No próximo Fórum Social Mundial (FSM) – também conhecido como “V Internacional Comunista” –, será cantado pela primeira vez o “Hino do FSM”, a Internacional socialista. O canto do hino será obrigatório no início de todas as sessões de trabalho, sejam elas conduzidas pelo chanceler dos direitos humanos de Cuba, por Stédile, por Marta ex-Suplicy, ou por algum integrante das FARC ou do ETA.
Devido ao estrondoso sucesso do hino entoado no final da peça teatral “Política”, do grupo “Os Melhores do Mundo” (veja abaixo a íntegra do texto), e já que tinham à mão apenas alguns compositores de funk (Chico Buarque está quase sempre em Paris, para gastar sua “mais-valia”), os internacionalistas globais (afinal, eles são contra que tipo de globalização?) optaram por utilizar a letra em um hino já conhecido de todos. Não precisariam de muitos ensaios para entoar a nova Internationale em uníssono.
O primeiro canto do hino será puxado por saudosistas dos bons e velhos tempos soviéticos, que comporão a mesa da cerimônia de abertura: Olívio Dutra, Pedro Stédile, José Rainha, Danielle Mitterrand, José Bovê, Frei Betto, Lula, Emir Sader, Marta ex-Suplicy, José Dirceu, D. Pedro Casaldáliga, Lauro Campos, que virão acompanhados de uma enorme claque, desde a CPeTê, a CNB do B, o MST, incluindo punks, GLSs e anarquistas de todos os matizes, e concluindo com as FARC, o IRA, o ETA e os CDRs cubanos.
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Hino do FSM (Internacional Socialista)
Viram na Lubianka as imagens flácidas
De um Lada heróico e um Trabant retumbante.
A vodka da liberdade do Kruchev fúlgido
Brilhou no bureau do PC nesse instante.
Se a mais-valia dessa igualdade
Conseguimos conquistar com Lenin e Trotsky.
Em tua dacha, ó liberdade,
Desafia nosso peito a Tcheká.
Ó Marx amado, idolatrado, gulag, gulag.
MCI um sonho intenso, um molotov vívido,
De rancor e furor a terra estremece.
Se em teu formoso réu risonho, Krilenko,
A imagem da KGB resplandece.
Bolshoi pela própria natureza
És belo, és forte, não quebra ossos.
E o teu futuro, Mig, espalha destroços.
Sibéria gelada!
Entre outras Mir és tu Mir destroçada.
Dos filhos deste Urso és pai senil,
Semtex e trotil.
Copyleft by F. Maier
De acordo com a resolução do I FSM (Porto Alegre, 2001), nada de copyright (right, essa coisa nojenta da direita!). Todos estão autorizados a copiar o texto (copyleft), desde que citada a fonte.
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Hino de Davos (Internacional Capitalista)
Autoria: “Os Melhores do Mundo”, executado ao final da peça teatral “Política”.
(Leão, se agüentar até 2002, pretende ensinar a letra aos nossos jogadores de futebol.)
Num Posto da Ipiranga, às margens plácidas,
De um Volvo heróico Brahma retumbante
Skol da liberdade em Rider fulgido
Brilhou no Shell da Pátria nesse instante
Se o Knorr dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço Ford
Em teu Seiko, ó liberdade
Desafio nosso peito à Microsoft
O Parmalat, Mastercard, Sharp, Sharp
Amil um sonho intenso, um rádio Philips
De amor e de Lufthansa terra desce
Intel formoso céu risonho Olympikus
A imagem do Bradesco resplandesce
Gillete pela própria natureza
És belo Escort impávido colosso
E o teu futuro espelha essa Grendene
Cerpa gelada!
Entre outras mil é Suvinil, Compaq amada.
Do Philco deste Sollo és mãe Doril
Coca Cola, Bombril !