As vezes chego em casa, você nem precisa pedir, basta me tocar...
Deito a carne em seu leito assistindo a tua fera incontrolável tirar-me a roupa rasgando o peito, mordendo a boca em desejos, roçando o corpo todo fogoso nos meus pelos castanhos, brancos...
Não há o que enxergar... À noite não há luz e o único barulho do silêncio quem faz, são os sussuros gemidos em palavras, que murmuram nomes e encontros esforçados num cansaço que o cio deixa esquecido na hora da i nsanidade vôraz, que detalha todo o ambiente.
As respirações ânsiosas,
As penetrações compaçadas,
O calor pauseado vai lavando os seios já molhados pela boca, que se mostram rijos.
O cheiro que excita na vontade que multiplica.
São tantos verbos repetidos ao ouvido,
São tantos gestos atrevidos, que deixam as roupas fora do tercido, que deixam qualquer um enlouquecido.
Não há mundo,
Não há religião ou proibido. Tudo é permitido, é repetido, é repetido sem pudor numa necessidade que ambos escolhemos.
Tudo é repetido, tudo é repetido até ambos estejamos em satisfação e cansaço vencidos.
O tempo nos permite o olhar, que as mãos traduzem em silêncio, nitidamente no escuro, toda a emoção que se sente.
Todo o amor acrescido no prazer que não se mente. Faz bem a alma, faz bem demais te querer.