A porcaria da velhice faz a gente tomar atitudes inimágináveis. Na minha juventude não existia esse negócio de tomar remédio para fazer a piroca crescer. Macho que era macho tinha que praticar a levitaçào peniana com a força do seu próprio pensamento. Se bem que naquela época também não havia a AIDS. Uma gonorréia de gancho (aquela que deixa a cabeça do pau torta) era o que existia de mais grave no sub-mundo das doenças venéras. Mas voltando ao tema, esse negócio de tomar remédio para endurecer a geba (afinal, é "geba" ou "jeba"? Se vier do tupi-guarani, tenho certeza de que é com jota), no máximo, era coisa de porrado, que tomava uns gorós para poder encarar a patroa enrugada e carcomida pela velhice e pela quentura diária do fogão.
Hoje em dia, até adolescente de quinze anos está tomando esse tal de Viagra para ver como é que é. Isso é o que se chama repartir injustamente o pau, digo, o pão. Os velhinhos caquéticos, que recebem mal e parcamente um salário mínimo do governo (anota aí: não é mal e porcamente e sim mal e parcamente), eles que deveriam se beneficiar de tal avanço terapêutico, ficam literalmente com o pau na mão e ainda por cima mole.
Diante de toda essa novidade, eu, apesar de não precisar dessas coisas, tal qual o curioso do adolescente de quinze anos supracitado, resolvi, um dia, experimentar a pílula azul para ver qual que era a dela. Foi num sábado, depois de um arrasta-pé na casa do compadre Asterix (lembrem-se de que eu formo um trio com o Pá e com o Asterix. Qualquer dúvida leiam o artigo "Quem sou eu"). Havia umas gostosinhas pulando a noite toda com aqueles peitões tipo gelatina Royal (gelatina Royal é durinha e natural) e, devido à minha fama, ficaram me dando o maior mole. Moral da história: fazia-se mister eu dar uma dura pelo menos numa delas. Aí pensei em aproveitar e usar a azulzinha, já que eu tinha gasto uma grana violenta com ela. Cheguei, dei aquela cantada ao melhor estilo Zé Bonitinho (o perigote das mulheres) e pareceu um arrastão do amor, com todas caindo, ou melhor, querendo cair na minha rede. Escolhi a que tinha o siri de forquilha mais protuberante e a face mais sem-vergonha e a levei comigo para o meu Mustang cor de sangue (ou seria um Corcel cor de mel? Fiquei na dúvida. É que até hoje ainda tenho esses dois modelitos jurássicos de carro lá na minha casa).
A gatinha entrou no carro e começou a querer mostrar suas habilidades de "crooner", talvez querendo transformar o trio num quarteto ou simplesmente para praticar uma felaçào esperta. Desabotoei a barriguilha e desembanhei o Iosif mané para dar chupeta pro beber não chorar. Como a mulher realmente era uma jararaca, dar-lhe chupeta para não chorar teve tudo a ver. O que me pareceu estranho foi que mesmo com toda aquela sucção, o danado do Iosif resolveu não endurecer. Pera lá! Pera lá! Não é o que vocês tão pensando! Eu sou macho pra cacete! O que acontece é que meu Iosif é inteligente à beça e, sabendo que eu tava com Viagra no bolso, resolveu criar resistência só pra validar o uso. E eu usei...
Cheguei no quartinho que alugava (dividia o aluguel com o Pá e o Asterix pra de vez em quando levar umas presas pra lá), coloquei a mulher no chuveiro pra tirar aquela nhaca de suor de festa, fui até a cozinha, coloquei a pílula na boca e tomei um copo d água. É aí que eu te digo que sou macho pacas. Foi só eu acabar de tomar aquela porra daquele remédio e o pinto subiu que nem um foguete. Mas não era um foguete qualquer; era um foguete teleguiado, daqueles que seguem o calor do corpo para acertá-lo e explodir. Meu peru começou a me puxar para o banheiro e eu tive de ir. Chegando lá, a gata tava peladona e exalando sexo. Minha piroca me arrastou até ela e eu comecei a agarrar na sua perna e a fazer como fazem os cachorros na rua (movimento repetido de tira-e-bota). A mulher, que já estava topando qualquer negócio se abriu pra mim e eu botei. A fiz gozar uma, duas, três, quatro, ..., vinte, vinte e uma...até que fiz a bichinha desmaiar, toda esfolada, tadinha. E eu nada de baixar o tesão. Continuei fazendo aquele movimento de cachorro de rua. Qualquer buraco que aparecia na minha frente, o pinto teleguiado queria entrar. Quase fiquei entalado na torneira, quase fiquei capado, quando o calor da boca do forno, fez meu pênis disparar até ele.
Enfim, nunca mais quero saber desse negócio de pílula da ereção, Esse negócio de disfunção erétil né comigo não, xará!!
A mulher? Bem, a gata acordou dois dias depois, ainda exausta e saciada. Quando me viu ao seu lado, me deu a mão e eu carinhosamente a segurei e conduzi ao meu pênis ainda duro. Ela voltou a desmaiar. Isto já vem acontecendo há dez dias. Já foram cinco ciclos de äcorda, dá a mão, conduzo-a ao pau e ela desmaia". Ainda bem que a despensa aqui do quartinho tá cheia. O Pá e o Asterix tiveram que ir a uma turnê no Acre sem mim, pois estou tendo que ficar nessa até que a galinha se recupere do trauma e o meu pau definitivamente volte a ficar sob controle, o que acontecer primeiro.