Silêncio, noite sem estrelas, deserta,
Paira no ar um doce aroma.
Ah! Essência do meu homem que assoma,
Envolve-me e a minha libido desperta.
Entra sutil pela janela aberta,
O perfume guardado em cristalina redoma.
Invade-me, voa como invisível paloma,
Revelando os mistérios que o amor oferta.
É como um roseiral em tardes de fevereiro
Expandindo seu forte odor que o vento ligeiro
Traz-me, e desperta no corpo desejos quentes
De me embriagar, nesta noite louca,
Com o vinho que brota de sua boca
Mesclado com beijos dos lábios frementes.