Usina de Letras
Usina de Letras
27 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63533 )
Cartas ( 21356)
Contos (13309)
Cordel (10366)
Crônicas (22590)
Discursos (3250)
Ensaios - (10780)
Erótico (13603)
Frases (52017)
Humor (20212)
Infantil (5657)
Infanto Juvenil (5011)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141419)
Redação (3380)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2445)
Textos Jurídicos (1976)
Textos Religiosos/Sermões (6397)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->AS AVENTURAS DO PADRE DEODORO EM CAMPOS ETÉREOS — I -- 18/07/2003 - 07:55 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

227. De que maneira os Espíritos errantes se instruem? Eles não o fazem, sem dúvida, da mesma forma que nós.

“Eles estudam seu passado e procuram os meios de se elevarem. Eles vêem, observam o que se passa nos lugares que percorrem.; ouvem os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles, e isso lhes fornece idéias que não possuíam.”

(KARDEC, Allan — O Livro dos Espíritos.)


ÍNDICE

Orientação inicial
1. O despertar no etéreo
2. Instantes de solidão
3. O mosteiro
4. Errantes
5. Cativos
6. Em campanha
7. Peregrinação terrestre
8. Na colônia
9. Desagravos
10. Primeiros tempos na “Escolinha”
Obras de referência


ORIENTAÇÃO INICIAL

Teremos a pachorra de vir ditar um livro inteiro? É o que veremos ao cabo de algumas semanas de penoso trabalho, não no que tange a estes deliciosos momentos junto ao médium, que nos ouve com respeito e intenta reproduzir-nos as frases e pensamentos com máximo descortino. Agradecemos-lhe de antemão, fazendo nossas as palavras de encômio que temos ouvido dos parceiros que passaram por esta mesa mediúnica Realmente, a facilidade com que transmitimos a mensagem não passa de pálido reflexo da dureza dos trabalhos, durante a formação dos conceitos e das estruturas a serem concebidas com milimétrico cuidado.

Satisfaremos o interesse sadio do leitor, se lhe dissermos que o nosso nome, apenas para identificação, será o de “Grupo da Renovação”? Pois aí está o nosso protetor didático, o Professor Joaquim, a proclamar que deveremos fazer jus à promessa que se contém na nomenclatura e nos sugere que talvez fosse melhor que nos batizássemos de “Turma das Repetições Enfadonhas”. Brincadeira à parte, sabemos que a responsabilidade de inovar dificilmente condirá com os nossos esforços e capacidade. Em todo caso, no final, se for melhor desdizer o que agora se apresenta como uma esperança de trabalho proveitoso, não hesitaremos em nos apelidar de “Grupo dos Roteiros Frustrados”, ou algo semelhante, pois muito nos estamos empenhando moralmente para o bom sucesso das arremetidas redacionais.

Mas esta primeira manifestação não deve ir muito longe, que as novidades deverão começar a aparecer no primeiro episódio da narrativa rocambolesca. Eis que estamos a justificar o título que prematuramente estamos fornecendo, qual seja, “As Aventuras do Padre Deodoro em Campos Etéreos”. Então, como se verá pelo desenvolvimento, não iremos fustigar os membros operosos da religião católica, senão que temos em mira apenas assinalar, porque testemunhamos, as reações de profunda admiração e desnorteante frustração de personagem recentemente egressa do plano material.

Como iremos caracterizá-lo como boa pessoa, simplória na concepção da verdade existencial do além-túmulo, será preciso, desde logo, que afiancemos que é uma figura ímpar, jamais configurando o paradigma do sacerdócio, muito menos no sentido caricaturesco que se poderia imaginar pelo título e pelas informações preliminares. Mas não vamos adiantar-nos muito, porque devemos resguardar as surpresas para o exato momento em que o leitor se deixar envolver pelo prazer da absorção dos pensamentos e das emoções que a linguagem escrita, quando arquitetada pelos padrões literários mais adequados para atrair o interesse dos encarnados, sói carrear para a obra.

Mais um parágrafo a respeito do nível lingüístico e encerramos. É de todo verossímil que tenhamos a possibilidade de inteirar-nos das expressões idiomáticas eleitas pelos indivíduos, de acordo com o seu clima social. É o de que trata a Sociolingüística, conforme nos informa o médium e do qual iremos aproveitar-nos o mais que pudermos, para não incidirmos nas falhas grosseiras da descompostura psicológica pelos arroubos das falas em evidente descompasso com a coerência que se deve ter em vista, para impregnar qualquer obra de ficção daquelas verdades que a tornam atraentes, por não fugirem demasiado da paisagem cultural dos leitores que temos a pretensão de alcançar. E quando o nosso serviçal, sem nenhum ranço de conotação pejorativa, não souber, no instante mesmo em que estivermos ditando, qual o vocábulo ou torneio frásico mais apropriado na boca das personagens, damos-lhe a liberdade de passar adiante, para, no dia seguinte, retocarmos juntos os trechos mal redigidos, segundo o roteiro definido. Em todo caso, jamais irá o amigo encarnado responsabilizar-se pelo entrecho, senão que dará algum colorido ao contorno, segundo as prescrições das tonalidades que a nós nos cabe integralmente.

Se falamos um pouco demais, se nos estendemos além do conveniente, se nos exprimimos de molde a favorecer mais a crítica do que a compreensão e a admiração, que sempre é muito agradável saber que os terrenos estão embasbacados com a finura de nossa inteligência e com o lavor de nossa composição, não se percam os examinadores mais rigorosos em encontrar nada que desabone a doutrina espírita, porque temos conosco um mestre importante na “Escolinha de Evangelização”, que nos vale como “alter ego”, aquela consciência sempre desperta a revolver a malícia subjacente em todos os arremessos que se querem literários, porque a vaidade, se não estiver indicando-nos o caminho, haverá de nos alcançar, quando suspendermos a tarefa, ao final da jornada, porque contamos sempre com a boa vontade do leitor, que nos perdoará e que nos estimulará com palavras cheias de sabedoria, aborrecidas talvez por não encontrar no texto aquela sintonia espiritual que desejaria consignada, mas sempre evangelizadas pelos ensinamentos de Jesus e pela segurança filosófica de Kardec.

Intimamente, estamos agradecendo ao Pai esta desenvoltura e pedindo que nos sustente o impulso, porque tememos que estejamos pondo muito alto o nível de nossa aspiração. De outra maneira, entretanto, não faríamos jus ao discernimento de quem nos lê com tanto critério e perspicácia, pois são muitos os especialistas em moral cristã, segundo os cânones fornecidos pelo Espírito de Verdade e mais companheiros de excelsa angelitude, conforme se encontram registrados nos livros da Codificação Espírita.

Graças a Deus!

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui