"De acordo com o método evangélico de reorientação sexual, o remédio para a cura da homossexualidade é a fé em Cristo", diz a notícia da AOL, de 31/10/2003, que tem por título:
"Ministério da Saúde pode oferecer tratamento para a homossexualidade".
Em pauta, o projeto de reorientação sexual, apresentado ao Congresso pelo deputado Neucimar Fraga, do PL.
Para o nobre deputado, que deve provocar celeuma com a afirmação de que "todo pai-de-santo é homossexual por exigência do cargo", as instituições evangélicas também não fecham as portas aos fiéis GLS - "até porque Jesus veio para os que estão doentes e não para os que estão sãos".
E mais:
"Do ponto de vista bíblico, a escolha do homossexualismo é pecaminosa. Essas pessoas sofrem de um distúrbio psicológico e podem sim ser ajudadas. O fato de os evangélicos estarem oferecendo amor a elas só mostra que amadurecemos."
Para o médico Drauzio Varella, colunista da AOL, não se escolhe ser gay. "A pessoa é ou não é. Tentar fazer com que um homossexual seja hetero é a mesma coisa do que tentar fazer do hetero um homossexual. Dá para imaginar que um homem hetero possa ser convencido a sentir atração por outro homem?".
Mas esta é uma secção de humor, cuja missão principal é não permitir que as circunstâncias humanas, levadas demasiado a sério, possam nos conduzir ao desastre. Voltemos, então, no tempo, mais precisamente, a 1919, quando, num manifesto, os dadaístas berlinenses, entre outras coisas, exigiam:
"a instituição de uma central dadaísta do sexo , com a finalidade de regular todas as relações sexuais".
