Do passado não me arrependo,
Por ter sido minha maior proeza.
Eternizar eu pretendo,
O feito de magistral beleza.
Surgiu de repente e sem demora,
Meu corpo tomou com eterna fome.
Rijos braços e a boca que devora,
A solidão que meu coração consome.
Não quero que de minha vida parta...
Quero que fique, atrevido, lascivo, mas puro.
Que sacie a minha sede, torne-me farta.
Que me toque, que me possua no quarto escuro.;
Que não me respeite, mas fique rendido,
Em momento sagrado, jucundo...
Que fira meu coração como Cupido,
Ficando a ardente seta bem no fundo.;
Para que eu sinta e saiba o quanto
É doloroso expelir o feto,
Gerado com tanto afeto,
Do VERSO inseminado pelo meu pranto...