Desculpe-me, se de uma simples frase,
enveredei por uma "história",
mas você que agora me lê pode ser uma dessas personagens...
E, quem sabe, ainda há tempo de perceber
a "furada" em que se está metendo...
Vamos ao meu relato. E conclua por si mesmo...

Creio que por ser o homem.
E quando escrevo
“homem”
refiro-me
Ao ser humano...

Sim... Este estranho ser que habita o planeta Terra.
Como dizia... Por ser o homem um espécime tão raro
e de múltiplas facetas é que a diversidade de opiniões
transborda, e transcende o meu entendimento.
Entre os internautas, então... Nossa!
Nunca vi relacionamentos tão perfeitos.
São tantas declarações de amor...
Almas gêmeas se encontram por aqui, aos montes!
Creio que foi estabelecido o Éden Prometido,
na Grande Rede. Só faltam as parreiras e os jardins,
pois, pelo visto, tudo aqui é tão seco e vazio...
Vejo apenas uma tela de vidro à minha frente
E palavras que dançam no formato do Word. E só!
No entanto, tais palavras podem tornar-se poderosíssimas
ao alcançarem um leitor desavisado que queira transformá-las
numa lição de amor, ou de ódio, dependendo do que seu
ânimo esteja desejando naquele momento.
Diz uma amiga que eu “detono” com as palavras.
Mas confesso que me é realmente impossível ficar quieta,
diante de algo “tão irreal”,
como o é este mundinho chamado “virtual”.
Aliás, eu nunca vi, em meus tantos anos de vida,
Tanto amor rolando... E de todas as formas e posições.

Há o amor paixão.
Amor platônico.
Amor transcendental.
Amor de outras eras.
Amor de casados que não é infiel
Por transcender a matéria...

E as frases mais diversas:

Eu te amo!
Eu te adoro!
Jamais vou te esquecer!

Carambolas...
Há algum tempo, num desses flogs, acompanhei
O romance “público” de um casal.
E por uma dessas “sintonias inevitáveis”
as “almas em luz” se encontraram e foram,
aos poucos, declarando o seu amor...
Era amor pra ninguém botar defeito.
A perfeição!
Uma Luz Única... Segundo eles, os protagonistas...

Eis que
De repente
Não mais que
De repente

os mocinhos começaram a se telefonar
e inteirar-se da vida um do outro...
E o Grande Amor...
Catibum!!! Bum!!! Bum!!!
Foi-se...

E sozinha
Chora
Desconsolada
A mocinha...

Ai! Ai! Ai!
Quando acontece com “pré-adolescentes”
É compreensível, sim...
Mas com gente madura
que tem um legado a passar
para os filhos?
Aí a coisa muda de feição.
E creio que se trata de algo
Que está muito além
de uma simples carência,
Mas que já alcançou
as raias da demência.