Cerro meus olhos, meu corpo se agita,
Seu corpo aproxima-se como quem avisa
Que não devo temer.
Beija minha boca num delírio,
Rasga minha roupa e, sem pedir licença,
Avança sobre minha inocência,
Ensina a amar.
Vagueia as mãos por sobre minha pele,
Move-se sobre o corpo
Meu, que ardendo em febre,
Entrega os desejos ao seu.
Demora, insinua, desatina meus receios,
Suga meu pequenos seios,
Como quem sorve o néctar
Da mais doce flor.
Abro os olhos e encaro a beleza
Infinita enquanto sobre mim se agita
E destrona meu corpo nu...
Tal qual o seu!