Para os nativos dayakis, da ilha de Bornéu, os utan são muito mais do que simples orangotangos. São, na realidade, seres humanos verdadeiros, que fugiram para a floresta para nunca mais terem que trabalhar... Sábios, esses utan!
Segundo o empirismo de Pareto, aceito hoje mundialmente como tendo base científica, 20% das pessoas de qualquer organização é que realmente levam a empresa "no braço", fazem uma empresa progredir. Oitenta por cento levam o trabalho na flauta, fazem corpo mole.
Mal comparando, 80% de nossas mazelas sociais são relativas ao pessoal pouco chegado ao trabalho: querem emprego, não trabalho. Assim, se muita gente adotasse a sábia decisão dos utan, a maior parte dos problemas brasileiros seria resolvida do dia para a noite.
No Brasil, a mata de Bornéu preferida é a Esplanada dos Ministérios. Comissões, DAS, viagens, ajudas de custo, diárias, auxílio paletó, auxílio moradia (deputados e senadores) etc... Além de não trabalhar, os utan brasileiros ainda colocam uma boa grana no bolso...
Os não tão afortunados utan brasileiros podem fugir para um acampamento do MST, onde terão comida e dinheiro para continuar as invasões, incêndios de fazendas e as "marchas da vagabundagem" por todo o país...