O Erotismo da Fogueira do Amor
(por Domingos Oliveira Medeiros)
A fogueira do amor, são de toras e gravetos.
Visto pelo lado feminino.
Pelo lado da poesia.
Dos sonetos.
Pelo masculino, fogueira é o amor.
Que trepida, acesa, irradiando, de suas entranhas, o desejo ardente, seu clamor.
Assim nos disse a nossa amante e companheira de artes.
A nossa querida mulher.
Num noite de São João qualquer.
Que é quente como o sol.
O sol que queima e irradia.
Como a chama do amor.
Tanto como a fogueira.
Acesa.
Sem dor.
Mas cada fogueira tem seu calor.
A sua maneira de acender.
É infinita enquanto dura.
A sua chama e a sua forma e as suas cores.
E o seu tom.
Entre o amarelo e o vermelho batom.
Algumas duram muito.
Outras nem tanto.
Mas todas duram.
Não o suficiente para esquecer os gravetos.
Que se perdem quando as toras crepitam.
E se agitam.
Dentro da fogueira.
Mas são eles, os gravetos, que dão a partida.
O início.
O primeiro passo para que tudo pegue fogo.
O precipício.
Até que tudo se acalme.
Vire fumaça.
Brasa que ardia.
Lembrança de uma noite fria.
Que já passou com o seu calor.
Que se renova sempre.
No outro dia.
PS.: Texto inspirado na poesia da colega Olympia Sales Rodrigues, a sol, intitulada, A Fogueira do Amor.
Domingos Oliveira Medeiros