Aquele beijo foi sem pecado,
E também aquele abraço,
E o deslizar da mão contida,
E o desejo que havia nos meus olhos.
E também foi sem pecado
Que encostei meu braço no seu braço
E minha coxa roçou a sua
E “sem querer” peguei sua mão.
Foi sem pecado, aquela palavra
Sussurrada junto ao ouvido,
E a vontade escondida nas entrelinhas
Mas saltando clara nos meus olhos.
Foi sem pecado aquela lembrança
Que lhe mandei e aguçou seus sentidos
E a despertou para os meus desejos
E perturbou as horas do seu dia.
Foi sem pecado que nossos corpos se entregaram
Quando buscaram o prazer do amor
Inebriados pela bebida que corria em nossas veias
E pela paixão que estalava em nossos peitos.
BSB19022002