Era madrugada e eu tomava uma cerveja bem gelada, acompanhada de uma 51, num barzinho cheio de brasileiros alegres, numa cidade de interior no Japão. Lá fora nevava e o calor do bar aquecia o meu corpo e a bebida esquentava a minha alma.
Olhando aquela gente bonita se divertindo e vendo a beleza das mulheres que tomavam seus coquetéis, aproveitando aquela hora tardia, as idéias circulavam em volta de mim como células perdidas.
A dona do bar, que me conhecia a muito tempo, viu a minha tristeza e, sem eu dizer nada, me trouxe um pacote de guardanapos e uma caneta.
Pronto... Agora eu estava sorrindo, pois o poeta tinha como trabalhar.
CARLOS CUNHA
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