1. A vida pessoal de um ser humano deve ser respeitada como parte de sua intimidade.
2. Nem todos os que convivem com a gente e sabem de nossa vida, são nossos amigos.
3. Há pessoas que se dizem amigas, mas não são. Chegam por vezes a ser até companhias interessantes, são visitas de nossa casa, mas não são confiáveis.
4. Há pessoas que são radicalmente fofoqueiras, por temperamento, ou por tendência patológica.
O papel do fofoqueiro é pegar a roupa suja dos outros e estendê-la ao sol para que todos vejam.
Ele leva para ambientes estranhos, o que é nosso. Muitas vezes, distorce, difama até, sem que saibamos. Esse não é amigo, não ajuda. Sua função é espalhar a inconveniência. É persona non grata, mais inimigo do que amigo.
5. Temos que nos acautelar dos "muy amigos", ou seja, daqueles de que falava Jô Soares, daqueles que para participarem do nosso whisky importado se chegam e adulam, mas que desaparecem rapidamente quando deixa de haver whisky.
6. Escolhamos a dedo o limitado círculo de nossos amigos confiáveis e não deixemos que os "muy amigos" fofoqueiros dêm aos outros, de nossa vida, uma versão estranha!