ATENÇÃO!!! Este conto é proibido para menores de dezoito anos. Caso sejas menor de idade pare de ler AGORA!!! Se tu estás lendo isto é por que resolvestes continuar... o problema é teu!!!
Adolf Hitler - Der Führer.
A Curra - um MACRO-conto.
- É hoje!!!
Olhei pra fora festejando a chegada do novo dia. O sol pareceu-me brilhar de uma forma excepcional esta manhã. Levantei-me. Estava só de cuecas (como sempre durmo) e fitei o Joca que me olhava de modo enigmático. - É hoje meu caro! Putaquepariu é hoje! Gritei assustando-o e fazendo-o bater as asas apressadamente enquanto deixava a minha janela. Que passarinho estranho... Toda a manhã ele pousa no peitoril e espera que eu acorde. E o pior é que nem gosto muito de pássaros. Frango à passarinho sim, é uma delícia, mas esse bichos cagões alados, que ficam a cantar e espantar meu sono toda manhã, defecando e esparramando sua merda fétida pela minha janela?! Sai fora!!! Xô!!!
Porém o Joca era diferente. Ele era velho, suas penas já não possuíam o brilho necessário para atrair a atenção das fêmeas e há muito desistira de cantar. Era o meu escudeiro. Às vezes chegava em casa ao amanhecer e lá estava ele de prontidão, como que me esperando/reprovando. Sentava-me então a beira da cama e lhe contava a minha noite, as trepadas que dera, as mulheres que não comera, o peido que dera na hora de beijar fulana e fizera um barulho que superou o som da música, as conversas com os amigos...
Joca me olhava irriquieto e ficava pulando de um lado para o outro da janela enquanto o resto do passaredo preocupáva-se em cantar, comer e foder (não exatamente nesta ordem). Quando ficava interessado no assunto soltava um pio como a perguntar - E ai?!. E prosseguia então minhas narrativas até ficar com sono quando pegava uma porção de alpiste, colocava no canto da janela e ia dormir. Ao acordar ele normalmente tinha ido embora. Se tinha gostado da história nem cagava no peitoril.
- Porra Joca! Justo hoje que estava disposto a te contar meus planos da noite?!
Que se foda! Espreguiçei-ne e fui lavar a cara. Meu rosto estava uma merda! Estiquei a língua colando minha cara no espelho e senti meu bafo de cerveja e calabreza. Caralho, que bafo horrível! Mas todo mundo é assim. Lembrei uma vez que comera uma loura fantástica. Passamos a noite inteira fornicando e caímos exaustos ao amanhecer. Ao acordar ela estava me fitando e perguntou: - Você me ama? Aproximando sua boca da minha. Pensei que ia morrer. Abraçei-a e apertei sua bunda enquanto tomava um ar. - Sim querida, eu te amo! (Amo todas as mulheres que como e as que não comi também). Beijei-a, as nossas salivas pastosas, azedas, amanhecidas, se trocando.
Devia ser proibido as pessoas dormirem juntas. Mulher só deveria ser vista após ter se levantado, lavado o rosto, escovado os dentes e se emperequetado toda. A rotina mata as pessoas, sufoca qualquer sentimento. Tive uma amiga (como se fosse possível um homem ser amigo de uma mulher!) que me confidenciou outro dia: - Quando o Júlio vai ao banheiro fujo daquela área! Até já convencionamos um sinal. Se alguém está no banheiro o Buda do corredor fica olhando a parede esquerda, caso contrário, a direita. Ela entrava em pânico ante a possibilidade de flagrar seu marido cagando. - Já pensou?! Entro lá e ele está naquela posição em que Napoleão perdeu a guerra?! O tesão vai p´ra o raio que o parta! Na hora de foder só vou ficar me lembrando dele naquela posição, a merda saindo e batendo n´água, o cheiro de bosta e ele fazendo careta... broxante!
Escovei os dentes, lavei a cara e me senti melhor. Sentei na privada e literalmente mandei à merda todo o suco de cevada e aperitivos consumidos na noite anterior. Lembrei de Cátia... essa não perde por esperar! Ontem só não a comi por causa da Silvia. Resolvi juntar forças e acumular minhas energias para esta noite. Optei por tomar um desjejum leve e me dirigi à cozinha: Suco de laranja, pão integral, ricota e, e, e ... Ah! À merda esse desejum leve! Me dá pão francês, ovo, bacon, queijo e leite que não estou muito a fim de me preocupar com essas coisas de velho!
Olhei o relógio na parede: 9:35 hs! Puta merda! Estou atrasado para a faculdade ... aulas às 10:00! Professor um pé-no-saco! Tô fodido!
Procurei uma calça no monte de roupa que estava largado ao pé da cama. Achei uma meio-amarrotada mas que dava para usar e vesti-a... O tênis ... bom, dava pra disfarçar, estava só meio-sujo. Vesti uma camiseta discreta... quem sabe o professor não nota minha chegada?!
Ainda bem que me condicionei a estacionar o carro pronto para sair! Mesmo quando chegava em caso torto de bêbado eu paráva-o ali... na mesma vaga, na mesma posição (exceto quando o vizinho do 607 chegava mais chapado que eu e estacionava na minha vaga). Bastava entrar, ligar, acelerar e pronto! Sem perda de tempo com manobras! Descobri inclusive que sou melhor de baliza bêbado que sóbrio...
No pára-brisa um bilhete:
Lucas meu amor!
Ti liguei ontem mais não ti achei! Estou morrendo de saldades.
Preciso ti ver! Vamos sair hoje?
Beijos,
Míriam.
Ao lado da palavra Beijos tinha um beijo de baton. Coisa mais brega! E cheio de erros de português!!! Argh!!! Míriam, hum... menina bonita, corpo perfeito, os olhos eram de um verde quase critalino, pele macia, cabelos compridos mais negros que a própria noite. A tez era de um jambo na medida! Boa trepada! A mulher fazia maravilhas na cama! Chupava, sentava, lambia. Dava de pé, de lado, de quatro, até de cabeça para baixo! Outro dia eu conto... Boa trepada! Uma noite com ela era passagem certa para a casa dos prazeres sem direito a devolução da mercadoria por insatisfação. Claro que eu não deixava a bola cair! Se ela pedia de quatro, eu metia e depois de fodê-la exautivamente nesta posição, levantáva-a (comigo colado a ela) e dava uma volta pelo quarto, parando em cada canto e usando todos os moveis como apoio para variar nas posições! - Mete meu amor! Você me mata! Ai, vou gozar! Vou gozaaaaaarrrr!
Porém esta noite não! Esta noite era de Sílvia! Amanhã talvez, Míriam! Amanhâ te como até o sol raiar!
Sílvia apareceu na minha vida meio que de repente. Eu estava na biblioteca estudando para uma prova fodida de Cálculo e levantei meus olhos enquanto pensava - Filho da puta de professor! Não ensina nada e cobra tudo na prova! Ainda bem que eu me garanto e sempre me dei bem nas provas. Até dava cola para os manés que não comiam ninguém, ficavam sentados nas primeiras filas na aula, varavam a noite estudando e me procuravam no dia da prova com cara de bosta - Meu, não entendi isso... Olhando suplicante para mim, como um cachorro que quer sair e carrega a coleira na boca enquanto olha para o dono. - Senta do meu lado! Dizia. E o puto ficava lá, todo aliviado.
De onde eu estava podia ver o hall de entrada da biblioteca e a sala de exposições. E lá estava ela! Me chamou a atenção seus pés (mulher de pé bonito com sandália é a coisa mais linda que existe!). Encarei-os. Sua sandália dava voltas no tornozelo bem feito, rijo e terminava na canela. Fui subindo o olhar. Pernas brancas mas de um tom nada doentio! Bem torneadas e mostando músculos potentes por debaixo. Uma saia bege justa que me permitiu parar para admirar aquela bunda. Bunda?!!! Aquilo não poderia ser chamado de bunda!!!! Era um rabo fenomenal! Projetava-se ali, contrariando Sir Issac Newton e teimando em não cair. Não era grande, não era pequeno... era perfeito! Bem desenhado, sem celulite aparente e de uma firmeza que dava vontade de chegar lá e perguntar - Você me dá licença?! E plaft! Dar um tapa para ver se o mesmo tremia ou não! Cintura fina (mas não muito), o suficiente para ressaltar aquele rabo. Sua blusa era decotada atrás e por suas costas escorria uma cabeleira ruiva que tintura alguma seria capaz de imitar!
Caralho! Se a parte da frente for como a de trás... Fiquei na expectatia. Felizmente ela esta concentrada em admirar alguns objetos da exposição A música do século XX! Um grande engodo de alguém que se julgava sabedor das coisas e resolvera fazer uma mostra com colagens, fotos, capas de discos, vídeos... só com o banal! Como se a música do século XX não fosse formada por algo mais que esse cantores da mídia!
Ela estava observando uma foto do Lovin Spoonfull quando virou-se. Seu rosto não podia ser mais belo. Olhos verde-claros, nariz fino e reto, boca grande (mas não muito), maçãs ro rosto levemente rosadas. Prossegui na minha avaliação/salivação. Peitos do tamanho certo! Com cada mão dá para encobrir um, mas sobra um pouco. Sem barriga aparente. Pernas musculosas, mas nada definido! Talvez dançasse... mas não balé! Aqueles dedos dos pés, sem calos e ossaturas aparentes, sem as deformações que a profissão cobra do bailarinho indicavam que a mesma jamais tinha ficado na ponta do pé.
Quando dei por mim estave de pé caminhando em direção à exposição. Calculei sua altura baseada na minha... devia cerca de 1,75 m com salto. Descontei 5 cm: 1,70 m. Dez a menos que eu!
Mulher como aquela pedia uma aproximação cautelosa, optei por uma abordagrm simples.
- Quem lançou as raízes do psicodelismo? Beatles ou Pink Floyd? Perguntei olhando nos seus olhos.
- Essa pergunta é capciosa! Quando ela falou isso gamei. - Sgt´s Peppers e Piper at gates of dawm são obras irmãs. Paridas da mesma barriga... ela falou isso me olhando de cima a baixo e sorrindo levemente.
- Você se refere à gravadora né?! Tá, eu concordo contigo mas os discos foram lançados com meses de diferença.
- Ah, mas era 1967, o Verão do amor. Os Beatles estavam gravando num estúdio e o Floyd em outro. Lado a Lado. Sabemos que os Fab Four eram ligados em tudo que era música e o Syd Barret era um antena parabólica. Quem garante que não houve uma troca de figurinhas?!
- Então como você classificaria os dois?!
- São discos irmãos. Não na concepção mas sim na proposta musical e na temática que sustenta a ambos. Nos sons que permeiam as músicas. São inovadores.
- Mas você sabe que que se não fosse uma banda descohecida, a Underdog, não teríamos psicodelismo?!
- Como assim?!
- Veja só. Brian Wilson comprou um disco desta banda de garagem. Pirou no som. Era algo mirabolante, realmente fantástico! Diferente de tudo. Compôs então as músicas de Pet Sounds que ele gravou com os Beach Boys (e que é um puta disco!). Paul McCartney ouviu e chegou para o George Martin dizendo - Podemos fazer melhor! E fizeram Sgt Pepper ao lado de Floyd.
- Realmente eu não sabia desta estória...
- Tenho um disco do Underdog. Um dia te mostro. Eu me chamo Lucas.
- Sílvia.
Apertei calorosamente a mão estendida para mim. Unhas perfeitas, dentes perfeitos. Puta merda! Se houvesse a personificação da mulher ideal eu estava de frente a ela. E o papo rolou por mais meia hora...