Quem é esse homem surgido em noite fria,
Que arranha meus braços e marca meus seios,
Desliza em meu corpo enquanto balbucia
Estrofes de amor intercaladas com nomes feios?
Quem é esse homem primavera, sol da minha vida,
Que ri de mim quando nua e receosa,
Tento ocultar a fonte do seu prazer,
Disfarçando a ânsia de ser possuída?
Quem é esse homem, que é brasa que é chama,
Que em momentos de ira diz que não ama,
Que tem no peito a marca dos meus dentes,
E na língua os meus beijos quentes?
Quem é esse homem meu universo,
Ser que inspira o tema do meu verso,
Entre os alvos lençóis de minha cama,
Onde cansado adormece dizendo que me ama?