O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas idéias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que os assimila.
Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transformador reflexivo de aquisições digeridas.
Já se vê quanto vai do saber aparente ao saber real.
O saber de aparência crê e ostenta saber tudo.
O saber de realidade, quanto mais real, mais desconfia, assim do que vai apreendendo, como do que elabora.
PS. Conheci (e amei) Rui, aos doze anos, já no ginasial... O contato com um de seus discursos
"LONGE DOS OLHOS LONGE DO CORAÇÃO"
deixou-me apaixonada pela escrita correta e pela pureza do idioma...
Ah! Este patriota inigualável, junto com Camões,
direcionou-me a alma infantil, rumo às boas letras e ao gosto incessante pela escrita.