XI
As coisas não andavam na velocidade que eu esperava. Embora continuasse a fazer progressos com Virgínia, o desejo e a impaciência me desesperavam. E para piorar, tive de cancelar o encontro com Andréa na quarta-feira. Aliás, nem cheguei a ir à faculdade. Mathilde não estava se sentindo bem desde o dia anterior, com dores nas costas. Teve dificuldade em dormir e na quarta-feira as dores pareciam mais fortes. Quando saí para o trabalho, sugeri-lhe que fosse fazer uma consulta médica. Telefonei para Úrsula e disse-lhe para levar a mãe ao médico quando chegasse da faculdade. Mas, ao voltar para casa, para almoçar, encontrei Mathilde deitada no sofá assistindo TV. Perguntei-lhe porque ainda não tinha ido ver o que eram aquelas dores.
-- Já estou bem melhor. Só está um pouco dolorido. Até mais tarde já terá passado.
De fato não se via no seu rosto aquela expressão tão característica da dor, como eu vira mais cedo, onde o sofrimento estava estampado em seus olhos. Ainda sim insisti para que fosse ao médico, ver a origem daquela dor, já que estas não aparecerem assim do nada, como num passe de mágica. Embora não quisesse alarmá-la, cheguei a alertá-la:
-- Isso pode ser sinal de algo mais grave. Deixa de ser teimosa como uma mula. Vá ao médico. Temos plano de saúde. Não vai te custar nada.
-- Eu já falei pra ela – asseverou Úrsula, a qual desviou os olhos do celular. -- Mas o senhor sabe o quanto ela é teimosa.
Infelizmente, Mathilde, além de ter uma teimosia muitas vezes irritante, era daquelas pessoas que só procura um médico quando está morrendo. Muitas vezes eu quase tinha de arrastá-la ao consultório para fazer uma consulta. Nos últimos anos, para fazer um check-up, eu tinha de marcar as consultas e levá-la.
Por volta de quatro e meia, Úrsula me telefonou dizendo que a mãe não estava bem e sentia muita dor. Disse-lhe para pegar um táxi e levá-la ao ao hospital, mas Mathilde insistiu que eu fosse pegá-la em casa, pois não conseguia nem mesmo andar.
Encontrei-a deitada no sofá muito abatida e gemendo. Olhou-me com olhos tristes e sofridos. Disse-me estar com muita dor, como se alguma coisa a cortasse por dentro. Acrescentou estar com ânsia de vômito e dificuldade para andar. Por alguns momentos senti medo de que fosse algo muito grave, mas depois lembrei-me de Eduardo, meu irmão caçula, o qual sentira a mesma coisa há pouco mais de um ano. Após uns exames, contatou-se que ele sofria de cálculo renal. Talvez Mathilde sofresse do mesmo mal, já que esta é uma doença bastante comum nos dias de hoje, consequência da ingestão exagerada de produtos industrializados, do excesso de refrigerantes e da insuficiência na ingestão de água.
As dores eram tão intensas que ela não conseguia andar por si mesma. Tivemos, eu e Úrsula, de carregá-la até o carro.
Embora tenhamos um plano de saúde, ainda sim o atendimento não é grande coisa. Há um deficit de médicos, o que faz com que os hospitais e consultórios estejam sempre cheios. Além de se perder muito tempo, é preciso ter muita paciência e bom humor para suportar as longas esperas. E era justamente isso que nos faltava naquele momento. Por isso insisti para que Mathilde fosse atendida o mais rápido possível. Cheguei inclusive a falar com a atendente de forma um tanto ríspida, indagando-a se não estava vendo o estado da minha esposa, o quanto ela estava sofrendo. Isso fez com que não esperássemos tanto.
Mesmo sem ter um diagnóstico preciso, o médico, um rapaz novinho, aparentando uns vinte e dois anos, não mais, provavelmente um médico residente, também declarou que possivelmente tratava-se de um cálculo, o qual se deslocara e estava descendo pela uretra. Prescreveu-lhe de imediato uma medicação intravenosa para aliviar a dor, a qual foi ministrada ali mesmo no hospital por uma enfermeira de meia idade, e disse-lhe para fazer um raio X em seguida, para confirmar a presença de pedras. Isso tudo levaria duas horas ou mais, já que teríamos de retornar com os exames para que ele confirmasse o diagnóstico e prescrevesse a medicação para ser tomada em casa. Não daria tempo de ir à faculdade. Assim, enquanto Mathilde estava sendo medicada, falei com Andréa pelo WhatsApp. Contei-lhe o ocorrido e disse-lhe que nosso encontro estava cancelado. Ela foi muito compreensiva, contudo, exigiu que fosse transferido para sexta-feira. Sem ter o que fazer, acabei enviando-lhe um “OK”.
“É bom você não aparecer. Aposto com Virgínia vai procurar por ti. Se ela fizer isso, eu te conto.”, escreveu ela.
“Então a gente se fala mais tarde. Estou curioso.”, respondi.
Ela me mandou emoji de uma marca de beijo como despedida. Em retribuição, escrevi-lhe apenas a palavra “bye”.
De fato tratava-se de um cálculo renal. A pedra estava já bem próxima da bexiga. No entanto, haviam outras no rim. Além da medicação, o médico recomendou repouso e disse-lhe para parar de vez com os refrigerantes. Uma das recomendações mais enfáticas foi que bebesse mais água. Apesar de saber que o cálculo renal é capaz de provocar dores terríveis, ainda sim me senti aliviado. “Melhor isso do que uma doença mais grave”, pensei aliviado. Confesso ter sentido medo, temendo tratar-se de um câncer. Nenhuma doença é tão temida nos dias de hoje quanto esta. Ainda se acredita que ela é uma sentença de morte. E apesar do avanço da medicina e das formas de tratamento, muitas vezes prolongando a sobrevida dos pacientes por longos anos ou mesmo levando à cura, o câncer é uma enfermidade mortal, que causa de muito sofrimento. Foi o possível sofrimento de minha esposa que me fez sentir medo. E embora o amor entre Mathilde e eu praticamente houvesse acabado, ainda sim eu não me via sem ela. Os anos de convivência juntos nos tornara parte um do outro. Estávamos tão unidos que uma separação era impensável.
Sabendo que eu tinha o costuma de dormir tarde (devo ter lhe contado em algum momento), Andréa me enviou uma mensagem pouco antes da meia noite, quando eu estava na sala, lendo “Ainda Estamos Vivos”, de J. M. Simmel, o autor preferido de Virgínea. Comprara este volume numa banca de sebo na praça Mauá no dia anterior com a intenção de conhecer a razão dela gostar tanto do escritor alemão. Aliás, não só comprara esse como comprara também “Viver é Amar”, um volume de capa dura marrom, publicado pelo Círculo do Livro, um clube de assinantes, na década de 80. Os dois volumes eram grossos, com ais de 600 páginas cada um, o que me levou a acreditar que o autor alemão gostava de escrever histórias longas. Tanto que, ao ter os dois volumes na mão, ainda na banca de sebo, cheguei a pensar: “Vou levar tempo para lê-los. Só espero que não sejam estórias chatas e idiotas. Não, isso não deve ser; se fosse ela não gostaria tanto assim”. Apanhei o celular e li:
“Ela comentou que não te viu. Estava preocupada. Perguntou: será que aconteceu alguma coisa? Eu disse que não sabia.”
“Fico feliz em saber disso”, respondi.
“Trate de arrumar uma boa desculpa para a tua ausência. Não fale de tua mulher. Isso vai desestimulá-la”
“Ok. Vou pensar. Boa noite!”
“Tô toda excitada, nua aqui na minha cama.”
“Nua?”
“É! Nuazinha! Como vim ao mundo. Pena que você não está aqui. Adoraria ter esse teu pau me satisfazendo.”
“Pára com isso. Vou acabar excitado também”, escrevi de volta.
“Vou me acariciar imaginado que é você, que é tua língua me chupando.”
“Você não vale nada, hein garota!”
“Tô com as pernas bem arreganhadas, imaginando que você está no meio delas. Quer ver? Vou te mandar uma foto.”
“Tá maluca! Não quero ver, não. Isso pode me trazer problemas”, respondi, lembrando que tanto Mathilde quando Úrsula e João Carlos costumavam pegar o meu celular para fazer ligações, embora tivessem os seus.
“Que nada. Você apaga depois. Antes, vai saber o que fazer com ela?”
Nisso, apareceu a imagem de um corpo. Apertei o dedo sobre a imagem e, quando esta baixou, reconheci o dorso dela. De fato ela estava de pernas abertas com os joelhos dobrados. Uma das mãos ia até a vulva, a qual jazia meio encoberta pelos dedos, onde o dedo médio dava a impressão de estar entre os grandes lábios. A foto fora tirada do pescoço para baixo, talvez para se protegê-la. Era uma garota inteligente e sabia o quanto aquele clique poderia comprometê-la. Olhei para a foto por alguns instantes, contemplando a beleza e a jovialidade daquele corpo. Tal imagem misturou-se às minhas lembranças de nossos momentos nos motéis e outras tantas criadas pela minha própria imaginação; não pude conter a excitação. Em pouco tempo meu falo vibrava por dentro da roupa, como se diante dela.
“Você não presta, garota”, escrevi.
A resposta veio imediatamente:
“Aposto como ele já tá duro e tua cabeça cheia de fantasias”
“Boa noite”, escrevi e levantei. Precisava bater um punheta.
Pensei que ela fosse me deixar em paz, mas adivinhou o que eu estava por fazer.
“Vamos nos masturbar juntos. Você imaginando que me fode e eu que sou fodida por você. Se precisar te manado mais umas. Quer?”
“Não”, respondi.
Ela também não me enviou mais nada. Tranquei a porta do banheiro, tirei a bermuda, arriei a cueca, e, segurando o celular com uma mão e com os olhos fixos naquela imagem, masturbei-me com a outra. Cheguei a desejar, como teria feito um rapazinho, que ela me mandasse mais fotos. Hoje em dia isso é muito comum entre os jovens. Eles inclusive chamam isso de “Nudes”. O problema é que eu era um homem casado e já estava um pouco velho demais para brincar com essas tecnologias.
Foi um gozo rápido, já que aquela imagem apressou a coisa. Depois de me limpar, enviei-lhe uma mensagem dizendo:
“Não foi tão bom quanto pessoalmente, mas senti prazer”.
Ela por sua vez não me respondeu. Esperei alguns segundos, como não obtive resposta, decidi ir para cama. Antes porém de destrancar a porta fiz questão de apagar não só aquela imagem como todas as mensagens.
Andréa me respondeu quando eu já estava deitado. Ouvi o apito de chegada de mensagens e, imaginado que poderia ser ela, resolvi olhar.
“Desisti. Não consegui gozar, como você”
“Mas por quê?”, respondi.
“Não sei. Estava sentindo prazer, mais aí fiquei impaciente”
“Que pena! Tenta de novo depois!”
Mathilde deu uma mexida na cama. Achei que fosse acordar, mas apenas virou de lado.
“Talvez. E aí? Gostou de bater uma punheta olhando para minha foto?”
“Gostei sim. Mas já a apaguei.”
“Qualquer dia te mando mais”, escreveu ela.
“OK. Mas boa Noite. Preciso dormir. Até amanhã”
Ela me mandou outro emoji. Dessa vez um coração pulsante. Apaguei tudo, botei o celular sobre o criado mudo e apoiei a cabeça no travesseiro. Dormir com os pensamentos de Virgínia. Imaginei-a enviando-me uma foto como fizera Andréa e fazendo aquelas coisas que a amiga me confessara pouco antes. Por fim porém, cheguei a conclusão de que Virgínea jamais teria coragem de fazer o mesmo. O que havia de pudor numa faltava na outra. “ela tem um quê de timidez, de recato. Não é despudorada, sem vergonha e ousada como Andréa. Mas quem sabe, quando eu a seduzir? Quando se seduz uma garota, pode se conseguir quase tudo dela. Basta saber usar os métodos corretos. Ainda vou conseguir umas fotos dela assim...”, lembro-me de pensar em algum momento antes de adormecer, de ser arrastado para o mundo dos sonhos.
No outro dia, pouco depois do almoço, Andréa me mandou uma mensagem.
“Boa tarde! E aí? Já pensou no que vai dizer a ela?”
“Boa tarde! Já sim”, respondi.
De fato eu pensara toda a manhã numa explicação para a minha ausência na Faculdade. Havia dito que não tinha o costume de faltar às aulas, portanto, essa minha falta, contrariava a minha afirmação. Ciente disso e temendo que ela me achasse um mentiroso, era preciso ser bastante convincente. Se eu não poderia falar a verdade, nem dizer que meus filhos se sentiram mal, restava-me dizer que eu mesmo não me sentira bem. E por algum tempo aventei o uso dessa desculpa, mas aí me ocorreu que isso poderia me desfavorecer. As mulheres, mesmo de forma totalmente inconsciente, embora não tanto quanto os homens, querem parceiros viris e capazes de gerar filhos saudáveis; portanto, se eu dissesse que não tinha me sentindo bem, isso poderia levá-la a acreditar que eu era um homem decadente e incapaz de lhe corresponder a esses anseios. Uma pessoa pode controlar sua razão, mas aquilo que inconscientemente age sobre si ela não tem controle algum. De forma que Virgínea poderia perder o interesse por mim apenas porque seu subconsciente me veria com alguém incapaz de lhe dar filhos saudáveis, onde seus traços genéticos não estariam preservados. Assim desisti dessa possibilidade. Assim, depois de muito pensar, acabei optando por dizer-lhe que tiver uma reunião importe com alguns empresários e que esta fora até mais tarde e que por isso não deu tempo de ir à faculdade. Foi o que escrevi para Andréa.
“Parece uma boa ideia. Isso te faz parecer alguém importante”, respondeu ela.
“Foi o que pensei”, escrevi de volta.
“Nós, mulheres, gostamos de homens bem sucedidos. Isso vai te ajudar.”
“Ok. Até mais tarde”, respondi, querendo encerrar a conversa por ali. Além de ocupado, não sentia vontade de ficar conversando com ela. Aliás, não era do tipo que gostava de ficar usando o WhatsApp para jogar conversa fora. Preferia um cara a cara.
“Tá sozinho aí?”, perguntou.
“Tô. Por quê?”
Fez-se um breve silêncio. Nisso apareceram três imagens. Não me foi difícil deduzir do que se tratava. Em seguida, veio a mensagem: “É só pra te deixar com mais vontade”.
Por alguns instantes, pensei em não clicar sobre elas, como costumava fazer com aquelas mensagens que os amigos e parentes mandam para a gente. Nunca perco meu tempo visualizando-as. Na maioria das vezes são coisas sem noção, sem relação alguma com meus interesses. Todavia, a imagem da foto que ela me enviara na noite anterior veio-me a memória e a curiosidade falou mais alto.
Cliquei sobre a primeira foto.
Era uma bela imagem.
Andréa estava deitada de burços na cama, apoiada sobre os cotovelos, diante de uma revista, onde uma das mãos, com dois dedos curvados para frente, na direção dos lábios, parecia sustentar o queixo. As pernas, dobradas nos joelhos, estavam quase na vertical, pendendo um pouco sobre as nádegas. Não olhava para a revista, dando a impressão de ter interrompido a leitura para fixar na câmera, ainda sim seu olhar era penetrante e extremamente sedutor. Os cabelos desciam pelos ombros e paticamente cobriam-lhe os seios, embora pudessem ser vistos através dos espaços entre as mechas de cabelos. Assim como nos olhos, havia um quê de sedução no esconder dos seios, ainda mais quando se sabe que seus seios são belos como os de uma ninfa. Era uma fotografia extremamente bonita, como se tirada por um profissional. Não havia o menor traço de vulgaridade ou algo que denotasse tratar-se de uma foto com o objetivo de estimular sexualmente os homens, como ocorrera com a que ela me enviara na noite anterior.
A segunda fotografia também a mostra de perfil e de bruços; no entanto, enquanto na primeira ela fora fotografada quase de frente, nesta Andréa fora de lado. Os braços estão espichados para frente, as nádegas estão levantadas, numa posição extremamente sensual. Só é possível ver uma das coxas, já que esta encobre a outra; também só é possível ver parte de um dos seios, o qual está espremido entre o dorso e a cama. O rosto jaz virado para o lado, para a câmera. O olhar é mais sensual, mais penetrante que o da primeira imagem. Embora não se possa dizer que se trate de uma fotografia pornografia, há um erotismo bem explícito. As nádegas levantadas parecem convidar o parceiro a segurá-la por trás, pelos quadris, e a penetrá-la; os olhos também deixam essa impressão. Se a primeira imagem pode, inclusive, ser estampada numa publicação para adolescentes, esta é do tipo que se encontra nas revistas voltadas para o público masculino e maior de idade.
Quanto a terceira fotografia, se parece com a que ela me enviara na noite anterior. A diferença é que nesta ela não fez questão de esconder o rosto; aliás, ela parece sorrir para a câmera enquanto morde o lábio inferior. Vê-se Andréa deitada na cabeceira da cama, apoiada no travesseiro. Ela não está totalmente deitada; parece um pouco sentada. Talvez seja a forma com que a foto foi tirada. Uma das pernas está esticada, embora só é possível ver parte da coxa, e a outra está dobrada, quase tocando o dorso na lateral. Do mesmo lado, o braço está para cima, dobrado sobre a cabeça, e a mão segurando parte dos cabelos. O outro braço, o esquerdo, está um pouco afastado do corpo e dobrado também, passando acima do seio, de forma que a mão, quase do mesmo jeito que na primeira fotografia, toca-lhe o pescoço. É possível ver os seios perfeitamente, com todos os detalhes. Mas não é isso que chama a atenção nessa imagem. É a vulva. Não há a menor presença de pelos. Cheguei inclusive a ampliar a imagem para ver se ela se depilara com um aparelho de barbear ou coisa parecida, mas não me pareceu. Tive a impressão de que eles simplesmente foram arrancados. Provavelmente ela usou a depilação com cera quente ou algum outro método para arrancá-los. Ao me dar conta disso, senti um calafrio só de imaginar a dor. “O que as mulheres não fazem pela beleza?”, indaguei com meus botões. O fato de não haver nenhum pelo ali, mostra a vulva como a de uma menina, com a diferença de que se trata da genitália de uma jovem de vinte e poucos anos, cujos lábios são grandes. Aliás, talvez por as pernas estarem afastadas, os grandes lábios não estão totalmente colados. A fissura está um pouco aberta. Como a câmera não a fotografou exatamente de frente, não se pode ver os pequenos lábios e nem mesmo o orifício do canal. Mas nem precisa. A imaginação completa o resto.
Se por um lado as duas primeiras imagens tem por objetivo mostrar a beleza e a sensualidade daquela fêmea, retratando uma jovem bonita, dotada dum corpo perfeito, esbanjando saúde e formosura, na terceira, isso não só é levando às últimas consequências como também tem por objetivo aguçar os mais primitivos instintos masculinos. Nesta, Andréa não quer mostrar beleza e sensualidade, mas despertar volúpia; que mostrar que não é só uma mulher bonita e interessante, mas uma fêmea desejada e capaz de proporcionar prazeres indizíveis. Posso não ser um homem de grande inteligência e esperteza, mas não há a menor sombra de dúvida que ela não só escolheu de forma muito bem pensada essas fotografias como quis me despertar sentimentos que eu pretendia reservar para Virgínia. Por um momento cheguei a cogitar a possibilidade de que ela estivesse com a intenção de desviar o meu interesse na amiga para si.
Por alguns instantes, olhei admirado e impressionado aquelas fotografias. E talvez continuasse com os olhos fixos nela, se Andréa não tivesse me perguntado:
“Gostou?”
“Muito bonitas”, respondi de volta.
“Outra hora te mando mais. Tenho muitas.”
“Quem te fotografa?”, perguntei. Estava mais do que claro que alguém a fotografava e que esta pessoa, se não fosse um profissional, era alguém com conhecimentos de fotografia.
“Minha prima. Ela é fotografa. Quando vem aqui em casa, tira várias fotos minhas.”, respondeu.
Pensei em perguntar-lhe mais sobre essas fotos, mas achei melhor fazer isso pessoalmente. Talvez não o fizesse mais tarde, mas deixasse para fazer quando estivesse com ela no Motel. Ali, as sós e mais à vontade, ela se abriria mais e contaria tudo.
“Ah, sim! Vou apagá-las daqui a pouco. Não posso deixá-las no meu celular”, escrevi.
“Tudo bem.”
“Até mais tarde”
“Até mais. Bjs.”, escreveu ela.
De fato pensei em excluí-las, mas não resisti a tentação de conservá-las. De fato guardá-las no meu celular seria arriscado demais. Por isso fiz o download e depois enviei-as, via bluetooth, para o meu notebook, no qual eu as armazenei numa pasta oculta, onde dificilmente alguém conseguiria encontrar. Só então apaguei-as do celular.
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