Sente-se, espalha-se no ar
algo que se abre ao infinito,
silêncio que almeja o grito
na hora gota a gota a transbordar.
Temem que a Pátria, que se embalou num belo sonho e logo adormeceu num longo pesadelo, estremeça e acorde repentinamente em dealbante alívio. E temem porquê? Porque, senão silenciarem-se ou escapulirem-se, não têm forma de justificar a escandalosa locupletação que protagonizam.