Imagine que estou acariciando seus seios. Passo a língua em volta dos bicos, sem ir direto a eles. Permaneço ao redor incitando todos os pêlos. Mordo com os lábios a afronta de teu desejo, já duros e salientes... estão em minha boca e o sabor inunda todo gosto de ti. Desço até o umbigo, acariciando tua pele trêmula de prazer. Delimito o elástico de tua calcinha, com a língua percorro as marcas de sol e de roupa e te deixo outros sinais de meu tesão.
Agora subiste em cima de mim e começaste a lamber minha orelha, ouço a sinfonia de tua saliva enquanto arrasta tua vagina até a altura exata de meu pau. Roça provocante minha libido escancarada. Viro-te de novo e beijo teu sexo com doçura como quem sabe o caminho pois tu mesma propôs o passeio com os dedos e eles aprenderam a identificar tua sensação, teu ponto mais forte e por isso fraco...
Volto a te tocar. Os dedos já provam de seu líquido, sabem da intensidade e excitam o corpo, já preparado para o infinito de teu furo e tua face, teus sons, os apertos com as unhas. És a fotografia de toda revista proibida e sou teu único leitor
Anuncio a penetração, esbarro em teu oráculo de propósito ou por acaso. Cada vez mais espesso, não resisto, e entro em você como um touro fugidio, arrombo tua voz virgem e a força acontece leve, nobre e perversa. Entro e saio. O suor preenche o vácuo, dá brilho aos corpos duvidosos entre o carinho e a violência. E longas são as entradas, a ligação biológica entre nossos seres no encaixe perfeito daquilo que dou, daquilo que dá.
Peço pra que monte em mim, sobre meu corpo desenvolva tua cintura, mexa como puta e libriana, rasgue como hímen e folha, rebole suave na vantagem de ser quem conduz. E me desrespeite. E me faça gozar. E endureça. E arrebente todo tesão em mim de uma vez pra sempre.
Homem. E tu, mulher. Na prova orgânica de nosso afinco estremecer. Pernas bambas. Imagino-te inteira molhada de pernas abertas ao relento. E eu: movimento incessante e calmo prestes a pisar no céu de areia.
Geme ultra sons pro meu prazer decifráveis e sei que vou contigo, juntos iremos gozar. Aguardo. Me aguarda. Sem precisar exclamar, sorrir ou desnudar. Vamos juntos nos encontrar na respiração ofegante, no útero infiltrado, na suprema sensação do grito de amor animal. E o mundo que se dane!! Somos deuses em conjunção. E grito alto, berro no teu ouvido o gozo exaurido pela boca da alma carnívora.
Ouço você. Treme em meu colo, atira-se em meu oceano raso e gozamos, juntamos os líquidos e findamos no sono leve e sutil.