Sem se assumir poeta,
dizes, com emoção:
“adoro o sabor...
sempre gostei dos sucos que emanam
da mulher – linda flor!
acho que já fui abelha ou borboleta
em outra encarnação...”
Ah, meu amor! não fostes, és
abelha ou borboleta.
Precisas da flor
para amar, viver
e se espalhar.
Flor: sexo da planta,
meu sexo: tua flor.
Suga, sedento, o néctar
da planta que sou
e que cultivas com fervor...
Somos flor e borboleta,
abelha e flor,
nesta feliz encarnação
do mais completo amor!
