A pele arde em chamas
Enquanto os corpos revolvem
As cobertas sobre os ferrolhos.
Os dois corpos jogam damas
E Sobre a volúpia se resolvem:
São da luxúria ardente os olhos.
A natureza clama os chicotes
E as amarras frias... são correntes
Que desafiam os pulsos ainda fortes!
Os estalares são os açoites
Que não deixam os prazeres dormentes
E lanham a pele com delicados cortes.
Prazer e agonia nesta mistura
De corpos em sexo tão pungente,
Líbido reclusa agora liberta
Em meio de prazeres antes dormentes.
Bem vindos ao caos do sexo livre
Onde ser preso é ser liberto
Das amarras de tudo que desafine
Essa natureza do errado no certo.