Quero simplesmente,
corrigir sua boca torta com beijos castos,
sua pele de fervor que emana néctar,
ilumino-te na cor do ébano, fogo.
Vem tu, que embebeda meu lábio de amor,
o seu sexo: imenso anseio nessas noites de luar,
onde o lume nem me sacode na cama,
só suas pernas enquanto meu beiço deleita na festa de seu corpo.
De volta ao baile, a nossa dança absorta,
minhas mãos estremecem maviosamente,
a serenata é assim improvisada,
no seu ouvido, sussurro, dente, gélido gemido.
Derreto-me em desvelos,
lauto, suas unhas marcam minhas costas,
a labareda luxuriante de minhas pernas entre as suas,
a ação é tênue, como o rebento da alvorada.
Assim, depois, deito-me em seu seio,
a pele ainda quente, o suor, a penugem de sua pele ainda louca,
e não falamos nada, nos olhamos simplesmente com os olhos do amor demais,
e dormimos em meio às testemunhas dos lençóis.