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Erotico-->17. NOVA INTERRUPÇÃO DO NARRADO -- 14/06/2003 - 07:18 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Muitas interrogações devem estar sendo levantadas pelos espíritos percucientes. Quer dizer que Lourival sofreu inúmeras alucinações, quais sonhos malfazejos, sem possibilidade de controle pela vontade?

Estamos no domínio da hipnose, realizada sob o amparo de amigos da “Escolinha de Evangelização” do setor “médico” ou “psiquiátrico”. Nada com que o confrade não tenha anuído formalmente. Ocorre que os desejos não são inteiramente satisfeitos, de forma que nem todas as premissas das regressões se dão segundo o padrão genérico.

Se fôssemos discorrer livremente, iríamos ter de configurar imensa série de providências paralelas, em diversos campos de trabalho. Exemplifiquemos informando que todos os efeitos visuais do paciente estão sendo colocados em tela, onde as imagens se “projetam” como são vistas por ele.

Contudo, as normas evangélicas exigem que não haja curiosidade mórbida, devendo todas as entidades envolvidas na prestação do socorro isentarem-se de julgamentos inoportunos, prejudiciais pela emissão de vibrações de caráter inferior, captáveis pelo paciente e transformáveis em sintomas de dor e desconforto.

Não queremos avançar muito neste nível de informações e pedimos vênia para continuar com as apreciações dos eventos periféricos aos dramas em que se envolveram as personagens.

Lourival tem estado conosco para o conhecimento dos diversos acontecimentos que desencadearam as reações hostis às pessoas ou aos espíritos, conforme se sentia acuado em seus estremecimentos conscienciais. Por isso, aproveitamo-nos do acidente que o colocou em estado comatoso, para levá-lo à compreensão das principais dificuldades. Como informamos, não atendeu espontaneamente à oportunidade que lhe estava sendo dada, de modo que lhe solicitamos permissão para a imantação adequada aos sucessos, conforme estamos relatando.

A bem da verdade, no início, o trabalho seguia “pari passu” à narrativa, mas não fomos capazes de elaborar as descrições psicológicas nem de transmiti-las concomitantemente, de forma que, nesta altura dos ditados, avançamos bastante no conhecimento das reações do amigo, podendo afirmar que temos conhecimento do desfecho do processo.

Como se trata de caso verídico, na esfera do tratamento das afecções psíquicas, não estamos imprimindo ao texto valor literário, na busca da beleza do relato como obra que vise a obter sucesso editorial. Mas também não queremos transformar as mensagens em aparatoso tratado científico. Simples trabalho de divulgação de acontecimentos na área espiritual, pretendemos, sim, estimular as pesquisas neste campo do conhecimento, uma vez que todos os encarnados hão de, obrigatoriamente, passar por semelhantes contingências de rememoração das vidas, para a recuperação das memórias, no intuito de se configurarem as linhas mestras da personalidade, que a evolução só se dará à medida que houver completo domínio pela consciência dos processos de comportamento, no campo da moral evangélica.

Não queremos assustar os leitores, mas a verdade é que Lourival é criatura das mais felizes, tendo progredido nos conhecimentos e nas atitudes evangelizadas, quando o mais comum é que os mortais, ao retornarem, sofram perversamente as desestruturações dos procedimentos eivados de valores materiais, havendo muitos que permanecem por séculos (para não dizer milênios) flutuando entre o Umbral mais tenebroso e as reencarnações miseráveis, destemperados pelo egoísmo, pelo orgulho, pela vaidade, pelos vícios e demais espécies de maus hábitos.

Quiséramos adiantar para o querido amigo as informações que nos solicitou, mas deliberou o grupo prosseguir levando avante o plano inicial de que as descobertas deveriam dar-se sob condições emotivas ideais, para que não se abalasse com as revelações. O contrário seria como o que ocorre quando os pais desejam que os filhos tudo saibam e despejam-lhes sobre os cérebros imaturos enorme quantidade de dados, que, mal apreendidos, terminam por causar distúrbios difíceis de tratar, e.g., ostentação do sexo, exposição ao ato sexual, imposições religiosas de caráter dogmático, descrição pejorativa dos responsáveis pela condução político-econômica etc.

De início, como vimos, as impressões das diferentes encarnações se acumularam, segundo sua ordem de importância para o reflexo dos entreveros conscienciais. Aos poucos, os elementos da memória foram reorganizando-se até que chegamos à fase de favorecê-lo com a recordação de cada vida, separadamente, na tentativa da avaliação dos fracassos, caracterizando-se as frustrações e os ajustamentos conseqüentes, para nos utilizarmos de linguagem corrente na ciência psicanalítica.

Lourival deixou-se hipnotizar por lhe termos dado a idéia de que a morte se avizinhava. Sendo espírita dos bons, isto é, aplicado tanto aos trabalhos de assistência caritativa como à leitura das obras doutrinárias, teve o desejo de passar ao etéreo disponível já para o desenvolvimento de tarefas no campo do socorrismo. Eis porque, afavelmente, se colocou em condições de magnetização profunda.

Não lhe demos permissão para investigar os elementos da realidade, de forma que a impressão que lhe restou foi a do trespasse, tendo o grupo ajudado a construir todos os passos lógicos para o enterro, na representação dramática produzida no setor da imaginação. Ajudaram-nos as lembranças dos anteriores trespasses. Mas isto foi tão-só recurso para que alcançássemos os objetivos de levá-lo a considerar os fatos das vidas como coerentes e reveladores.

De qualquer modo, para não transformarmos este narrado em carrancudo texto teórico, vamos prometer dar objetividade às descrições, colorindo-as com as reações psicológicas provenientes das surpresas, dos sofrimentos e dos prazeres, para que os amigos possam ter pálida idéia de como irão reagir quando da sua vez de decifração do mistério.

Que Deus nos proteja neste desiderato!

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