Caio na mesma cama
que você se esparrama
próximo dos teus lábios carnudos
a serpente viva de tua língua
vem lamber nas mamas
o coração doido de aflição
na nudez da paixão
no corpo a corpo
nossas pernas trançadas
se umedecem no frescor do suor
as mãos apertadas
nos acasalam no instante da dor
somos reatados
na vibração do amor...
quando a noite toma conta
os pêlos púdicos se abrem
na boca pulsante do inferno
e me engole
para saciar a fome
de um delírio febril.
O vermelho,
o sêmen,
a renovação de nossas
vidas.