Quando tiramos a roupa, o Universo, espontâneo requinte,
você, minha única diva sedutora que arroba ternura e graça,
que, com garras rouba o poder de minhas mãos sem pedir nada,
todo dançar de meu corpo pertence ao movimento sexual seu.
A opulência de seu corpo nu que aqui manda e desmanda,
eu, modesto maltrapilho carente que obedece calmo e sorrindo,
a suavidade da volúpia carnal de suas ancas sobre meu quadril,
o encanto débil do sussurro confuso de sua boca vermelha, saliva.
Você, a matriz de todos meus desejos cândidos e indecentes,
sim, calor, suamos suor balsâmico que escorre sobre a espinha,
seus olhos são meus tanto quanto os meus são só seus, pupilas.
Digo-te que te amo olhando profundamente seus olhos de mel,
como a fragrância de sua pele loucamente faminta e bendita,
você, minha deusa ninfa de deleitoso néctar da bênção divina.