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Humor-->Sorgo -- 02/05/2003 - 00:06 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Batalha



Ele vinha apressado com seu cavalo, fugindo sabe-se lá do quê ou perseguindo sabe-se lá o quê. Passou por entre as árvores por pura sorte(ou acaso, se preferir), pois já havia escurecido há algum tempo. Pra piorar tudo, começava a chover. E muito.
A água da chuva rapidamente transformou tudo em lama. E, não satisfeita, continuou a castigar as plantações de sorgo.
Ele, ignorando os obstáculos, tentava ir cada vez mais depressa no cavalo, mas não conseguiu fazer uma curva fechada e acabou batendo de frente com uma árvore.

Não muito distante dali, um jovem corria. Era possível ver o desespero estampado em seu rosto. Seus pés afundavam na lama até o tornozelo, dificultando bastante o progresso. A todo instante, olhava para seu relógio, o que parecia lhe causar uma angústia ainda maior. Mesmo assim ele corria. Ou ao menos tentava...
Avistou uma figura escura, no chão a alguma distância de onde estava, mas certamente demoraria ainda algum tempo para chegar até alí...

A batalha já havia começado. Era atrás disso que os dois corriam.
Todos os outros já haviam chegado há algum tempo e a pancadaria estava rolando solta.
As baixas dos dois lados da disputa eram grandes, mas só terminaria quando houvesse um vencedor.
Três de um lado, um do outro. Muitos já estavam sem condições de continuar, mas persistiam.
O lugar da batlha, um descampado aberto, foi bastante prejudicado pela chuva insistente. O que antes era vegetação rasteira se tornou pura lama e poças d água. A água descia cortando o rosto dos presentes, e dificultava ainda mais a movimentação.
Era difícil identificar o que estava havendo, mas ao menos a chuva diminuía. Quando parou por completo, tornou-se possível ver algo.
Travavam uma batalha homem a homem, sem armas, mas com um tipo de armadura. Suas proteções, entretanto, já estavam sem grande utilidade: ou haviam sido arrancadas ou não eram suficientemente fortes para resistir aos impactos.

Ele, continuava a olhar seu relógio desesperadamente, e encontrou o corpo que havia visto. Era o homem do cavalo, mas o animal havia fugido.
Felizmente, estava consciente. Com ajuda do outro, levantou-se e foram andando, até que chegaram ao campo de batalha algum tempo depois...

- Porra Marcão! Isso lá é hora? O jogo começou às seis e você chega às sete?
- Foi mal, é que meu relógio parou, e isso me atrasou... além disso, tive que parar pra ajudar a besta do Barbosa, que caiu do cavalo. Agora, porque é que ele atrasou...
- Ah, isso é uma loooonga história... - disse Barbosa.
- Que outra hora você vai contar! Agora vão logo colocar os uniformes porque nosso time tá perdendo de três a um, e o jogo tá valendo uma caixa de cerveja...


Bruno Marcão - abril 2003
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