Entre por essa porta,
Deixa a luz acesa, enquanto a roupa fica sobre a mesa.
Solte o seu cabelo e venha arrastando as unhas pelo chão.
E quando me encontrar na beira da cama, não diga nada além do que os seus olhos vão falar.
Beije a minha boca, morda os meus lábios e sinta a minha pele quente na tua escaldar.
Esqueça a cabeça, dei-me a intimidade, enquanto te libertas das convenções sociais.
Me ame de qualquer jeito.
Não é proibido, tão pouco será pecado.
Não há defeito. Não há o que se negar
Se eu te amo, e sei te amar.
Sinta-se solta. Pois no escuro não tem muro.
Invente palavras ordinárias, doces ou sanguinárias.
Deixe que eu te molhe de vinho, que eu te lambuse de leite...
Antes de qualquer coisa sinta que eu te respeite.
E sob os ímpetos do gozo, que o prazer nos revela na hora que passa, deixe que eu te diga, enquanto te quero, que o meu amor é puro e sincero. Por isso só a você espero desatar-se do colo das horas e comigo mover o dia.