Sempre que ele saia de casa passava em um boteco na esquina e enchia a cara de cachaça. Não tinha jeito não.
Um dia a sua mulher estava com uma tremenda dor de cabeça e lhe falou:
- Estou com uma dor de cabeça que está me matando. Vai até a farmácia e compra Novalgina pra mim querido.
Quando ele ia saindo ela tornou a dizer:
- Não vá se esquecer em amor, Novalgina, com “l” no meio.
Ele antes de ir até a farmácia passou no boteco e tomou todas com os amigos. Quando voltou para casa já era bem tarde e não trouxe o remédio que a mulher tinha lhe pedido.
Ela ficou puta da vida e lhe falou:
- Onde você andou seu safado? Aposto que esteve enchendo a cara de novo e nem foi até a farmácia.
- Fui sim amor, só não tinha o remédio não. Eu falei o nome direitinho, lembrei até do “l” no meio que você falou, e o farmacêutico procurou, mas não encontrou nenhum que se chamava Nobulceta.
CARLOS CUNHA
Visite a página do autor clicando aqui
CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
dacunha_jp@hotmail.com
|