Rosa gostou do novo vizinho, homem bem apessoado, mas bastante introvertido. Uma noite, sozinha em casa, descobriu na solidão um jeito de falar com o cara-amarrada.
Vestida, como se fosse sair, bateu à porta ao lado. Peguntou se usava bombril, explicou que o dela estava furado e enfatizou que gostava muito! de usar bombril. Muito mesmo!
Depois de ouvir que usava, sim, receber oferta de bombril novo. Não houve como rejeitar. De volta em casa, não lhe restou alternativa, senão lavar o fogão. Há vizinho que é cego! Ou puto!