da tarde com ela. Ela tinha se casado há poucos dias e o marido trabalhava fora o dia todo. Estava se sentindo meio sozinha. Fomos no carro dela porque ela me prometeu me trazer de volta. Foi uma tarde agradável. Mas na volta o carro não quis pegar de jeito nenhum. Ela se ofereceu para chamar um táxi, mas eu disse que não precisava. Havia um ponto de ônibus duas quadras da casa dela e eu poderia voltar de ônibus. Embora não seja com frequência, vez ou outra acabo tomando um. Não sou como essas garotas ricas e esnobes que acham vergonhoso andar de ônibus. Já era comecinho de noite. Umas seis e pouca. Assim que sai do prédio dela, um rapaz também saiu. Nãos sei se morava ou se só passava por ali. Era bonitão e musculoso. Olhei para ele e senti um forte desejo. Então dei uma piscadinha. Faço isso quando gosto do cara. Não sou esse tipo de gente que acha que mulher não deve mexer com um homem; que isso é coisa de homem. Não imaginei que ele fosse atrás de mim. Alguns metros adiante, ele me alcançou. Começou a puxar conversa e a dar em cima de mim como faz todo homem quando ver uma mulher sexy e ainda interessada. Fiquei excitada. Fui direta no assunto. Disse que se tivesse um lugar, transaria com ele. Sabe como é, né? A luxuria é um animal feroz e muito faminto, que está sempre atrás duma suculenta presa. Pois não é que ele disse: se esse é problema, a gente resolve isso já. Pegou minha mão e me puxou até uma casa, na outra quadra, entramos numa espécie de corredor, onde havia um muro, e ali transamos. Foi uma transa animal. Ele empurrou minha calcinha até os joelhos (nesse dia eu usava uma, já que só ia à casa da Marcela, minha amiga), abaixou as alças do meu vestido até os meus seios soltarem para fora, me espremeu contra a parede, com as duas mãos nos meus seios, e mandou brasa por trás. Não fodeu meu cu não. Apenas fez por trás. Enquanto ele me fodia, levei a mão ao meio das pernas e ah, que prazer! Foi uma transa e tanta. Esse não me deixou na mão.
Estávamos parado diante do prédio dela. Eu não tinha pressa de voltar para casa, até porque Mathilde não se importaria se eu me atrasasse um pouco. Embora quisesse ouvi-la falar de Virgínia, aquelas confissões me divertiam, de forma que deixei-a terminá-las. E para não prolongar a conversa, deixei-a falar até se calar.
-- Você não tem um pingo de juízo, garota! -- deixei escapar.
-- Isso porque você não sabe da metade do que já aprontei.
Antes que ela resolvesse contar, achei melhor lhe pedir deixar para uma outra oportunidade. Não queria quebrar a rotina e chegar em casa tarde demais. Talvez Mathilde nem se importasse, mas preferia deixar para fazer isso quando fosse por causa de Virgínia.
No dia seguinte, fiz questão de levar Andréa para casa. Queria saber como iam as coisas com Virgínia, pois eu sentia que nada ou muita pouco havia de fato mudado, o que me gerava uma certa desesperança, talvez porque eu esperava que as coisas corressem mais rápido, embora Andréa me dissera mais de uma vez para ter paciência. Inclusive, ainda recordo de ouvi-la dizer:
-- Não pense que vai ser fácil, assim dum dia para o outro. O caso de vocês não é amor a primeira vista. É uma sedução. E isso demanda tempo e trabalho.
E assim que ela entrou no carro, perguntei:
-- E a sua amiga? Você acha que tenho alguma chance?
-- Claro que tem! Venho soltando umas indiretas para ela, bem devagarinho para ela não desconfiar e achar que sou uma espécie de cupido ou que estou trabalhando para você. Ontem disse pra ela que você era um cara muito interessante. Aí perguntei pra ela: você não acha? Ela disse que não tinha reparado. Pois falei para ela: então repara. E pra ela não achar que eu estava interessada, falei: mas tenho namorado. E não pretendo trocá-lo por enquanto. Então perguntei: e você, tem namorado? Ela disse: não. Na hora pensei: ele vai gostar de saber disso. No caso, o ele era você. Aí perguntei: e nem um cara em vista? Ela respondeu: Não. Ainda não encontrei alguém interessante. Pode ter certeza. Você é o cara. Hoje quando a gente estava descendo e você estava lá embaixo, esperando, falei pra ela: olha ele lá! Repara como ele tem uma sensualidade toda especial. Ele tem um quê de homem carinhoso, capaz de encantar uma mulher. Preste a atenção nele pra você ver. E você reparou que ela te olhou diferente hoje?
-- Não cheguei a notar. Vi apenas que ela me olhava mais do que das outras vezes.
De fato, mais de uma vez, nossos olhares se cruzaram, o que não acontecia antes. Mas como Andréa me recomendara não encará-la, para não deixá-la constrangida, continha o ímpeto e procurava na mais das vezes manter os olhos nesta, na esperança de que me fizesse um gesto para dizer ou fazer algo.
-- Ela estava curiosa. Procurava em você as mesmas impressões que eu dissera sentir. Agora é a sua vez: amanhã você vai elogiá-la no intervalo, durante o cafezinho. Diga que ela está diferente, mais bonita. Mulheres são vaidosas, gostam de ser elogiadas, principalmente ser chamadas de bonitas. Provavelmente ela vai dizer que não é nada, que é uma impressão sua. Se ela disser algo parecido, vou concordar com ela. Então você diz que pode ser mesmo só uma impressão sua. Isso vai deixá-la intrigada. Aposto como na segunda-feira feira ela vai aparecer mais produzida. Se ela fizer isso, pode ter certeza. Será sua.
-- Agora estou ficando mais animado – falei.
-- Então. Mereço até um prêmio, não mereço?
-- Prêmio? Que tipo de prêmio? -- indaguei, se atinar o que de fato ela queria dizer com aquilo. Naquele momento, talvez devido a euforia com aquelas revelações, não me ocorreu quais eram as verdadeiras intenções dela.
-- Isso aqui – disse ela, levando a mão no meio das minhas pernas e agarrando-me o falo teso, o qual acabara crescendo devido as narrativas dela. Aliás, qualquer homem ficaria excitado, já que não havia como não reproduzir no cérebro, com o auxílio da imaginação, cujo poder imaginativo do homem é imensurável, aquelas cenas. Ainda mais quando se conhece, mesmo que de forma razoável, as curvas daquele corpo retratado na crônica. -- Amanhã é sexta-feira e me recordo de você dizer que sua esposa não costuma se importar se você chegar tarde, pois ela pensa que você estava com os amigos. Em vez dos amigos, passa umas duas horinhas comigo naquele motel. Aposto como vai ser bem mais interessante.
-- Definitivamente, você não vale nada -- exclamei, repetindo o que dissera no dia anterior.
-- Mas isso aqui vale, não vale? -- perguntou, pegando-me a mão e a pressionando sobre a vulva, dando a entender que eu deveria lhe introduzir o dedo. Foi o que fiz. Então mais uma vez a encontrei excitada e úmida. Acabei eu mesmo ficando excitado.
-- Mas ela já está assim? -- indaguei, com um certo ar de curtição.
-- Fico de tesão à toa – afirmou. Em seguida, perguntou: -- Combinado?
Concordei. Não havia como negar.
No trajeto de casa, minhas fantasias se alternaram entre os momentos de prazer com uma e com a outra. Muitas vezes a cena se repeita e ora era Virgínea quem jazia sob mim, tomada por espasmos, ora era Andréa, sorvendo cada gotícula daquele mar de sensações produzido pelo coito. E isso durou até eu chegar em casa, o que aliás me deu a impressão de que o trajeto fora rápido e curto..
Quando entrei, Mathilde ainda estava na cozinha, lavando os talheres do jantar. Disse que a comida ainda estava quente e perguntou se eu queria jantar. Aceitei.
Aproveitou, enquanto eu jantava, para sentar na mesa e falar da viagem ao Rio. Disse que iria com Úrsula. Não fiz objeção. Pelo contrário: afirmei-lhe que a viagem lhe faria muito bem. Cheguei inclusive a dizer-lhe que se mudasse de ideia, iria a força. Era uma oportunidade única. Até porque ficar três ou quatro dias livre dela me permitiria chegar em casa quando bem entendesse. E eu acreditava que Virgínia estaria pronta para ser seduzida até lá. Ainda dispunha de aproximadamente um mês. “Vai ser quando elas estiverem viajando. Vamos poder passar a noite juntos. Um nos braços do outro. Será uma noite inesquecível. Não só pra mim. Pra ela principalmente. Primeira vez. Elas nunca esquecem. Ainda da mais da forma que farei.”, pensei.
Mathilde me fez companhia até eu terminar de comer, algo que não costumava fazer; pelo menos nos últimos anos. E quando eu lhe disse que precisava de um banho, ela me confessou ainda não ter tomado o seu. Entramos juntos no chuveiro. Fitei-a nua com a água escorrendo pelo corpo, procurando alguma sensualidade naquele dorso cujas curvas eu conhecia tanto quanto a Terra conhece o trajeto ao redor do sol. Embora eu já não tivesse excitado como quando cheguei em casa, ainda havia um resquício de desejo, já que os hormônios despejados na corrente sanguínea pelos estímulos de mais cedo ainda não tinham sido eliminados. Meu falo ainda apresentava um volume acima do natural e o desejo continuava ali, pronto a se manifestar ao menor estímulo.
Súbito, Mathilde observou-me o falo e comentou:
– Ele parece maior. Tá assim porque estamos aqui, embaixo do chuveiro?
Eu poderia ter negado e lhe dado uma explicação qualquer. Ela teria aceitado qualquer justificava, até mesmo se dissesse a verdade, confessando-lhe estar assim porque sentira desejo e me fantasiara com uma colega de faculdade. Mathilde já não sentia aquele ciúme tão comum nos recém-casadas, que acham que o casamento lhes dão o direito de posse sobre o outro, transformando-o em propriedade. Ela já passara dessa fase há muito e nas poucas oportunidades em que cheguei a lhe confessar ter sentido desejo por outra mulher, não se sentiu insegura e muito menos teve um ataque de ciúmes, o que poderia ter sido motivo para uma briga. Lembro-me como ela exaltara as próprias qualidades e a vantagem de um relacionamento estável em detrimento de uma aventura. Não que nosso casamento fosse totalmente liberal. Não, nada disso. Não chegava nem aos pés da liberdade que havia, por exemplo, entre Sartre e Simone de Beauvoir. Mas também não havia possessão. Ainda sim, ciente de que aquelas fantasias muito provavelmente tornar-se-ão realidade, de que dessa vez, eu estava disposto a arriscar tudo por uma aventura, por alguns momentos de prazer, não fui capaz de dizer-lhe a verdade. Então menti:
-- É por você estar toda nua e molhada, com a água do chuveiro escorrendo pelo seu corpo.
Acreditando na minha mentira, agarrou-me o falo e o acariciou. Levou a outra mão até o sabonete e o ensaboou. Aqueles gestos me despertaram o desejo. Por uns momentos, fechei os olhos e imaginei tratar-se das mãos de Virgínia. Isso o fez se excitar numa velocidade há muito não presenciada por Mathilde.
-- Nossa! Que vontade! -- exclamou, deslizando-lhe uma das mãos ao redor e a outra apertando levemente os testículos. Mathilde, como muitas mulheres, acreditam que o homem sente prazer ao ter os testículos acariciados e pressionados levemente. Talvez alguns deles até sentem prazer nisso, principalmente aqueles cujo instinto sadomasoquista se manifesta com mais força que os demais. Mas não era o meu caso, ainda mais ali. O prazer era fruto das sensações que o deslizar da mão de Mathilde naquele órgão, o qual era mais intenso por imaginar as delicadas e jovens mão de Virgínia no lugar da minha esposa. Eu vislumbrava as sensações que aquela jovem poderia experimentar ao fazer aquilo, o que fazia o meu deleite se multiplicar. -- Não sabia que ainda era capaz disso! -- acrescentou com grande satisfação.
Não respondi. Preferi, em vez disso, continuar com a cabeça virada para trás, os olhos fechados e devaneando, imaginando que Virgínea, não resistindo ao encanto do meu falo, aproximaria os lábios e o sorveria.
Ah, se Mathilde o tivesse feito! Eu teria experimentado um êxtase sem tamanho. Teria sido um orgasmo tão rápido quanto é aqueles experimentos pelos garotos ao descobrirem o mundo de sensações imensuráveis ao friccionar o pequeno falo. Mas infelizmente ela o soltou e disse:
-- Vamos nos enxaguar e ir pra cama, porque eu já estou começando a pegar fogo por dentro.
Cheguei a amaldiçoá-la por não ter continuado. Mas não havia mais o que fazer. Nem mesmo fugir ao dever de marido, embora naquelas condições eu nem tentaria como cheguei a fazer certa vez. Não havia um porquê. Excitado do jeito que estava, sentiria prazer com Mathilde com há muito não sentira. Assim, saímos do banho, enxugamo-nos e fomos para a cama.
Por pouco não a deixei sem o gozo como acontecia com muita frequência nos últimos anos. Embora ela parecesse mais a fim do que das últimas vezes, isso acabou por apressar ainda mais o meu, pois com o objetivo de torná-lo mais prazeroso, acabei fazer de conta que copulava com Virgínea e Andréa. Aliás, esta última foi quem deu mais veracidade as minhas fantasias. Talvez o fato de já ter transado com ela e meu corpo ter experimentado as sensações do ato com ela, meus instintos tenham reagido de forma mais intensa. Ainda mais ao me recordar do que fizera momentos antes do gozo. Há muito não possuía Mathilde dessa forma. Então abracei-a fortemente e meus quadris subiram e desceram numa força descomunal, como se fodesse um cavalo morto. Aliás, às vezes é maravilhoso foder a mulher da gente como se fosse um cavalo morto, embora aquele não fosse o caso. Talvez se Mathilde não estivesse muito excitada, teria protestado, indagando-me se pretendia parti-la ao meio. Mas ela só não o fez como deixou escapar:
-- Isso! Mais! Mais forte!
Foi quando gozei.
Mas não parei como costumava fazer. Ela estava num estado que eu não via havia pelo menos cinco anos. Nãos seria justo da minha parte estragar-lhe este momento, um momento que talvez ela levasse outros cinco para torná-lo a experimentar e quiça este nem haveria de voltar a ocorrer. Não, eu não podia deixá-la na mão. Então fechei os olhos e imaginei Andréa ali. Meus quadris continuaram a subir e descer embora de uma forma mais mecânica. E apesar de todos os esforços para me concentrar, para manter a fantasia, vez ou outra, devido a demora em Mathilde chegar ao gozo, eu perdia a concentração e pensava: “Anda logo! Ele vai amolecer e você vai ficar chupando dedo. Por quê não goza logo! Por que tanta demora?” Por sorte, quando eu já estava desistindo, pois aqueles movimentos sem o menor sentido e sem vontade alguma tornaram-se tortuosos, ela deu um grito e após breve espasmos, ficou imóvel, exausta, com se perdera completamente as forças.
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