Literatura, diz o adepto dessa corrente, não tem método, tampouco é racional. O que vale é sua “anarquia” subjetiva. Através dela, se violam forma, conteúdo e ritmo. Fluxos catárticos são suficientes. Nessa perspectiva, em nome do gosto, qualquer tolice, qualquer bobagem pode ser justificada. Calha bem, portanto, aqui, a tirada irônica do mestre Guimarães Rosa: “pão ou pães é questão de opiniões”
Literatura, sei muito bem, não é ciência, não é algo que se aplique, digamos, a um empirismo lógico, a um racionalismo crítico. Reduzi-la a elementos constitutivos não a revela pura, ou seja, verdadeira, absoluta.
Por outro lado, circunstâncias sentimentais, devaneios babosos, legitimação de vazios, rituais linguageiros são, sem dúvida, a negação da Literatura.
Lídimo Poeta, verdadeiro Escritor, problematizam este gigantesco oceano de vidas e, conectados com o sensível lúcido, consciente, entoam a marcha: “Vamos, Tanatos não é invencível. Charlatanismo poético/narrativo também não”.